Capítulo 51- Abraço coletivo

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Era noite. Acordei, o Felipe estava dormindo.

Deitado com a cabeça ao lado da minha cama, segurando a minha mão.

Confesso! Foi lindo.

Ele é um cara bem legal, infelizmente eu o tratei mal.

Mas vejo que tratei mal a pessoa errada.

Eu fiquei olhando para o Felipe, e me perguntando se o que ele me disse era verdade.

Será mesmo que eu e ele eramos apaixonados um pelo outro?

Isso não seria difícil. Pois ele é lindo. Mas será mesmo que eu o amei tanto assim? Então porque eu me esqueci dele, e me lembrei do Bruno? Ai! Que confuso.

Finalmente ele acordou.

- Nossa! Acabei pegando no sono. - É, eu percebi.
- Você descansou? Está melhor? Quer alguma coisa, que eu conserte o seu travesseiro?.-ele se levantou e começou a mexer no travesseiro.
- Não! Não precisa. Ele está bom, obrigada por se preocupar, mas eu estou bem, pode sentar.
- Ah! Tudo bem então.-ele sentou. - Você já ficou muito tempo aqui comigo. Se quiser pode ir descansar em sua casa.
- Não não, eu amo ficar com você. Mas se você não me quiser aqui, eu posso ir então ... Não quero te encomodar.
- Claro que não me encomoda, é que não quero atrapalhar você. Não quero que fique cuidando de mim... Eu não mereço.
- O que? É claro que merece. Por que disse isso?
- Poxa Felipe! Eu te tratei mal desde que te vi aqui ao meu lado pela primeira vez... Isso antes de eu perde a memória.
- Ei ei, eu entendo você, é mesmo estranho acorda e ver um cara dizendo que te ama. Infelizmente você não se lembra de nos.
- Ah! Sei lá, você tem sido muito legal pra mim.
- É o mínimo que posso fazer por você. Por favor me deixa cuidar de você? Me deixa te fazer lembrar de tudo?
- Como você conseguiria me fazer lembra de tudo Felipe? Não tem como. Acho que irei ficar assim pra sempre.
- Não! Não diz isso. Você vai se lembrar, eu estive conversando com o médico, e ele me disse que a pancanda que você levou foi forte, mas poderia ter sido pior. Ainda há uma chance. Você precisa reviver as cenas, para lembrar de tudo novamente.
- Eu... Eu não me lembro de quase nada Felipe. Só me recordo que tenho uma filha e da minha mãe... Mas da minha mãe eu não me lembro muito e nem do meu pai. Mas lembro de tudo que passei com o Bruno. Mas nas minhas lembranças não tem você e nem essa tal de Ana.
- Vai ficar tudo bem... Com o tempo você vai se lembrar... Mas tenha calma.
- Obrigada por está aqui comigo. Depois que descobri que o Bruno me traiu, eu me senti tão sozinha.
- Eu sempre estarei aqui. Eu não vou te deixar sozinha nunca mais. Eu te amo Fernanda, e mesmo que você não consiga me responder com o seu amor, eu vou sempre continuar te amando. Eu vou te esperar o tempo que for necessário. E se você não se lembrar que me ama, irei começar do zero, vou te reconquistar aos poucos. Mas eu não vou desistir de você, isso eu garanto.

O que foi isso? Ele acabou de se declarar pra mim!!.

O que eu faço? Meu Deus! Eu senti uma enorme vontade de agarra lo e beija lo muito.

Meu coração pulava de alegria e ao mesmo tempo eu ficava totalmente confusa do que estava acontecendo.

Eu tentei resistir mas foi mais forte que eu. Chorei.

Eu sei é estranho, um homem lindo, incrível se declara pra mim, e eu só consigo chorar.

Ele chegou bem mais perto de mim e disse:

- Porque está chorando? Não gostou do que eu disse? Me desculpa sei que acabou de brigar com aquele cara, e eu já estou aqui...- o interrompi.
- Não! Não é isso. É que eu me emocionei com o que disse. Eu não me lembro de ter escutado algo tão maravilhoso assim... Felipe, eu queria me lembrar, eu queria muito me lembra que te amei tanto assim. Eu não queria me lembrar do Bruno e me esquecer de você. Me desculpa, por favor me desculpa.
- Ei porque eu teria que te desculpar?...
- Porque eu estou te fazendo sofrer, eu não queria me esquecer de você. Essa sensação de ser amada é ótima. Mas eu me coloco no seu lugar e sei que não é fácil. Então por favor me perdoe por tudo.
- Não me peça perdão, eu te amo, e quero você. Eu não vou desistir de você nunca. Me de uma chance de te fazer feliz, me deixa trazer sua felicidade de volta .
- Me dá um tempo...eu preciso pensar, estou muito confusa ainda.
- Eu entendo, eu dou o tempo que você quiser, eu só peço que me deixe ficar com você, ao seu lado. - Sim, é claro, eu não me lembro de nós, mas sinto que preciso de você ao meu lado.

O que está acontecendo? Meu Deus! Eu preciso dele. Eu preciso dele!.

Felipe sorriu, e foi se aproximando do meu rosto, pegou em meu queixo e veio para me beijar. Nossos lábios estavam um milímetro de distância , quando abrem a porta, atrapalhando o nosso quase beijo.

- Ah me desculpem! Eu não queria atrapalhar.-disse um homem entrando no quarto.
- Não tem problema João, entre! Fique a vontade.-disse o Felipe.

João? Quem será esse? Confesso que senti uma boa sensação ao ver esse homem.

- Eu soube que a Fernanda acordou e vim vê lá.
- Claro, eu vou sair e deixar vocês conversarem.
- Obrigado!.

Felipe então deu um beijo em minha testa e disse:

- Eu vou esperar lá fora.
- Tudo bem.

Ele então saiu.

O João se aproximou e sentou se ao meu lado.

- Eu já sei que não se lembra de mim.
- Eh, me desculpa... Na verdade não me lembro de quase nada. Mas quem é você? Não vai me dizer que me ama assim como o Felipe. -ele riu.
- Não! Não. Eu te amo, mas não como o Felipe, é um amor diferente.... Eu te amo como irmão.
- Irmão?.... Você é meu irmão?
- Sim! Sou... Bom você não tem só a mim, também tem mais quatro e outra... São todos homens, você é a única mulher.
- Nossa! Todos homens? Que legal! E onde eles estão? Quero conhece los.
- Agora não é o momento. Eles não estão aqui na cidade, mas você irá revelos logo logo.
- Ah... Tudo bem então...
- Você me assustou. Pensei que nunca mais iria te ver novamente minha irmã.
- É... Mas eu estou aqui, não precisa se preocupar. E me desculpe por não está pulando de alegria por você está aqui, é que... Eu não me lembro de você.
- Eu te entendo, e sei que não é sua culpa. Mas confesso que me Magoei muito em saber que se lembrou do Bruno e não se lembra de mim.-novamente ele riu.
-Ah! Nem me fale. Eu juro que não queria me lembrar dele. Eu queria esquecê lo. Ele me magoou muito.-saiu uma lágrima dos meus olhos.
- Ei minha irmã! Olha... Esse idiota não merece suas lágrimas. tem um cara ali fora, que todos os dias em que você ainda estava em coma, ele ficou aqui nessa cadeira. E não saiu até você acorda, o Felipe te ama, ele sim merece você, agora o idiota do Bruno não.... E se te serve de consolo... Eu dei uma boa surra nele.
- Serío? Nossa!
- Confesso que a surra que o Felipe deu foi mais dolorosa.
- Obrigada! Não precisavam ter feito isso.
- Era o mínimo. E ele mereceu.-nós rimos.

Continuamos a conversar sobre tudo um pouco.

Ele é um irmão incrivél. Como eu não me lembro?

Eu comecei a falar sobre minha filha. João então saiu do quarto, sem dar nenhuma explicação.

Ele voltou. E com ela! Minha filha!

Minha filha! Meu Deus! Eu me lembro dela. E ela está tão linda.

Pelo menos me lembro de algo bom.

Meus olhos se encheram de lágrimas quando ouvir ela dizer mamãe.

Eu á abracei e a beijei muito.

O Felipe apareceu, e parecíamos uma família.

Meu irmão, minha filha, e... O pai dela.

- Eu fiquei cuidando da nossa princesa.-disse o Felipe.
- Obrigada! Obrigada por cuidar dela por mim.
- É a nossa filha, nossa princesa.
- Sim!. Fico feliz por vocês estarem aqui.

Demos um abraço coletivo.

Estávamos felizes até nós enterromperem.

- Olá, eu posso falar com a Fernanda?

A Garota Solitaria  ( EM REFORMA)Where stories live. Discover now