Capítulo 53- Mentira

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- João!! João!.-entrei no quarto bem rápido.
- O que foi Fernanda? Aconteceu alguma coisa?
- Aconteceu!!. Eu me lembrei de tudo.- eu o abraçei.
- O que? Serío? Você está falando a verdade?
- Claro João, eu estava sentada no sofá com a minha filha, e derrepente veio um monte de lembranças na minha cabeça.
- Meu Deus! Você se lembrou de tudo?... Tudo mesmo?.
- Sim, claro....claro que sim...
- Que coisa incrivél.
- Então agora já podemos ir embora João.-disse a Laura.
- Laura! Claro que não, conversamos sobre isso depois.
- Sim João, eu já me recuperei, não precisa mais ficar aqui na cidade. Já pode voltar pra sua casa.
- Não Fernanda! Eu não posso ir embora sem ter certeza que você se lembrou de tudo. Me prove. Prova que se lembrou.
- Tá, tudo bem então. Bom... Eu me lembro que eu escutei uma vez a Laura dizendo que eu não iria fazer bem para o filho que ela estava esperando, lembro que eu acabei ouvindo sem querer, e eu percebi que eu estava atrapalhando.
- Viu João! Ela se lembra mesmo. Nunca comentamos isso com ela desde que perdeu a memória.-falou a Laura.
- Não! Eu ainda não tenho certeza.
- Tudo, bem, quer mais uma prova? Eu sei que a Laura não é a verdadeira mãe do Gabriel e sim a Ana. Eu me lembro que amo o Felipe, eu sempre o amei, desde que eramos pequenos, e que odeio o Bruno e a Ana..... Eu me lembro de tudo irmão.
- Sim, eu acredito. Meu Deus! Que bom! Fico muito feliz minha irmã. Que notícia maravilhosa. Vamos comemorar. Tomar um bom vinho, preciso ligar pro Felipe....
- Não! Não.... Ainda não é o momento.... Talvés você não vai me entender, mas... Eu quero fazer surpresa, só eu e ele entendeu?
- Ah! Claro que sim. Tudo bem! Como quiser. Mas vamos comemorar!.
- Claro João.
- Vou pegar o vinho, e já volto.
- Isso! Vai lá.-então foi o João.
- Que bom que sua memória voltou cunhada.
- A minha memória não voltou Laura.
- O que? Como não? Você mentiu?
- Sim. Eu menti. Por sua causa.
- Minha causa? Eu não estou intendendo Fernanda.
- Eu ouvi você falando com o Bruno que queria ir embora daqui. E ele não vai enquanto minha memória não voltar... Então...
- Meu Deus! Obrigada Fernanda! Você não imagina o quanto eu quero ir embora daqui.
- Eu já percebi que estou atrapalhando de novo .
- O que?... Espera ai... Se você não se lembra de tudo, como sabe que eu disse que não queria você perto do meu filho?
- Eu ouvi você e o João discutindo eu vim pra poder ajudar, mas assim que cheguei na porta, me veio essa lembrança.
- Ah! Entendi. Mas.... Bom! Obrigada mesmo, continue assim fingindo. Eu quero ir embora daqui o mais rápido possível.
- Você só pensa em si mesma.
- Claro que não! Eu estou preocupada com o João. Ele não era assim. Por sua causa eu já não tenho mais meu marido. Quando você era só a garota solítaria o João não estava nem ai pra você. Mas agora, é só Fernanda pra cá e Fernanda pra lá. Eu odeio isso! Eu quero o João só pra mim.
- Garota solítaria? Eu não estou entendendo nada. Mas... A culpa não é minha, o João é meu irmão, ele tem que cuidar de mim, você está sendo egoísta.
- Chega Fernanda! Eu não pedi pra você mentir. Mesmo assim eu agradeço. Com licença.-Laura então saiu.

Como eu estava arrependida do que fiz. Eu sabia que o João também queria ir embora por isso não fui desmentir o que disse.

João pegou o vinho, e comemoramos uma mentira.

Se vissem a cara da Laura, como ela estava feliz, de ir embora, e não correr o risco de perde o Gabriel para Ana.

(....) 4 dias depois.

Tive que evitar o João o máximo que pude, para ele não ficar fazendo muitas perguntas e descobrir que eu menti.

- Me promete que vai ficar bem minha irmã?
- Eu prometo João. Vai ficar tudo bem. Pode ir tranquilo.
- Eu vou sim. Mas te ligarei assim que chegar lá.
- Tudo bem João.
- Vou sentir sua falta mana.
- Também vou sentir sua falta mano.

Nós abraçamos, me despedi do meu sobrinho e da Laura. Eles já iam entrando no carro quando apareceu ela. Ana.

- Esperem! Por favor esperem!.-ela apareceu correndo.
- O que faz aqui Ana?.-disse a Laura.
- Eu vim me despedi do Gabriel. Eu posso João?
- Sim Ana.

Ana então, ajoelhou e abraçou o Gabriel. Ela estava chorando.

Laura então puxou o Gabriel, e colocou ele no carro.

E lá se foram eles. Quando viraram a esquina sumindo da nossa vista. Ana chorou mais e mais.

Não suportei ver aquela cena. A abracei.

- Calma! Vai ficar tudo bem.
- Obrigada Fernanda. Mas não vai, eu perdi o meu filho de vez. Nunca mais vou velo.
- Não diz isso. Você não sabe o que o destino te prepara, quem sabe você vai voltar á vê lo.
- É... Pode ser. Obrigada.
- Não precisa agradecer. Agora eu tenho que entrar.-eu me virei para entrar.
- Espera!... Vamos conversar um pouco?...
- Eu não posso Ana.
- Por favor! Eu quero te pedir des....-a interrompi.
- Eu ainda gosto do Bruno.
- O que? Você.... Eu não entendi.
- É claro que entendeu. Eu disse que eu ainda gosto do Bruno.
- Mas... E o Felipe?...
- Não existi mais Felipe. Eu amo o Bruno.
- Não! Você está mentindo. Você sempre amou o Felipe.
- Você não conhece meu coração.
- Isso é pra me provocar? Você quer se vingar pelo o que eu te fiz? É isso?
- Eu não perco tempo com vingança. Agora por favor me de licença que eu tenho mais o que fazer.- entrei para casa.

Eu não queria ter sido tão grossa. Mas a Ana pediu isso.

Se ela era tanto minha amiga assim, então porque não me contou que gostava do Bruno? Porque eu tive que descobrir sozinha?.

Maria estava na escola.

Eu então me sentei no sofá. E comecei a pensar.

Rapidamente veio uma lembrança na minha cabeça.

Tinha uma moça sentada em cima de um papelão, toda suja e descabelada. E ela estava comendo um pedaço de pão..... Essa moça é a Ana.

Derrepente já passou para outra lembrança.

Eu estava saindo do hospital, e disse para a Ana, que eu estava grávida. E ela me abraçou dizendo que iria me ajudar.

Veio várias lembranças na minha cabeça, onde eu estava com a Ana.

Minha cabeça começou a doer muito. Não parava de vim lembranças na minha cabeça.

Até que elas foram interrompidas com o barulho da campainha.

Levantei falando alto.

- Ana! Não temos mais nada para conversa.-abri a porta.

Não era a Ana. Mas era uma mulher, e eu não á conhecia, ou melhor eu não me lembrava.

- Oi, quem é você?
- Não se lembra de mim, vagabunda?
- O que?... Quem é você? Porque me chamou de vagabunda?
- Ah! Então você não se lembra de mim né.... Sou eu querida, Elisa. Sentiu saudades?....


A Garota Solitaria  ( EM REFORMA)Where stories live. Discover now