Capítulo 53 - CROSSOVER PARTE VIII

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Na fuga de Ísis e Eros do shopping, a dupla teve que enfrentar além dos seus inimigos,  uma horda de mortos nas estradas, atraídas pelo som do tiroteio de poucas horas atrás.

Todo aquele barulho atraiu centenas de zumbis na direção deles.

Os carros de fuga tiveram que manobrar para fora da estrada, em movimentos arriscados para escapar dos zumbis que em poucos minutos já dominavam o lugar.

Alguns dos soldados tentavam atirar em alguns zumbis, tentando limpar um pouco o caminho para os carros passarem.

— Passa por cima! — ordenou Ísis aos berros. 

— Eles são muitos senhora. Se fizermos isso, vamos atolar e todos nós morremos. — o motorista tentou explicar.

— Então faça algo! Não vou morrer aqui! — Ordenou ela.

Enquanto isso, no carro de Eros, ele parecia dar instruções ao motorista, que estava tenso, mas assentiu ouvindo tudo atentamente.

Minutos depois o motorista recebeu um rádio, com algumas instruções.

E então os carros de Ísis e Eros começaram a se separar, buzinando. A intenção era dividir os zumbis e facilitar as fugas.

Eros passou as instruções para o carro com reféns, através do rádio, para que depois que despistarem os zumbis, seguissem diretamente do abrigo e em hipótese nenhuma perdessem os reféns, ou as consequências seriam pior que os zumbis.

***

Dentro do trailer, Íris, Melina e Benny estavam com os punhos amarrados acima do colo, com dois homens armados de sentinela.

Pelas janelas eles puderam se situar sobre o tempo. Já estava anoitecendo, ou seja, já estavam na estrada por horas.

O trio percebeu que a velocidade do carro estava diminuindo até parar.
Benny logo ficou em alerta, mesmo desarmado iria aproveitar qualquer brecha para escapar dali.

Melina espiou pela janela ao ouvir o grunhido uníssono dos mortos de não muito longe. Eles caminhavam no acostamento, perdidos, bloqueados pelas muretas de aço. 

Mais a frente, havia um tipo de terreno, protegido por um grande portão de aço e muros de concreto com casas de três ou quatro cômodos. Quitinete simples.
Uma daquelas construções de casas populares. O abrigo estava bem resguardado por homens armados em uma torre de vigilância, que parecia ter sido construída a pouco tempo.

Havia, no mínimo, uns quinze homens fortemente armados à frente, apontando armas, todos com um pano cobrindo o rosto, deixando apenas os olhos à mostra. Os olhos que os encaravam pareciam sem vida, como o fundo de um poço. Eles já estavam esperando a chegada deles.

Eles pareciam prontos para qualquer coisa. Um dos homens saiu tranquilamente da formação da "linha de frente" do abrigo e caminhou até o carro. Ele bateu na janela ao lado do motorista com a coronha de sua pistola e gesticulou pro motorista se aproximar e eles conversaram rapidamente. Logo o motorista assentiu e começou a sair do carro. O homem esperou pacientemente até o motorista ir até o trailer, tirar um maço de chaves do bolso e destrancar as portas do trailer.

O homem tossiu e aprumou a camiseta na frente do corpo enquanto o motorista abria as portas do trailer e gesticulou pros homens tirarem Benny, Íris e Melina do carro, o que foi feito bruscamente.

— Sejam bem vindos a Brasília. Poderiam fazer o favor de nos acompanhar? — ele riu, divertido, parecia se divertir com aquela situação.

Como nem Benny, nem Íris e nem Melina fizeram menção de acompanhar aquele estranho, o homem ainda sorrindo puxou Íris pelo braço, que por suas vez tentou lutar se debatendo e logo foi imobilizada bruscamente, o outro puxou Melina pelo braço a fazendo andar. Benny logo tentou avançar contra o homem, mas dois homens grandes o contiveram acertando seu estômago e o fazendo segui-los.

Brigada dos Mortos - Sobreviventes em alto marOnde as histórias ganham vida. Descobre agora