É? Então tá! Vou desembolar com ela na rua, não vou avisar não, deixa eu encontrar com ela. Na primeira oportunidade. Ela avisou, comigo já vai ser diferente.

Tom: Moça. — me chamou, tirando o capacete.

Marina: Moço. — cumprimentei.

Tom: Vamos? — me entregou o outro

Acenei com a cabeça, coloquei o capacete e subi na moto.

Corria muito, eu até que gostava dava uma adrenalina, um frio na barriga muito grande. Ele deu uma derrapada na curva de entrada do morro, que nossa.

Tom: Beleza? — riu da minha cara.

Marina: Belezura. — desci da moto, tirando o capacete e procurando me acalmar.

Tom: Não ia te matar. — riu da minha reação.

Marina: Ainda bem?! — ri.

Tom: Vamos entrar. — passou por mim e abriu a porta.

Entrei esperando por ele.

Tom: Pode ficar a vontade aí. — sorriu tirando a camisa de frio — Quer ficar aqui na sala?

Marina: Tanto faz pra mim. — sorri.

Tom: Vamos lá pra cima, tá melhor! — ele subiu e eu segui.

Me lembrava daquele espaço. Ele foi o primeiro a entrar, e me fazer sentir ao máximo em casa. Ligou a TV.

Tom: Vem cá. — sentou no chão.

Marina: Olá. — sentei do lado dele.

Tom: Muito tempo sem vir aqui? — brincou — Que isso.

Marina: Tempos, vish, tempos. — olhei pra ele.

Tom: Mudou muita coisa né? — olhou pro quarto inteiro.

Marina: Aiai. — ri e senti os olhos dele em mim.

Tom: Quero saber de você. — me olhou.

Marina: O que? — tirei as minhas sandálias pra ficar mais confortável.

Tom: Quantos anos? Aonde estuda? Gosta de que tipo de comida? Que estilo de música? — foi disparando.

Marina: 17. No Colégio Diniz. Sendo comida, vish, doce com salgado então. — lambi os lábios — Curto muito rap, mas tem variações, depende. — sorri.

Tom: Doce com salgado? — riu da minha cara.

Marina: Sim, qual o problema? — cruzei os braços, rindo — Amo. Pizza salgada. Danone com biscoito. Chocolate com doritos, vish e nem vem falar, que é nojento, porque é maravilhoso. — arqueei uma sobrancelha.

Tom: Não falo nada. — riu — Já gosto de salgado. Só salgado.

Marina: Um dia você ainda vai experimentar as minhas misturas. — sorri.

Tom: Você é do asfalto mesmo? — pegou na minha mão.

Marina: Era. — falei — Hoje moro em um morro vizinho até.

Tom: Santa Fé? — não me pareceu surpreso.

Marina: É sim.

Tom: Sem problema. — me aproximou dele — Quer ver um filme?

Marina: Sim. Gosto muito. — olhei pra tv animada, e ele me encarou por alguns minutos.

Tom: Que mina é essa? — acho que tinha perguntado mais pra si mesmo.

Marina: Marina, 17 anos, meia doida. — ri.

Tom: Maravilhosa. — beijou a minha nuca e eu arrepiei.

Quebrada de traficante Where stories live. Discover now