Dois

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Acordei com o celular vibrando em meu rosto. Encarei a tela, e li o número desconhecido. Deslizei meu dedo na tela, e atendi.

Ligação on.

- qual é?- digo sonolenta ainda.

- Thompson?

- eu. Quem está falando?

- sou Gustavo.

- não conheço nenhum Gustavo.

Ligação off.

Desligo a chamada e olho o horário. 7:10 da manhã.

- porra, estou atrasada.- grito pegando minha mochila e indo escovar os dentes. Saio correndo disparada em direção o colégio e assim que chego na porta, me dou conta de que esqueci de um pequeno detalhe. Ainda estou de pijama. Começo rir de mim mesma e entro em desespero quando percebo que todos me olhavam.

- nunca viram um pijama rosa de ursinhos não?- pergunto alto e as pessoas desviam o olhar de mim.

- Katryna, já não basta trazer todo o seu sono para o colégio, vai vir de pijama também?- Madu diz rindo de mim assim que eu me sento no meu lugar de costume.- toma.- ela me entrega sua blusa de frio e gargalha de mim.

- você também nunca viu um pijama né? Otária.- resmungo deitando minha cabeça sobre a mesa. Ultimamente eu só sinto sono. Um sono pesado e profundo. Talvez seja a famosa adolescência, já tenho meus 16 aninhos, mas né, continuo evoluindo.

(...)

- como você consegue dar uma rata dessa, Katryna?- Gabriel ri de mim enquanto encara meu pijama rosado. Estamos sentados na mesa do refeitório com nossos sucos e sanduíches naturais.


- como você consegue ser tão feio?- sorrio pra ele e ele faz cara feia. Encaro o cara dos cabelos castanhos e ele estava concentrado em outra coisa, que se parecia com um celular.

- por que não vai até lá e pergunta o nome dele?- Madu olha na mesma direção que eu.

- tanto faz. Não tenho interesse em saber.- respondo mordendo meu sanduíche. A verdade é que eu estava bastante intrigada e curiosa para saber quem era ele. O sinal tocou, e seguimos para nossas salas de aula. Estou no segundo ano do ensino médio. É uma droga, eu odeio estudar, literalmente.

(...)

O sinal toca e eu saio da sala rapidamente. Preciso trocar esse pijama ridículo, não vejo a hora de estar deitada na minha cama. Sinto mãos fortes segurarem meu braço me fazendo parar rapidamente.

Por favor, que não seja o Augusto.

Olhei lentamente e me deparei com aqueles lindos olhos azuis.

- sempre trata mal as pessoas que ligam pra você?- ele pergunta e abre um sorriso, e meu Deus, que puta sorriso.

- como?- pergunto não entendendo nada.

- ah, esqueci de me apresentar. Prazer, eu sou Gustavo.- ele sorri novamente e só então entendo o que ele estava falando.

Meu namorado é um Lobo [EM REVISÃO]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora