Em algum lugar no meio do Oceano atlântico...
O pequeno barco pesqueiro enfrentava uma violenta tempestade, ameaçando virar várias vezes devido as forças das ondas que arremessavam o barco de um lado para o outro durante horas e horas.
A tempestade não cessava, ela durou vários dias arrastando aquele pequeno navio pesqueiro para o nada profundo. Uma semana de tempestade castigou os jovens marinheiros que já estavam sem esperanças de sair vivos daquela situação.
As ondas eram extremamente violentas, atingiam o casco do navio sem dó nem piedade e centenas de vezes ameaçou afundar o navio o jogando de um lado para o outro e o enchendo de água.
O interior do navio não estava lá tão seguro. Os jovens lutavam para se segurar e não ser lançados de um lado para o outro de forma violenta junto com os caixotes que se despedaçavam ao bater com força nas paredes de metal tornando o piso ainda mais escorregadio e facilitando as quedas contra as paredes.
— Se segurem!— gritou Samuel.
Era impossível evitar as quedas bruscas, ali naquele porão existiam poucas pilastras que eles podiam se segurar. E a água invadia o navio pela porta de madeira do pavimento superior. O que se tornou mais um empecilho na hora de se manter firme contra o balanço violento do barco.
Eles se chocavam ora contra os caixotes, ora contra as paredes batendo a cabeça, ombros, costas e causando alguns ferimentos e ás vezes colidiam uns com os outros já sem forças para se segurar.
O tempo parecia nunca passar e a tempestade parecia ser infinita.
Fracos e sem forças eles já não conseguiam se segurar, suas mãos estavam machucadas e cheias de calos, já não aguentavam mais segurar nos ferros escorregadios, e então a colisão entre as paredes e caixotes se tornou inevitável.Eles foram jogados de um lado para o outro como bonecos até perder a consciência e esperar a morte.
Quando enfim a tempestade cessou, Daniel foi o primeiro a despertar acordou sentindo a calmaria do mar. Sem chacoalhações violentas, sem caixotes caindo de um lado para o outro. Sem sons tempestades violentas.
Apenas a calmaria do mar e como ele gostou daquilo.
— ACABOU! — gritou Daniel se levantando desengonçadamente, ele escorregou algumas vezes até conseguir ficar de pé, por causa do piso molhado e a sua euforia e ignorou todas as suas feridas e dores — A tempestade acabou! — gritou ele correndo até a porta, ele se garrou a corda e puxou rapidamente fazendo descer uma escada para o convés superior. — Acordem!
Os outros despertaram com os gritos de Daniel informando que a maldita tempestade havia chegado ao fim.
Com certa dificuldade todos o seguiram para o pavimento superior do navio percebendo que ainda era noite. O céu que antes estava cobertos por nuvens, raios e trovões agora estava límpido e iluminado por uma gigantesca lua e muitas estrelas.
Os jovens se sentaram no ainda molhado chão e deitaram ali aliviados por perceberem que sobreviveram a pior tempestade de suas vidas tendo como sequelas apenas alguns cortes, galos, esfolheamentos e hematomas.
— Tá todo mundo bem? — perguntou Daniel depois de alguns minutos em silêncio.
Ele olhou para todos reparando já na aparência horrível que todos já estavam.
Pele ressecada, bocas também ressecadas, roupas sujas e ainda molhadas, e então sentiu seu estômago reclamar.Há quanto tempo eles estava no meio do mar? Quanto tempo a tempestade durou. Ele não tinha a mínima ideia, mas já sabia que foi tempo demais.
— Sim. — responderam todos.
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Brigada dos Mortos - Sobreviventes em alto mar
Mystery / ThrillerQuando os mortos retornam a vida, Mônica se vê sozinha para proteger seus três filhos no início do fim dos tempos. Já que seu marido um fuzileiro naval está fora do país. Mas ao conseguir informações sobre a volta do marido para resgatar a família...