Capítulo 32

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Batendo os dentes devido a brisa fria e os corpos molhados de água gelada e salgada a equipe do capitão Ferraz estava no convés superior do velho porta-aviões de Classe Clemeaceu R105 com cobertores fedorentos na opinião de Mônica, tentando se esquentar. O sol brilhava com todo vapor nos céus, mas a brisa marítima mais a velocidade em que aquele navio se movia faziam os ventos gelado e mais forte.

Não houve feridos ou qualquer problema de resgate. A tripulação do capitão de Fragata Hélio Montez estava prontamente apostar para o resgate que foi realizado em pouquíssimos minutos.

Francisco e Hélio se cumprimentaram como velhos amigos de guerra que não se viam a séculos.
Um abraço forte, risadas e sorrisos alegres.

Francisco apresentou todos devidamente ao capitão de Fragata Montez, agradecendo pela ajuda.
O aparente rude capitão que conheceram ainda no bote, com uma carranca e berrando ordens se mostrou um senhor carismático e bem-humorado. Tanto com os visitante quanto com a sua tripulação.

— Bom, é melhor que troquem de roupa antes que pegue essa gripe maldita. — disse Hélio e então emendou um alto falante com as mãos — Cabo Nunes, Tenente Barbosa!

Duas figuras fardadas correram ao encontro do capitão quase de imediato.
Um homem e uma mulher, os dois eram jovens. No máximo trinta e poucos anos.

— Nossos visitantes precisam de roupas secas, de alimentos e claro se hidratar. Podem cuidar deles?

— Sim senhor! — disseram os dois em uníssono.

O homem se apresentou formalmente como Erick Nunes e instruiu para que os homens o acompanhem.

A mulher se apresentou formalmente como Eliana Barbosa, porém a fachada formal logo caiu, dando lugar a carisma, com um sorriso amigável ela instruiu para que as mulheres a acompanhassem.

Foram apresentados os aposentos em que eles ficariam durante a viagem até ilha. E uniformes foram oferecidos para se misturarem a tripulação.

Após se lavar de toda água gelada e salgada com água gelada e doce, e vestir roupas secas e quentes eles se sentiram renovados.

Foram guiados para o refeitório, onde foram servidos de uma quente sopa de ervilha, água mineral fresca e por fim levados ao convés superior para o capitão de Fragata Montez.

— Bem melhor, não é? — disse Hélio Montez, mas nem deu tempo de resposta — Chega de enrolar, certo? Vocês vieram aqui com um objetivo. — Hélio Montez finalmente revelou a postura de capitão — Vamos conversar na minha cabine, capitão Ferraz. A sua tripulação e adoráveis esposa e cunhada podem aguardar. — ele se virou para eles — Sintam-se em casa.

Francisco os observou esperando alguma objeção, mas só viu a sua "adorável esposa" ergue a sobrancelha os outros apenas assentiram em compreensão e os dois capitães marcharam para a cabine de comando.

* * *

Quando eles sumiram de vista Rubens levou as mãos a cintura.

— Marinheiros e suas manias territoriais.

O general Thales sorriu — Vai dizer que vocês na FAB não tem essas manias? — ele cruzou os braços — Vimos com os próprios olhos e nem precisamos cruzar a fronteira para tentarem nos abater.

O piloto apenas deu os ombros e olhou em volta a movimentação no convés.
Havia alguns aviões obsoletos em sua opinião que precisam de uma manutenção básica.
Outra coisa que também lhe chamou a atenção foi a abundância de mulheres na tripulação. Igualava-se com a presença masculina o que era raro, mesmo através dos anos a discriminação continuava em todos os setores das forças armadas.

Brigada dos Mortos - Sobreviventes em alto marOnde as histórias ganham vida. Descobre agora