Dei um sorriso culpado.

- Foi só por precaução...

Scarlett estalou a língua.

- Era para ser uma surpresa, você não deveria saber!

- Acredite, fiquei surpresa. Estava esperando pelo meu pai, não por você, sua maluca. – apertei a bochecha dela. - Mas estou feliz que tenha vindo!

Ela sorriu.

- Eu quis vir para Nova York depois que me contou do término do seu namoro... Fiquei preocupada. Seu pai bondosamente pagou a minha passagem, já que mamãe viajou e não tinha como me ajudar. Nossa, estou morrendo de fome! O que temos para comer? – observei o jeito aleatório e completamente distraído da minha amiga. Ela não conseguia parar quieta, e falava de milhares de coisas ao mesmo tempo. Daqui há dez minutos não se lembraria do início da conversa.

Ray deu uma risadinha.

- Ah, essa pobre coitada. Comida, aqui? Isso é um artigo de luxo.

Lancei um olhar duro à ele.

- Eu fiz compras, okay?! Se papai visse meus armários vazios teria um treco. – levantei-me para preparar algo. Enquanto buscava os ingredientes para fazer um jantar rápido, a campainha tocou.

Scarlett se levantou em um salto para atender à porta.

- Ai. Meu. Deus. Quem é você? – ouvi a voz de Scarlett dizer; e como esperado da minha amiga, ela se distraiu com outra coisa. – Ei, Seth! Finalmente estamos nos conhecendo, amigão!

Era Homero.

- Suponho que você não seja o Brad. – Scarlett, uma pessoa cheia de tato, inquiriu.

Homero riu.

- Suponho que você não seja o pai da Lizzy.

- Rá! Ele bem que queria ser tão bonito.

- É, digo o mesmo sobre Brad.



Scarlett gargalhou.

- Lizzie, gostei do seu amigo bonitão! Ele tem senso humor. – Scarlett berrou para mim. Balancei a cabeça. A minha melhor amiga era louca. – Por favor, Sr. Bonitão, entre. Qualquer homem com a sua altura é bem-vindo neste apertamento, falo por mim e pela Lizzie.

- É Homero, não que me importe com o "bonitão", Lizzie bem que deveria ter adotado esse apelido antes.

- Nem em seus seus sonhos mais loucos, Homero! – respondi.

- Você tem sobrenome, Homero? – a minha amiga perguntou como quem não quer nada.

Precisei me controlar para não gritar: Scarlett, eu sei o que está fazendo! Pare agora mesmo!

Ela ia procurar o nome de Homero na internet e descobrir o máximo que conseguia sobre ele. Scarlett fazia isso com todos os meus possíveis pretendentes, acreditando que talvez eles já tivessem cumprido prisão em Guantánamo. Maldita hora que papai lhe contou sobre a base americana em Cuba.

- Scarlett, pode vir aqui um momento? – exigi.

- Estou indo, meu amor. Ray, entretenha o Sr. Bonitão enquanto isso. – a voz de Scarlett viajou da sala até a cozinha. Quando ela apareceu, estava digitando furiosamente no celular, como eu previra.

- Não faça isso. – retruquei.- Eu já procurei o nome dele no Google, e não apareceu nada da sua vida pessoal.

Ela me lançou um olhar de descrença e voltou ao celular.

Tudo Pela ReportagemDonde viven las historias. Descúbrelo ahora