Capítulo XV - 1

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Ao libertar os olhos da princesa da escuridão, ela sequer pode acreditar no que estava a se revelar...
Aquele na sua frente era Magul, o homem por quem ela sempre se afeiçou em amizade e acreditou.

"Porque?

Como ele pode me trair de tal maneira... Logo eu, eu que sempre o ajudei."

Perguntas sem nenhuma maldita resposta.

-Diga o que está acontecendo Magul? Você ousou me trair? Trair todo afeto e carinho de irmã que sempre nutri por você e sua família?

- Não diga nada Alteza, cale-se! E apenas me siga - A segurando pelos braços amarrados e com uma voz extremamente seca e levemente tremula, o ex amigo, agora campanga, a alertou - Me siga sem fazer nenhum barulho, é o melhor para senhorita. - decretou sem aparentar nenhuma compaixão.

Com um sentimento de impotência, raiva e decepção Ashanti o seguiu até a uma luxuosa saveiro com o rosto banhado a lágrimas, agora tinha quase certeza de que o mandante de tudo isso era o próprio pai, tentando a qualquer custo evitar que a filha encontrasse o tal "meliante do Conrado". Desde que Alain se pendurou em seu ouvido, o rei anda gritando aos quatro ventos que "ele" deve está a espreita, pronto e escondido em uma provincia, armando algum plano, para reivindicar Ashanti como sua. Por isso mantinha os olhos bem abertos para esmagar o rato bem no meio ratoeira, se não fosse com Alain, que já aceitara a impureza de sua filha, Ashanti não se casaria com mais ninguém. MAIS NINGUÉM!

BALA! Em qualquer sujeito que se assemelhasse ao cafageste conquistador de princesas inocentes, essa era a ordem.

Já dentro o veículo, perto de partir, Ashanti percebeu um Magul desconfortável e com uma certa vergonha de olha-la diretamente nos olhos.

- Diga Magul, me diga o que eu fiz para você está me tratando assim? com tamanha traição? - o homem permaneceu calado e então ela continuou - É dinheiro? Se for eu posso te ajudar! Lembra? Eu sempre te ajudei... É para sua filha? Diga quanto quer que lhe darei. - exergando uma brecha ela logo propôs.

- Olha princesa... - pensou em dizer algo mas logo se arrependeu - Não há nada com minha filha, apenas coloque essa venda novamente nos olhos e por amor a nós dois não diga mais nada! Sim? - sem alternativa ou qualquer outra justificativa ela o obedeceu e voltou para a mais completa escuridão.

°°°°°°° ¢ °°°°°°

Mais algumas horas, rodando e saculejando dentro daquele maldito carro, fez Ashanti pensar que talvez era hora de se entregar, já não tinha forças para resistir, seja quem fosse o seu mal feitor, o próprio pai, Alain ou qualquer outro inimigo, já havia decidido não mais lutar, a vida já não fazia mais sentido desde que conhecera o amor e este fora arrancado sem nenhuma dó ou piedade de dentro de seu peito. Naquele momento simplesmente acatou, se rendeu ao destino de passar o resto da vida enclausurada ou servindo de escrava para criminosos caçados pela ONU, nada mais importava já que o mais doloroso seria viver sem o amor de seu amado.

- Chegamos! - Assustando-a e tirando Ashanti de seus vagos pensamentos, Magul a informou - Vou te cagregar para fora do carro e coloca-la no local combinado. Por favor, não se mexa. - por fim a alertou.

Sem responder uma palavra, a garota esperou o seu momento. Então assim como Magul havia dito, a porta se abriu, ele a pegou nos braços e a colocou enconstada em uma haste que parecia muito dura e maciça.

Colocando os sentidos para trabalhar a todo vapor, sentiu que segundos depois ele se afastara e pelos passos diferentes, outro homem se aproximara... Como cana atingida pelo forte vento no canavial, Ashanti tremeu, apertou os olhos ao ponto da dor e rogou por piedade, tinha certeza que sua hora finalmente havia chegado...

Momentos sufocantes de silêncio pareciam a abraçar, até que uma voz nada misteriosa começou a ressonar...

- Magul - os olhos da mulher se arregalaram ao reconhecer aquela aura tão familiar - a próxima vez que ousar encostar as pontas dos dedos em minha mulher serás um homem morto. - severamente decretou.

As mãos que Ashanti tanto desejara, a tocaram.... Outra vez a tocaram... Sim elas estavam ali, outra vez, acariciando o longo pescoço antes de retirar a venda com delicadeza e cuidado.

- Amor?! - emocionada sussurou quando fixou seus olhos no belo e forte rosto.

- Sim, sou eu minha linda! - as mãos de ambos foram para o rosto do outro, era como um certificado de que tudo aquilo era real - Seu Conrado.... Eu disse que vinha. - suspirou contornando os cheios lábios da mulher - Eu quase morri sem você meu amor, quase morri sem você minha Ashanti.

Os lábios outra vez se tocaram e os sinos, sinos mágicos ouvidos exclusivamente por aqueles dois, em alegria regojizaram e mais de uma vez tilintaram.

O capítulo é pequeno mas eu precisava postar por causa da ansiedade de alguns. Até sábado posto a segunda parte do 15, não faço ou mutilo a história por querer amores, juro! É que fico aflita para que vocês tenham acesso ao próximo passo da história, já que muitas vezes não consigo escrever por causa do tempo cap longo, por isso as vezes, só as vezes posto assim, mas se a maioria disser pra não postar não posto ok?

Temos grupo no whatsaap e no face e ambos se chamam FLORES DE AÇO apareçam por lá pra gente conversar.

Obrigada Afrika Cuna pela ajuda com os reparos no vocabulário, obrigada a todos vocês por tudo.

AshantiWhere stories live. Discover now