Capítulo 17

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Sobrevoando as águas durante alguns dias os soldados já demostravam certa irritação.Estavam se arriscando por causa de uma mulher que mal chegou na base e procurava o marido que provavelmente estava mais do que morto.

Eles haviam encontrado cerca de umas três embarcações no meio do mar, abandonadas. Todo o trabalho foi cansativo, vasculhar as embarcações, matar as criaturas que vagavam por ali.

Tudo isso gastava muita energia que era impossível repor dentro do helicóptero.

A comida e água estava no fim e precisavam voltar para abastecer brevemente.

— Senhor, estamos ficando sem água e comida. Não é melhor retornar a base? — perguntou o major Óscar Santos encarando o General.

O homem percebeu o olhar de suplica dos seus companheiros e entendeu. Já faziam dias que eles estava sobrevoando em vão.

— Tudo bem... — ele se virou para Mônica que estava com um binóculos concentrada em algo.— Senhora Ferraz?

— Ok. Entendi. Só um minuto. — ela pegou o rádio transmissor — Alguém na escuta?

Apenas o som de estática.

Mônica suspirou fundo — Alguém na escuta? Aqui é das forças militares, estamos em busca de sobreviventes. Avistamos a Fragata 29. — disse Mônica esperançosa, mas não obteve respostas.

O General a encarava de forma consoladora, solidária.

— Só vamos chegar um pouco mais perto, para o sinal se estabilizar ok? — ela disse com a voz já embargada.

O piloto se aproximou aumentando a velocidade, como todos os soldados ali, já estava farto dessa viagem sem sentindo por causa dessa mulher.

Mônica puxou todas as esperanças que lhe restavam e apertou rádio com força — Aqui é das forças militares, estamos em busca de sobreviventes, estamos nesse momento sobrevoando a Fragata 29, por favor se alguém estiver me ouvindo, responda... — disse ela quase suplicante — Responda por favor...

— Alguém? — soou a uma voz entre a alta estática.

Mônica quase deixou o rádio cair de tanta emoção — Meu Deus! Até que enfim!— disse Mônica eufórica — Graças Deus eu consegui entrar em contato!

— Eu mal posso te ouvir. — disse a voz na outra linha, autoritária — Se identifique.

— Aqui é das forças militares, estamos sobrevoando a Fragata 29 neste momento.— respondeu ela com um grande sorriso. — Há quantos sobreviventes com você?

— Meu Deus! — disse a voz — Chegaram em boa hora. Estamos lutando contra piratas que tentaram dominar o navio. Eles sequestraram alguns de nossos soldados. Vocês tem permissão para pousar, temos dois de nossos homens no convés superior, eles irão deixar-los a par de todo o ocorrido.

— Antes de qualquer coisa, preciso entrar em contato com o capitão. — disse Mônica — E assim que estiver todos no convés superior precisamos nos certificar que não há feridos e nem doentes e assim poderemos criar uma operação de resgate.

— Está falando com ele senhora. — respondeu a voz — Sou o capitão desse navio. Sou o capitão Ferraz.

Mônica fechou os olhos e não conseguiu conter as lágrimas de felicidade.
— Senhora?

— Preciso que o senhor leve toda a sua tripulação para o convés inferior, entendido capitão Ferraz? — mandou ela — Vamos ajudar, mas o senhor precisa colaborar.

***

Francisco Ferraz passou todas as informação que acabará de receber das forças militares para os seus companheiros.
— Parece que vieram nos resgatar. — disse o capitão Ferraz

Brigada dos Mortos - Sobreviventes em alto marOnde as histórias ganham vida. Descobre agora