Capítulo VII

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O sol raiou trazendo consigo um céu azul e espetacular, do lado de fora do pequeno casebre não havia um vestígio sequer da forte tempestade da noite passada, até os galhos secos e sem vida, estavam ali destacados e iluminados de uma maneira muito especial.

Do lado de dentro Ashanti despertara um pouco dolorida, acostumando-se com a idéia de que fora de Conrado... De que se entregou para ele sem pensar duas vezes, na primeira e na melhor das oportunidades. Olhando preguiçosamente para os lados, ela percebera que este, em quem acabara de pensar, não estava mais do seu lado, teria ele coragem de abandona-lá, depois de tudo, no meio do nada? Se perguntara num princípio de angústia e desespero.

- Bom dia! - A voz forte e viril ressonou pela porta da casebre, sanando de imediato todas as suas dúvidas.

- Pensei que havia me abandonado - Ela confessou visivelmente aliviada, envergonhando-se logo depois, quando se dera conta do duplo sentido de suas palavras.

- Não. Eu acordei cedo, coloquei nossas roupas para secar e fui apenas procurar algo decente para comermos.

- Alguma sorte? - perguntou observando a estranha bermuda rasgada que ele agora vestia.

- Não. Essa floresta é entremamante seca, Antes de sair, a luz do dia, encontrei pertences dos antigos "moradores", roupas, algumas castanhas naquela parte ali da Cabana - apontou para o local que provavelmente foi uma cozinha impovisada.

- Ah sim - ela resmungou

- E você? Como está se sentindo? - ele a olhou um pouco preocupado.

- Bem! Um pouco dolorida e precisando de um banho, mas estou bem. - ponderou.

- É normal, eu vou cuidar melhor de você. - ele afirmou - Descobri um riacho - sorriu o sorriso mais lindo que poderia lhe dar - Puro e cristalino! Que tal irmos até lá? - Convidou cheio de segundas intenções.

- É uma boa idéia.

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Muito perto dali, o lago cristalino se destacava em meio a natureza completamente pálida e cinza, as águas mornas, esverdeadas e extremamente convidativas, localizavam-se entre duas cavernas de pedras caucárias, mergulhar e renovar as energias, antes de voltar a talvez cruel realidade, era tudo que precisavam depois daquela noite maravilhosa mas ao mesmo tempo conturbada.

- Vamos - ele apontou com o queixo em direção a imensa piscina natural.

Sem responder nada audível, Ashanti deixou a toalha em que estava enrolada escoregar por seu corpo e desfilou provocativamente até a beira.

- Você não vem? - disse com um pequeno sorriso por cima do ombro antes de mergulhar.

- Santo Deus! - ele exclamou tomado pelo desejo pelas formas esculturais, antes de retirar a bermuda e a seguir.

- Ashanti - Ele a chamou quando emergiu da água mas não obteve resposta. - Ashanti! - repetiu o chamado, já estava levemente desesperado quando sentiu as leves mãos acariciar suas costas e logo depois o afundar.

- Menina Sapeca! - murmurou quando novamente surgiram na margem, desta vez agarrados feito erva-daninha.

- Você gosta? - ela perguntou pendurada em seu pescoço, acariando firmemente a ereção, com uma sombrancelha arqueada.

- Muito! - avançou sobre a boca molhada, sugando a língua deesperada da garota - Eu quero você, aqui e agora! - avisou firme, a olhando nos olhos, não dando oportunidade para que ela fizesse outra coisa que não.fosse assentir.

Num instante, ele a levou para uma pedra, posicionando-a de frente para ela, de costas para ele e apoiando ambos os pares de pés em outra no fundo do manancial.

AshantiOnde histórias criam vida. Descubra agora