CAP.: 07 - OS GÊMEOS E AS AVENTURAS DE BRUNO E FELIPE EM SEXLAND

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"Meus filhos, aqui é sua mãe. Se vocês estão lendo essa carta ou se algum dia chegarem a ler é por que eu não estou mais com vocês...

Eu sei que o que estou fazendo nesta noite fria não se justifica, mas saibam, eu amo e sempre amarei muito vocês, todos vocês.

Se faço o que faço hoje, é porque amo muito vocês e não desejo que passem pelo que passei... hoje é uma sexta-feira, e vocês não tinha nem o que comer, dei graças a Deus, quando um anjo bateu hoje na minha porta, sim um anjo, como dizem os comerciais.

Meus filhos, peço a Deus que eu volte a vê-los um dia, como homens e mulher de bem. Meu coração de mãe falou mais alto do que minha vontade de vê-los crescer ao meu lado.

Seu pai não é um bom homem, nunca foi, e esse é mais um dos motivos, que me levaram a fazer o que fiz. Filhos, eu não tive escolha, e quando vir esses dois homens hoje na minha porta, como dois pais realmente preocupados atrás de seu filho desaparecido, tomei minha decisão. Fiz uma escolha, a de dar a vocês três, a oportunidade de crescer longe das bebidas e das drogas que nos rodeiam. Dei a vocês a chance de crescerem sem serem violentados pelo próprio pai. Dei a vocês a chance de terem um futuro, algo que ao meu lado, por mais que eu os amassem, não teriam.

A vida me fez ser forte, mas não sabia por quanto tempo conseguiria ser forte, vendo meus filhos passarem fome ao meu lado, sem que eu pudesse fazer nada. Filhos, não estou tentando me justificar, mas no fundo, bem lá no fundo, uma mãe tem que saber o que é melhor para seus filhos...

E hoje... o que é melhor para vocês é que vocês fiquem com esses dois homens de coração grandioso...

E para vocês dois, seu Guilherme e seu Angel, peço, sejam pais maravilhosos para meus, ou melhor, nossos filhos. Saibam que confio muito em você e um dia eu voltarei, não para toma-lo de vocês, mas para vê-los como homens e mulher de bem...

Eu amo muito vocês meus filhos... nunca esquecerei de nenhum...

Com amor...

Mamãe."

Todos que estavam ali naquela cozinha estavam visivelmente emocionados, ninguém falava nada, mas olhando para o homem que eu amava, vendo ele com aqueles dois bebês sem nome no colo, com aquela cara, com aquele sorriso, eu sabia, ele já estava se sentindo o pai daquelas duas crianças. Os olhos de meu marido brilhavam e mesmo sem muito jeito com crianças, ele fazia questão de segurar aqueles dois no colo.

- E agora?! O que a gente faz? – Pergunto.

- Devemos ligar para a policia! – fala meu sogro.

- Mas por que para a policia?! – pergunto.

- Por que são dois bebês, que não são registrados ainda e porque tem outra criança envolvida! – dessa vez quem fala é Apollo, que como representante do Ministério Público, entendia muito bem dessas questões.

- Mas a carta... ela diz claramente que nós, devemos ficar com os meninos! – fala minha sogra, Marrie, que agora segurava a nova neta no braços. – Ela diz que meu filho e meu genro, que têm que ser pai desses três!

- Mas não é tão simples assim Marrie... – para efeitos legais, a mãe os abandonou... existe uma série de burocracia legal para que o processo de adoção se der de forma eficiente, mas não se preocupe, o juiz da vara de família, verá com cuidado essa carta. – revela Apollo, que havia nos ajudado no processo de adoção de Bruno e Daniele.

- Seu Guilherme, seu Lucas... vocês é que serão nossos pais agora? A nossa mãe nos deixou, é isso?! – Perguntava Ricardo, que parecia acanhado e um pouco triste. Ela não chorava, mas estava triste, pois de certa forma, devia amar muito a mãe.

O DELEGADO E O MODELO (Livro II)®Where stories live. Discover now