Capitulo 6

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  "Não é porque você se feriu na guerra que você deixa de ser um soldado." 

- Supernatural.



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— Ok, brincar de "Vamos prender Zoe porque elas nos assusta" estava muito legal mas eu realmente já estou me cansando. Que tal brincarmos de "Vamos soltar Zoe porque ela é legal", hum? 

O caçador de sombras somente olhou para ela com tédio, ignorando o olhar raivoso que a garota o lançava.

— Tenho ordens para não te deixar sair daqui. Que tal parar de falar e só ficar quieta no seu canto, hum? - disse finalmente, e Zoe revirou os olhos.

— Ah, claro, vou ficar quieta nessa cela quando na verdade nem sei por quê estou aqui.

O caçador a ignorou e Zoe deixou a cabeça cair apoiada nas grades, exausta. Segurar a espada mortal havia acabado com todas suas energias e ela estava com raiva por ter de ficar na cela. Voltar para uma cela no seu segundo dia de liberdade após dez anos trancada numa não estava nos seus planos.

— Deixe-me sozinha com ela. - uma nova voz, que Zoe descobriu ser a de Joanne ao levantar a cabeça, falou.

O homem pareceu hesitante e lançou um olhar alarmado à Joanne.

— Tem certeza? Ainda não sabemos do que ela é capaz. 

— Ah, por favor, ela nem possui treino! Estarei completamente segura aqui.

— Ótimo, falem de mim como se eu não estivesse aqui, não se preocupem com os sentimentos de Zoe. - murmurou, sarcástica. Não que ela ligasse, é claro, mas aquilo era definitivamente exaustivo.

Joanne a lançou um olhar irritado e depois olhou para o caçador de sombras.

— Peça à Messias para acalmar os outros. - e o homem saiu, não sem antes olhar desgostoso para Zoe.

— Se você e seu amiguinho sem senso de humor não se importam, eu gostaria de ao menos saber o motivo de eu estar desperdiçando minha tarde nessa cela. 

— Estou certa de que já sabe. - Joanne disse, se sentando em uma cadeira em frente às grades da cela.

— Por quê vocês tem medo de mim e dos meus poderes? Uau, eu achava que os caçadores de sombras eram mais corajosos.

Joanne nem ao menos se deu o trabalho de responder, e encarou Zoe com olhos gélidos.

— Quero que me mostre do que é capaz.

A garota bufou e soltou as grades, cruzando os braços.

— Para isso eu preciso de uma cobaia.

— Não espera que eu entre aí com você, não é? 

— Bem, se você quiser que eu mostre...Sim, vou precisar que entre aqui.

Joanne encarou-a, como se avaliasse suas verdadeiras intenções. Por fim, pareceu concluir que Zoe não exercia perigo, pois entrou na cela, trancando a porta logo após o ato.

— Vá logo com isso, eu não tenho o dia todo.

A loira bufou e levantou as mãos, esticando também os dedos e quase encostando as pontas na cabeça de Joanne. Ouviu um arquejo baixo, o que a fez concluir que suas íris ja deviam estar vermelhas, e então os pequenos fios vermelhos saíram de seus dedos. Em um segundo estava na cela, no outro estava ao lado de um lago de aparência macabra.

A Dama do Sol - IOnde as histórias ganham vida. Descobre agora