234

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Quando o guarda Roger abre as portas da cela 234 e não vê sinal de Lucy, o seu primeiro pensamento é ignorar, como com qualquer outro preso, mas lembrava-se que aquela mulher não era uma presa normal. Fora destacado para vigiar somente esta cela há seis meses. Fora avisado de vários truques que podiam usar contra ele e este poderia ser outro. Lucy, era o nome daquela mulher loira e alta, que estava agora desaparecida e quanto mais Roger pensava, a menos conclusões chegava.

Lucy era uma prisioneira de topo, foi ali colocada pelo homem mais poderoso dos Céus, Conan, recebia mais ordenado que todos os seus colegas e somente vigiava uma cela. Isso sempre o fez pensar. Ao fim de vários minutos em silêncio, tomou a iniciativa de ir ter com o diretor da prisão, Simon.

- Então o que aconteceu, Roger?- perguntou Simon, sobressaltado e intrigado com o motivo que levou o seu subordinado a contacta-lo

- A presa 234 desapareceu.

- Roger Roger- retorquiu o imponente diretor da prisão- Temos regras explicitas quanto a presa 234. Fico contente por saber que não consegue manter uma vigia atenta e que não está preparado para continuar a servir os mais importantes anjos do Céu.

- Mas Senhor...

- Não há senhor nem meio senhor. Você falhou. Confesso que tinha imenso potencial mas desperdiçou-o.

- Apenas me ocorreu um deslize- tentou justificar Roger.

- Um deslize que pode ser o começo para a queda dos Anjos do poder. E como castigo já sei o que lhe irei executar- Assustador, caminha até Roger e coloca-lhe a mão sob a testa, abre a boca e suga-lhe a alma.

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Selena cumpriu todo o seu horário da faculdade. Exausta, regressou a casa. Selena não se lembrava da ultima vez que tinha assistido por completo todas as aulas da faculdade e isso desgastou-a fisicamente e psicologicamente. Sentia a sua mente ainda mais pesada por saber que iria ter que estar na mesma casa que Conan. Quando chegou a casa deparou-se com um cenário desastroso. O ecrã da televisão estava partido, assim como a jarra de flores, agora espezinhadas e espalhadas, que Conan lhe oferecera. Uma das poltronas estava revirada. Selena pousou a mala no sofá e olhou para o resto da divisão. Estava confusa, assustada e chocada. Avançou lentamente e olhou atentamente para cada canto da sala. Selena suspeitava que tinha sido assaltada. Fazia sentido deixar a casa de pernas para o ar. Mas havia um "senão" como sempre. Porque haveria um ladrão de partir a televisão se podia rouba-la? Pesquisou se alguma coisa valiosa tinha sido roubada. Mas tudo o que encontrou foi a sua casa de pernas para o ar. Especialmente a sala. Tentou riscar, então, essa possibilidade pensar noutra teoria. Nada lhe surgiu. Selena sentou-se frustrada na cama. Mas ainda estava com medo de alguém estar - ou ter estado - em sua casa. Foi então que, para surpresa de Selena, Conan saiu da casa de banho. A inicio ambos ficaram sem reação. Olhavam entre si como se estivessem a comunicar através do olhar. Selena não se sentia preparada para falar com Conan por isso levantou-se e dirigiu-se á saída do quarto. Mas foi travada por Conan, que agarrou o braço dela.

- Conan larga-me. - Pediu Selena calmamente.

Conan negou com a cabeça. - Precisamos de conversar. - Disse ainda segurando no braço de Selena.

Selena não foi cuidadosa. Num movimento rápido conseguiu soltar-se e começou a correr. Mas a reação de Selena fora previsivel para Conan. Mais uma vez travou-a e desta vez atirou-a para a cama, acabando com as possibilidades de fuga.

- Ninguem sai daqui enquanto não falarmos! - Impôs Conan.

- Eu não tenho nada para falar contigo Conan. Deixa-me ir embora.

Guardiões do SubsoloKde žijí příběhy. Začni objevovat