Capitulo 06- Ana!.

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- HELENA!! Onde você está?!! Eu preciso de você... preciso conversar mamãe!.. Traga a de volta Deus! EU PRECISO DA MINHA MÃE!.


No canto que encostei ali mesmo adormeci. estava tão exausta, tanto fisicamente quanto psicologicamente. 


 Amanheceu, já no outro dia acordei pensando que tudo não passava de um grande pesadelo, mas era tudo real, aquilo estava realmente acontecendo. Eu estava realmente na rua e sozinha. 

Então me levantei e sai sem direção, procurando por todos os lados um lugar pra comer e beber uma gota d'água se quer. 

 Nunca havia ficado tão fraca como antes, tudo girava. a todo momento me sentava em qualquer lugar para não cair. Sentia que iria desmaiar a qualquer momento. A fome não era tanta, mas a fraqueza sim. 

com bastante dificuldade, sai procurando por ajuda. mas aquela cidade não era apenas pequena pelo tamanho e sim pela bondade. poucos ali tinham um bom coração. poucos possuíam uma boa alma. 

Apos tanto procurar, encontrei um restaurante que me deu o restos das sobras. já era o suficiente pra sobreviver mais um dia. 


O dia demorou tanto pra passar, pensei que não sobreviveria. Quando finalmente anoiteceu encontrei alguns moradores de rua que me ofereceram abrigo. me dando um pequeno papelão para deitar, era aquilo ou nada. 

 Naquela cidade, os únicos que não tinham nada, dinheiro, casa, comida todos os dias.... Eram os únicos ricos de coração, de alma. eles podiam não ter quase nada, mas quando aparecia alguém que precisasse estendiam a mão. Eles cuidavam um dos outros. e essa era a maior riqueza. 


( ....) Passaram-se alguns dias, perdi colegas para o frio, fome, sede. até pensei que o mesmo aconteceria comigo, pois os desmaios começaram a ficar frequente.  

 Com os dias percebi que estava mais atrapalhando que tudo. meus colegas cuidavam de mim o tempo todo, sem querer acabei me tornando um estorvo para todos. Por tantos desmaios acabava comendo mais, bebendo mais água do que os outros. Então resolvi me afastar de todos. Tinha que ir embora, não queria que vissem a minha morte... pois eu sabia que ela estava mais perto do que eu podia imaginar. 

 Era noite, sai novamente sem rumo. Sai sem que notassem a minha presença já que todos haviam tentado achar mais comida. Estava fraca, com a boca ressecada de tanta sede. Já nem se quer conseguia mais chorar, as lagrimas não saiam. 


 Andando sem rumo, não aguentei mais e cai ao chão. encolhida em uma coberta fina. ali mesmo fiquei. não percebi que havia alguém ao meu lado, mas estava com tanta sede que pensei ser alucinação. Já havia se passado tantos dias, eu estava fedida, descabelada. apenas esperando a hora de minha morte. 

 Ao reparar que não era uma alucinação, percebi que ao meu lado estava uma garota. que estava comendo um pão aparentemente delicioso. ela então percebeu que olhava com um olhar desesperador. 


- Quer um pedaço?

- Sim! claro!... está falando serio? estou faminta. 

- Notei pela sua aparência.

- Obrigada. estou o dia todo sem comer, e por algum motivo estou mais fraca que o normal... não aguento mais nenhum dia inteiro de fome e sede. 

A Garota Solitaria  ( EM REFORMA)Nơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ