Larissa: Nus! — colocou a mão na boca — A surra foi feia em doce. — olhava pros meus machucados.

Roberta: O que você tem haver com isso mesmo? — fui grossa.

Larissa: Ainda bem que nada, não quero tomar uma surra delas. Caraca. — cutucou numa parte inchada — Dói aqui? — segurava o riso — Isso amor, essa é a Marina, prazer.

Roberta: DÓI O SUA ESTÚPIDA. — gritei — QUE BOM EM FILHA.

Larissa: Não se altera, ó. — bateu o pé me reprovando — Aiaiaiai. — ria demais.

Roberta: Debocha mesmo. — a fitei — Tomei essa surra no seu lugar, porque até aonde eu saiba, você queria brigar com ela também.

Larissa: Você fez todo o favor de me alerta, muito agradecida. — sorriu.

Marjorie: Já dei os seus dados, vão te chamar. — me olhou e olhou pra Larissa — Alguém te chamou aqui?

Larissa: E o pai do bebê como que tá Marjorie? — devolveu.

Marjorie: CV, está ótimo. — fuzilava ela.

Larissa: Ah claro, CV. — sorriu — Bom, AMIGAS — deu enfase — estou me retirando é muita cobra aqui. — fez careta — Beijos no core.

Eu cheguei nesse nível de Larissa me zoar? Realmente a situação está muito feia pro meu lado. Fiquei esperando as moças me chamarem, não demorou tanto e fui atendida. Fiz uma porrada de exame, era de sangue, raio x, tudo.

Médica: Roberta — olhou na minha ficha — É isso mesmo?

Roberta: Sim. — sentada na maca.

Médica: Seu estado não está nada bom. — me alertou — Teve traumas, além de hemorragias internas, e pequenas falhas no seu sistema. Vou te receitar alguns remédios para tirar a dor, imagino que até pra se locomover ou se vestir/despir deve estar sendo extremamente doloroso. — olhando — Outros para tira o inchaço, e para as hemorragias também! Para os traumas — apontou para as minhas pernas — te recomendo fisioterapia, os roxos nas suas pernas podem causar graves lesões se não forem tratados. — preencheu a ficha — Se cuida viu? Pode ir.

Roberta: Obrigada Doutora. — peguei a receita.

Médica: E espero que a outra menina tenha ficado pior. — deu as costas.

Não dei ouvidos, ignorar era a melhor coisa a se fazer. Voltei pra casa, deixando a Marjorie lá.

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Robertinha ☀: Amor, preciso que você compre alguns remédios pra mim.

Amorzão 💘: Tem o nome deles aí?

Robertinha ☀: xxxxxxxxxx, xxxxxxxxx, xxxxxxxxxx, xxxxxxxxxx.

Amorzão 💘: Vou pedir p uns dos mlqs te levar aí, jaé?!

Robertinha ☀: Preciso fazer fisioterapia também 😞

Amorzão 💘: Caralho! Vou cuidar de tudo não se preocupa.

Robertinha ☀: Hemorragias internas mô, traumas, e ainda tive q aguentar os outros me zoando 😰

Amorzão 💘: "outros" n, quero nomes.

Robertinha ☀: Larissa.

Amorzão 💘: Fica suave, vou voltar p trabalho. Já te mando os bagui. 👍

Deia Emp 📢: Meu amor, sua casa está em perfeito estado! Mas se não for muito incomodo, vou ficar na minha mesmo, sempre irei estar de olho na sua.
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Tinha me esquecido do rádio com toda aquela confusão, fui nele buscar qualquer sinal de vida do Tom.

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— Tom? — chamei.
— Quem é que cola? — uma voz desconhecida.
— Fala que é a Roberta por favor. — não tenho paciência.
— Finalmente deu as caras.
— É a hora que achei livre.
— Desenrola.
— Ele já sabe que você esteve de butuca aqui no morro. — falei baixo.
— Pode cre. Tem mais alguma coisa?
— Não nenhuma por enquanto, ele não tem tocado no assunto.
— Tem certeza?
— Absoluta Tom. Maquinista anda ocupado. — lembrei do acontecimento.
— Tô na sua cola e na dele. — avisou.
— Eu sei.
— Qualquer notícia nova, qualquer coisa, me contata.

Roberta: Muito obrigada. — peguei os remédios.

Olhei na receita e tomei os que eu deveria tomar, coloquei tudo em ordem. Voltei para o quarto e fui mexer no computador nas minhas redes sociais enfim, entrei no face, havia várias pedidos de amizade, inclusive um do morro. Era sim de fofoca, vi que tinha uma nota falando sobre mim e a Marina, mas não ia dar razão. Ouvi novamente batidas na porta.

Roberta: QUEM É? — gritei das escadas e ninguém respondeu mais continuou batendo na porta — Que povo sem educação, quem é? — abri a porta.

Sônia: Muito prazer revê - la. — irônica

Roberta: Dona Sônia que prazer. — sorri fechando a porta.

Sônia: Não posso dizer o mesmo. — em pé — Voltou pra quê?

Roberta: Eu me arrependi dona Sônia, eu deveria ter voltado muito antes. — olhei.

Sônia: Roberta não me vem com essa. — cruzou os braços — Alguma você tá aprontando, exatamente, você tinha muito tempo pra voltar.

Roberta: Tá querendo dizer o que?

Sônia: Você morria de medo do seu irmão, enquanto ele estava preso dava pra você ter juntado as suas coisinhas, mas só resolveu fazer isso depois que ele saiu da cadeia, e num passe morar aqui, sabendo de tudo que o Maquinista faz ou deixa de fazer. Eu sou experiente minha querida, já fui mulher de bandido também, acha que eu não convivi com meninas do seu tipo? — cuspiu.

Roberta: Estou achando uma falta de respeito da senhora. — cruzei os braços — Veio na minha casa pra me insultar? — coloquei a mão no peito.

Sônia: Vim na casa do meu filho, pra cuidar dele, de uma pessoa como você. — clara.

Roberta: A senhora cismou comigo. — me fiz de ofendida — Já lhe fiz algum mal?

Sônia: Bem também não fez. — grossa — Não vim bater papo com você, vim te avisar que já sei qual é a sua, sei que está aprontando alguma coisa. Seja o que for eu vou descobrir, não vou deixar meu filho nas suas garras de novo. Estou de olho. — sorriu — E a Marina vai voltar e você vai sair, super shippo, como vocês dizem #Mael. Sou dessas!

Só vou guardando todo mundo dentro de um pote, vou me vingar de cada um.

Quebrada de traficante Onde as histórias ganham vida. Descobre agora