XVI - Loiras Iguais

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Apesar de tudo: sorri.

Talvez fosse pelo facto de achar que o tempo no Canadá era, de alguma forma, bipolar.

De acordo com os professores e o plano da visita, era somente mais quatro noites no Canadá, que iriam ser passadas no tempo ligeiramente frio. Não estava completamente gelado, claro, mas tínhamos casacos grossos para dormir.

Lembrava-me bem do dia passado. Do sorriso plastificado de Caleb, na direção de Drake, e a sua resposta casual: "Chamo-me Caleb Smith."

Drake olhou-o de cima abaixo com uma sobrancelha arqueada, desentendido. A conversa entre ambos tinha terminado quando Drake respondera com um "E...?" de desinteresse. Lola, mesmo falando com as pessoas do lado dela, sorriu na minha direção cumplicemente. Não me atrevi a manifestar apreço à sua atitude.

- Drake tem o número da Canadiana. - Walter estava com um sorriso de lado no dia seguinte, olhando para mim esperando que eu comentasse a sua afirmação.

- Hm. - Suspirei, para não rolar os olhos. - A bonita loira Canadiana? - Fiz questão de carregar em bonita, como se nos diferenciasse.

- Tu também és bonita. - Walter riu-se da minha afirmação anterior. - Além disso, tu és a bonita loira Americana.

- Pena não ser estrangeira, então. Ouvi dizer que é um ponto atrativo.

- Tu és atrativa. Alguém disse o contrário? - Walter inclinou a cabeça para o lado, já não estava com uma cara sorridente, mas de confusão e desentendimento.

Abri a boca para responder, dizer que simplesmente estava de mau-humor e para não ligar aos meus comentários estúpidos, mas esqueci-me da existência de Drake.

- Walt Disney, sempre armado em príncipe encantado. - Drake sorriu-lhe de lado, aparecendo por trás de mim e formando um triângulo no nosso grupo.

Walter, ao ouviste esta afirmação, abanou a cabeça.

- Eatava a gabar-te de teres o número da Canadiana. - Depois olhou para mim. - Tentou-o contactar a noite toda em francês. Impressionante, correto? Drake é um caça corações de Canadianas. - Forcei um sorriso a formar-se nos meus lábios com o humor de Walter. Não havia qualquer piada naquilo.

- Sim, e já a bloqueei. - Arregalei interessadamente os olhos ao ver a cara de irritação de Drake. - Acho que todas as loiras são assim, afinal. Americanas com Camadianas.

Mas aquele filho de mãe não...

- Nós não somos irritantes, Drake. Simplesmente achamos-te alguém interessante mas quando realmente te conhecemos, afastamos-nos da tua pessoa de merda. - Fiz um olhar de arrogância propositadamente ao olhar para as minhas unhas, vendo pelo canto do olho Walter suster um sorriso e Drake arquear a sua sobrancelha.

- E quando é que me achaste alguém interessante?

- Quando conheci Walter. Pensei que alguém tão humorado para ser o melhor amigo de uma pessoa que eu achava completamente parva, só tinha uma explicação: não conhecia o teu verdadeiro eu.

Drake estalou os ossos do pescoço ao colocar a mão embaixo do seu queixo e inclinando-o para cada lado. Quando se recompôs, olhou-me neutralmente.

- E agora, que conheces a minha pessoa de merda. O que é que queres de mim? - Os seus olhos semi-cerraram-se na minha direção. Sei que não foi de raiva, mas de desafiante.

The Gun Shot Theory (Séries 'Foreign' #2)Où les histoires vivent. Découvrez maintenant