− Ei, o que aconteceu? – insistiu, se aproximando e colocando a mão direita na minha testa, como se verificasse minha temperatura. Eu estou quente, mas não se trata de febre. O toque de sua delicada mão intensificou o calor.

Perto demais. Inebriante demais. Rafaella falava e eu podia sentir sua respiração na minha. Tão, tão perto...

− Você precisa de alguma coisa? – tentou novamente, dessa vez descendo a mão direita e tocando meu rosto com surreal suavidade.

− De você – foi tudo o que respondi.

Meus braços envolveram sua cintura e antes que eu pudesse pensar em qualquer coisa, a puxei para mim. Não houve resistência. Nossos lábios se tocaram e foi feroz. Seus braços se cruzaram atrás da minha nuca e cada pedaço de pele por ela tocado parecia pegar fogo. Nossas línguas pareciam sedentas uma pela outra. E quanto mais eu a beijava, mais queria beijá-la. Ela largou a bolsa lateral no chão da sala enquanto eu a guiava cuidadosamente até o balcão que separa a sala da cozinha. Chegamos perto o suficiente e...

− Deixa que eu subo, sou pesada – murmurou constrangida.

− Eu a carreguei até a piscina – lembrei-a. – Fique quieta...

Eu a levantei antes que ela pudesse me questionar. NÃO É HORA PARA QUESTIONAMENTOS, PORRA!!! E ela parecia estar de acordo com isso, porque não disse mais nada. Sentada no balcão, Rafaella me acomodou entre suas pernas e eu não conseguia pensar em mais nada além dela... Minhas mãos ganharam vida própria e começaram a lhe acariciar as coxas desnudas. Céus, eu havia olhado por tempo demais para elas. É maravilhoso que finalmente as possa tocar! Precisamos de meio segundo para ganhar fôlego e eu aproveitei para mordiscar seu lábio inferior e acabei ganhando um sorriso em troca.

− Sua tatuagem... – disse ofegante. – Posso vê-la?

− Pode me pedir para tirar a camisa – respondi com meu melhor sorriso sacana. – Você não precisa de desculpas.

Instantaneamente suas bochechas coraram. E ela conseguiu ficar ainda mais sexy. Sei lá como isso é possível! Tirei a camiseta e ela ofegou nesse exato momento. Seus olhos brilhavam e é impossível explicar a sensação de plenitude que ela me causava. Fiquei preocupado de ela notar as cicatrizes e perguntar a respeito, então resolvi não lhe dar muito tempo para pensar. Voltei a beijá-la, mas não nos lábios. Seu pescoço era meu alvo no momento. A fragrância de cravo característica de seu cabelo não havia sumido com o suor. Beijei seu pescoço e em seguida mordisquei-o. Seu gemido comprovou que ela estava gostando.

E então tomei seus lábios de novo e fiquei extremamente feliz quando suas pernas voltaram a se cruzar nas minhas costas, dessa vez em busca de um contato mais íntimo. Pressionei meu membro contra ela, que arfou e puxou meu cabelo. Seu corpo se levantou um pouquinho da bancada, em busca de um segundo contato e eu aproveitei a deixa para apertar sua bunda. Céus, ela é tão gostosa... E parece não saber disso. Meus dedos percorreram a sua cintura e fizeram menção de levantar sua regata, mas ela me impediu.

− Não me sinto confortável... – explicou e eu lhe lancei um olhar confuso. – Com a minha barriga – explicou, diminuindo o tom de voz até que se tornasse um sussurro.

− Vai sentir quando eu puder prová-la que cada pedaço seu é maravilhoso – rebati. – Por favor...

− Ainda não, por favor... – implorou, visivelmente triste com o rumo da situação.

Não forcei a barra. Se ela não se sentia confortável com a barriga, eu lhe daria mais tempo. O tempo que fosse necessário. Fiquei com medo do incidente ter estragado o clima, mas não foi o que aconteceu. Rafa me puxou para si mais uma vez e não pensou duas vezes antes de me beijar; antes de explorar meus ombros, meu peitoral e minha barriga com a ponta de seus dedos. Ela deixava um rastro de desejo latente por onde passava. Seus dedos se detiveram no cós da minha sunga (estou fantasiado de He-Man, lembra?). Fiquei tenso. Se ousasse adentrá-los ela descobriria sobre mim. Havia uma parte de mim com medo e outra ansiando por esse toque. Conflitante demais.

Levei meus dedos ao seu colo e brinquei com o limite de sua regata. Queria muito tocar seus seios (e não apenas isso!), mas sabia que estávamos indo rápido demais. Fiquei com medo de assustá-la, ou pressioná-la, ou...

− Não gosto de segredos – murmurou contra o meu ouvido, sua pele tão febril quanto a minha.

Gelei. Será que...?

− Preciso te contar uma coisa...

Ela não podia ter descoberto. Não havia maneira. Eu confiava em Nico, Nina e Marcela com todo o meu âmago. Como...?

− Sou uma das poucas garotas de dezenove anos que ainda é... Virgem – confessou baixinho com a boca colada no meu ouvido.

− Virgem??? – deixei escapar, totalmente aliviado. Ela assentiu. – Graças a Deus!!!

Ela ficou confusa. No lugar dela, também ficaria. Eu não estava aliviado por ela ser virgem. Estava aliviado por ela não ter descoberto a meu respeito. Ela saberia em algum momento, mas eu tinha o direito de poder lhe contar. No meu tempo. E eu esperava que ela não achasse que eu a estava enganando. Não era o caso. Ofusquei todos esses pensamentos antes que eles me paralisassem.

− Será que a garota virgem de dezenove anos se importaria de me levar para o quarto dela? – quis saber, meus lábios grudados nos seus.

− Acho que isso é tudo que ela mais quer. 

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Oi, oi, oi... Com as mãos pra cima, cintura solta o/ Sei que Av. Brasil já saiu de moda, mas essa música não me larga [aaaa] Sei que tá tarde, mas ainda não dormi, então tá valendo. Queria conversar mais, mas o sono tá foda. Espero que vocês surtem com o capítulo e que soe a música de "aleluia" junto com o 'oooooh' dos anjinhos e tudo mais, rs. 

Deixei mais um vídeo para vocês... E o tema é "GORDA, SIM!" Também não vou falar muito a respeito (por motivos de: sono) mas ASSISTAM ♥ Não importa se você é gorda (o) ou não :p 

Aproveitem o carnaval com juízo e até a próxima quartaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa o/


SINGULAR (degustação)Where stories live. Discover now