Capítulo Nove

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Wellington volta com as bebidas que estavam no carro, Tati loira foi ajudar ele a buscar, vejo que discutem alguma coisa e ele me olha no meio da pequena discussão.

Me sento e Thomas vem até mim, e senta ao meu lado.

-Eu vi o que aconteceu. -Fala olhando para Wellington.

-Foi só um selinho, e ele disse que faz isso com as amigas.

-Não faz não Rafa, e agora é caminho sem volta, olha o jeito que ele te olha, cuida desse coração tá.

Eu abro a boca algumas vezes, mas nada sai, me blindo e tento falar com o meu coração.

Será apenas alguns beijos e vamos ser amigos, talvez role sexo, mas ele é livre, ele não gosta de você, é só atração, você quer, ele demostra que quer e você só vai matar a sua curiosidade de como é estar com ele. -Repito para o pobre coração algumas vezes.

Quando vi se formou uma rodinha bem no meio da praça e então Wellington explica a brincadeira e todos se animam, basicamente vai funcionar assim, uma garrafa vira na mesa um lado pergunta e o outro responde, mas não pode falar a palavra não de jeito nenhum, se falar o castigo é tomar uma dose de vodca pura.

A brincadeira começa e eu como sou sortuda sou a primeira a responder, o problema pergunta vinha da Tati loira.

-Você gostou do beijo do Wellington? -Ela pergunta e Wellington se movimenta e olha enfurecido para ela, deve ser esse o motivo da pequena discussão que vi.

-Selinho de amigo, e nem foi bom. -Tento responder de uma forma que não o prejudique.

-Selinho de amigos? Só não meti a língua na sua boca porque você não deixou. -Diz Wellington com um sorriso cafajeste, ele está provocando a moça.

Os amigos dão um grito e batem palmas, e gritam beija, beija.

Wellington responde.

-Nosso primeiro beijo não vai ter plateia não, quando for deixar ela em sua casa hoje eu prometo que mato a minha vontade.

Wellington não brinca com fogo não.

Me apresso em rodar a garrafa e seus amigos continuam com os gritinhos de apoio.

A segunda rodada eu perguntava para Milca.

-Já que vergonha não é só eu que devo passar, Eai Milca já provou os lábios de meu primo?

Ela me olha sorrindo.

-Já sim, mas ainda quero ver o seu com Wellington.

E lá escuto mais gritinhos e palmas, melhor parar com essa brincadeira, só eu me ferro.

Ficamos brincando ainda por torno de meia hora e enfim a hora do show ia começar, tomei poucas doses e Wellington tomou todas.

Por sorte quem voltava dirigindo hoje era Thomas.

Fomos para o local e fomos direto para o camarote, sim Pedro é filho de um vereador e deu os ingressos para todos.

Dancei, bebi, dancei com as minhas amigas, vi o primeiro beijo de Milca e Thomas, vi Ana beijando dois carinhas e quase os dois saindo no tapa, vi Wellington saindo com uma morena do camarote, mas respirei fundo e o coração já estava se calejando das informações, pega e não se apega coraçãozinho.

Foi quando sem querer escorreu uma lagrima, eu sabia que estava apaixonada e não sei o porquê me deixar levar desse jeito, o que aconteceu foi uma brincadeira, e se ele estiver afim vai ser só uma noite como ele faz com essas meninas e ainda vai ficar estranho a nossa relação, não posso deixá-lo fazer isso comigo, não posso me deixar levar.

Amizade colorida com a GGOnde as histórias ganham vida. Descobre agora