25. Assumindo o controle

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Meu amigo estava tão tenso e surpreso quanto eu, Dominic arremessa o convite na mesa.

— Obviamente uma armadilha — Conclui colocando a mão no queixo.

— Acho que não tenho escolha.

Ele põem as mãos na cintura e começa a andar de um lado para o outro.

— Eu tenho que ir Nick — Insisto

— Droga Vic — Para bruscamente e me olha com receio.

— Você matou o filho dele ! — Ele me lembra.

Ao lembrar-me de Rodrigo e de suas últimas palavras sinto uma pequena ponta de medo, mas não me abalo, o que me estranha é o fato de Patrício nem sequer ter tocado no nome do filho...

— Qual vai ser a diferença Dominic? Um dia eu vou ter que encarar Patrício — Argumento.

Dominic dá um longo suspiro e me olha seriamente — Sabe que não vai sair coisa boa dessa noite.

— Já falei que não tenho escolha.
— E eu já disse que não quero que você vá!

Dessa vez eu que dou um longo suspiro.

— Tem gente infiltrada aqui dentro Dominic! — Aviso em tom baixo me sentando na cadeira.

— Mais eu... Eu... — Ele não conclui apenas leva a mão até a testa.

— Merda — Pragueja e então se senta colocando as mãos por cima da mesa — Precisamos acabar logo com esse cara.

— E você acha que eu não tentei? Sinceramente eu estou cansada de levar tapa e não revidar, estou me afundando na minha própria incompetência — Desabafo.

Dominic encara suas mãos em silêncio enquanto eu raciocinava.

Patrício obviamente estaria preparado para qualquer tipo de eventualidade, mas também, estava enganado se achasse que eu ia perder uma oportunidade como essas, o problema era esse... Uma grande confusão se formava na minha cabeça. Talvez ele estivesse esperando exatamente por isso, porra, cada vez que eu tentava ficar à frente dele, ele estava muito além de mim. Ou seria simples e pura paranoia minha.

— Precisamos de um plano.
— Já tenho uma ideia, talvez ele nem suspeite — Digo abrindo um sorriso.
— Sabe que não existe a mínima probabilidade de você ir sozinha não é?

Olho fixamente para Dominic e ali observo a sua cautela, sua preocupação de irmão.

— Eu sei que me seguiria até o inferno se necessário.

Dominic sorri colocando uma mão por cima da minha e em seguida a pegando.

— Até o inferno — Declara confirmando nossa lealdade.

(...)

Observo detalhadamente a sala de estar da cobertura de Kaleb, me recordo de lembranças de quando era mais nova.
Os moveis tinham mudado, mas a atmosfera era a mesma... Meu irmão e eu costumávamos a fazer maratonas de filmes quando eu podia e ele tinha tempo, não era apenas o mundo da mafia que consumia seu tempo, Kaleb era empresário, tinha uma empresa legal sem nenhum envolvimento com nosso mundo e ele preservava assim.

— Quando me disseram, nem acreditei que estava aqui! — Viro-me ao ouvir a voz dele, Kaleb desce as escadas e vem em minha direção, com um sorriso para minha surpresa.

Ele me cumprimenta com um abraço num clima tranquilo, era como se nunca tivéssemos nos odiado.

— Está tudo bem? — Pergunta atenciosamente, percebo que se referia a Rodrigo.

I Livro Mafiosa (Sem Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora