7. Visitante Inesperado

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Ajeitei o sutiã e retornei para Peter e Nádia que estavam quase se comendo pelo que eu pude notar, e naquele momento quando vi as mãos de Peter escorregando pelo corpo da branquela italiana confesso que senti inveja e arrisco dizer que até bateu um arrependimento.

Aproximei-me dos dois e os pervertidos continuaram com o showzinho, soltei um pigarro e os dois finalmente pararam.

Nadia olhou-me com raiva —Não seja estraga prazeres! — Resmungou.

— Estraga prazeres ô caramba, se eu quisesse ver duas pessoas se comendo alugaria um filme pôrno. — Brinquei, Peter sorriu pretensioso

Nadia aproximou-se mais de mim e sussurrou ao meu ouvido — Você não sabe o que perdeu priminha.

Revirei os olhos e soltei um longo suspiro, respondi a provocação — E eu achando que você queria Dominic! — Debochei, ela riu também.

A corrida estava prestes a começar, Enzo mandou-me um beijo antes de entrar no carro, respondi com um sinal de cotoco, ele sorriu.

— Babaca! — Murmurei e Nádia riu da minha cara, Peter foi dar a largada.

Os carros saíram em alta velocidade, eu conhecia bem trajeto e ainda não havia me conformado em ficar de fora. De repente fui atraída por uma ideia, queria puxar meu revólver e colocar bem na testa de Peter, porém minha prima estava se divertindo demais como ele e eu não estava afim de impedir Nádia de tirar suas teias de aranha daquele lugar. Contive-me.

(...)

A corrida havia acabado e antes que meu doce "irmãozinho" viesse se vangloriar pela vitória na corrida, já fui logo puxando Nádia enquanto ela protestava, praticamente a enfiei dentro do carro.

— Que merda é essa Vic? — Perguntou brava .
— Não estou afim de ver o Sr. Santori vindo se vangloriar na minha cara! — Admiti irritada.
— Por que ? — Nádia perguntou provocando-me.

— Primeiro, Enzo é um babaca, narcisista e petulante. Segundo, se ele viesse se exibir com certeza eu puxaria meu revólver pra ele e terceiro, se eu matasse ele, Gonçalo me mataria. — Resumi acelerando o carro o mais rápido possível.

— Sei... — Havia um certo tom de deboche na voz de Nádia, resolvi ignora-la.

Chegamos ao hotel e fomos para o quarto caladas, eu estava prestes a entrar no quarto quando alguém me agarrou por trás. A criatura colocou a mão em minha boca evitando que eu gritasse, eu podia simplesmente sair daquela situação mas fiquei calada esperando ver no que dava. A lesada da minha prima fechou a porta como se eu tivesse dito que ia dar uma volta na esquina e foda-se, talvez ainda estivesse puta por eu ter lhe tirado a oportunidade de acabar com as teias de aranha.

Pisei num de seus pés, eu ainda não havia visto seu rosto, ele me largou na mesma hora e então eu virei e olhei. Era Enzo para o meu desgosto, ele respirou fundo e aguentou a dor calado, e que dor. Eu usava um salto agulha podia ter furado o pé dele mas o desgraçado era sortudo.

— O que você quer aqui? — Perguntei falando baixo — Como sabe que...

Olhei para o quarto, bati em minha própria testa — Vadia! — Murmurei, a desgraçada havia dito a Peter onde estávamos hospedadas.

— Meu quarto é o do lado! — Disse com segundas intenções.
— Me deixe enquanto estou pedindo educadamente. — Coloquei a mão no trinco da porta quando ele me puxou pela outra mão, me colocando a ele, nossos olhos estavam fixos um no outro e por um breve momento inconsciente quase me perdi naquela imensidão azul.

Concentrei meus olhos em sua boca, seu perfume embriagava-me, o toque de sua mão em minha cintura era excitante.

— Cansei de ser educada. — Falei tentando me concentrar, com apenas um descuido eu poderia ceder.
— Então não seja! — Pediu obstinado.

I Livro Mafiosa (Sem Revisão)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora