Capítulo Dez

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Entrei na minha casa na noite anterior com os olhos claros cravados em mim, se ainda tivesse esperanças talvez dissecaria aquele olhar, aparentava dúvida se estava fazendo o certo, chorei por um tempo, coloquei a culpa no meu corpo, me levantei e fui no meu grande espelho novamente, com a maquiagem borrada e de calcinha e sutiã repeti para mim mesma o quanto eu era linda e que precisava passar por essa novamente e que um dia alguém me amaria do jeito que sou, pedi desculpas para mim, por me diminuir tanto, me chamei de linda e sorri para o reflexo, tomei um banho rápido, já era quase quatro da manhã e eu precisava ficar bem para recebe-lo amanhã e não demostrar sofrimento.

Mal fechei os olhos o despertador tocou, corri para o banheiro e tomei um banho para acordar, fui para a cozinha e escutei conversas.

-Bom dia. Falo e observo que meu pai já está a mesa com sua xicara de café e Wellington o acompanha.

-Bom dia. Os dois me respondem e Wellington me observa, aparenta estar ansioso.

-E você caiu da cama. -Falo e dou um beijo na testa do meu pai.

-Não minha filha, dormi cedo ontem.

-Vejo que você também caiu da cama. Falo e coloco minha mão no ombro de Wellington.

-Não consegui dormir, aí me levantei e vim para cá. -Diz e sorri.

-Então vamos tomar um café e ir trabalhar, por sorte hoje é meio período preciso descansar estou morta.

Me sento entre os dois e coloco meus dois dedos de leite e o resto de café, tomamos o café e logo fomos trabalhar, no caminho fomos fingindo que nada tinha acontecido, falamos algumas coisas sobre o trabalho e graças a Deus a hora passou rápido, Thomas passou na farmácia com o carro do pai dele e aí Wellington não conseguiu me dar carona, Thomas me trouxe para casa, tomei um banho e antes da uma da tarde, já estava dormindo, meu corpo precisava descansar.

Acordei pouco depois das oito da noite, meu corpo estava relaxado, fui para a cozinha papai não estava, em pleno sábado deveria ter saído com os amigos para tomara alguma coisa, preparei um sanduiche e um copo de suco de maracujá, me sentei em frente à TV e já procurava alguma serie para ''maratonar'' a madrugada toda, quando meu telefone toca, vejo a foto de Milca na tela.

-Boa noite, princesa. -Digo e escuto um sorriso.

-Boa noite dorminhoca, já mandei inúmeras mensagens e liguei e nada de atender, o pessoal está atras de você a tarde toda.

-Mas porquê? -Falo e mordo meu sanduiche.

-Tem uma festa perto da hidrelétrica precisamos ir.

-Hoje estou tão cansada Milca, não estou afim.

-Você vai sim, passamos aí as dez e meia.

E desligou, com Milca não tinha como dizer não.

Ainda era cedo, assisti um episódio de uma serie bacana e subi tomar banho e me arrumar.

As dez e meia em ponto, escuto uma buzina e droga era Wellington, devia ter perguntado quem ia me buscar.

Saio e percebo que ele está sozinho.

-Ué não tem ninguém com você?

-Ainda não, passei pegar você primeiro.

-Não sei o porquê, eu sou a que mora mais longe. Falo e ele dá de ombros.

Me sento e ele me observa.

-Você está linda. -Minhas bochechas ficam vermelhas.

-Obrigada. -Me limito a isso.

Amizade colorida com a GGOnde as histórias ganham vida. Descobre agora