Capítulo Quatro

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Acordei pouco antes das sete da manhã precisava entrar as oito no trabalho, me reviro na cama e olho as notificações do celular, recebi uma mensagem pouco depois da meia noite e meia, de um número que não conheço.

''Se precisar de alguma coisa estarei aqui, qualquer coisa me ligue. Ah este é meu número, salva ai! Boa noite! Beijos!"

Wellington.

Salvei o seu número e abri um sorriso, talvez as terças feiras não sejam tão horríveis assim, e como ele conseguiu meu número tão rápido assim?! Não me lembro de ter passado para ele.

Fui para a cozinha animada, tomei o café com papai que estava se organizando para mais uma partida de tênis com um de seus amigos.

Chego no trabalho as oito em ponto, Sr. Paulo já me espera com uma xicara de chá quente e estava lendo a seção de esportes do jornal da manhã, sentado próximo ao balcão de atendimento, me sento próximo a ele e ele me fornece metade do jornal.

Ficamos ali bebericando chá e lendo as ultimas noticias da cidade.

Me lembro que não respondi a mensagem e sei que deveria mandar alguma coisa, mas não sabia o que exatamente, escrevi e reescrevi inúmeras vezes, até que decido por algo simples e que não me traria uma nova mensagem dele para ter que responder.

''Obrigada! Pode deixar, se precisar chamo sim."

Guardo o celular no bolso e uma mensagem chega logo em seguida.

''Bom dia para você também!''

Merda! -falo num sussurro.

''Desculpa, acordei a pouco tempo, estou dormindo ainda, bom dia.''

Falo tentando que ele agora esteja satisfeito e pare de me mandar mensagens, por mais que eu queira conhecer ele um pouco mais, eu me conheço e sei no que essas fantasias fazem com a minha cabeça.

Recebo outra mensagem.

''Não sabe nem mentir, estou te vendo daqui, para de roer as unhas e andar parecendo uma barata tonta."

Oh droga, me vendo de onde, quando olha para o lado oposto da farmácia, lá está ele, de pé encostado em um portão baixo e antigo em tons acinzentados, acenando para mim, estava com uma camiseta branca e um shorts de dormir.

Recebo uma nova mensagem.

''Vou tomar café, já, já passo aí.''

Merda.

Dou um aceno e corro para o fundo da loja, seu Paulo coitado sem entender nada já grita do escritório se era algum assalto.

Pouco depois das nove da manhã, Wellington aparece na farmácia, já estava de calça, uma camisa polo branca e uma pasta na mão.

-Bom dia, agora pessoalmente. - Diz com o sorriso mais lindo do mundo.

-Bom dia para você também. - Falo envergonhada pela situação que ocorreu um pouco mais cedo.

-Precisa de alguma coisa? -Falo num fio de esperança que ele tenha vindo até aqui não para me ver, mas para comprar um dipirona para dor de cabeça, mas ele não aparenta estar com dor de cabeça, e meu estômago revira como se borboletas voassem descompassadas.

- Nada na verdade vim apenas falar um oi pessoalmente e ver se você melhorou da ressaca, e também porque quero ser seu amigo Rafaela e saber o que Berto aprontou com você, eu vi que ontem chorava baixinho e não sei o motivo, mas gosto de ficar próximo a você, ainda mais sabendo que você é prima de um dos meus melhores amigos. - Fala aparentemente nervoso, e sem respirar.

Eu me perco dissecando esta mensagem, e vou de "quero ser seu amigo e gosto de ficar perto de você" em milésimos de segundos, confusa, mas com a certeza que o caminho da amizade realmente é o mais provável.

- Claro Wellington que legal sua preocupação, mas quanto ao Alberto já passou, foi uma coisa que aconteceu a um tempo e que passou, acabou, um dia te conto a história toda, mas não é nada demais. - Falo com até um tom de desdém afinal Alberto foi um ponto dolorido na minha vida.

-Bom se você diz, quando quiser conversar estou aqui. -Fala saindo da farmácia.

Antes dele deixar a loja seu Paulo aparece.

-Quem é seu amigo?

- Oi seu Paulo sou eu, neto da sua cliente mais antiga. - Diz Wellington apertando a mão de seu Paulo.

-Nossa como você cresceu menino, e sua avó como está faz alguns dias que não a vejo e seu avô?

-Dona Carmem está bem e vovô também, hoje provavelmente vão passar por aqui.

-E você está indo para onde? - Pergunta seu Paulo e eu logico que deveria saber que eles se conheciam.

- Estou indo procurar emprego seu Paulo, vou morar com os meus avós eles estão com a idade avançada e vovô caiu esses dias e estava ficando difícil para a vovó sozinha aqui. -Wellington parece preocupado com a família.

-Venha trabalhar aqui. -Diz seu Paulo e meu queixo cai. -Você pode ficar com as notas e compras eu odeio fazer isso e quem fazia era minha esposa, e Rafaela estou treinando para ficar no meu lugar.

-Claro que aceito e próximo de casa, é perfeito para mim, obrigado seu Paulo, não sei como agradecer. - Fala Wellington e me abraça.

Abro os braços e abraço Wellington. -Seja bem-vindo, e olha que sorte você literalmente só vai atravessar a rua. -Falo rindo.

-Por isso não, você pode começar a dormir na minha casa, e viemos trabalhar juntos.

Droga, fico sem jeito e remoendo as coisas que ele me fala, droga, mil vezes droga.

- Que exagero Wellington. - Falo e dou uma risada sem graça.

Wellington se despede e combina de começar no dia seguinte, precisava arrumar alguns documentos e organizar algumas coisas para o grande dia de acordo com ele. E lá se foi, com seu carisma, felicidade e bom humor. Wellington é do tipo que você não consegue ficar perto dele sem rir, ele é encantador. Meu coração da um pulinho estranho, espero que seja início de um infarto, não estou afim de ter um amor não correspondido novamente.

Volto para meus afazeres, pois a noite tenho aula e não sei o motivo, mas não vejo a hora de entrar naquele ônibus.   

Estrelinhas, comentários são bem vindos..

Até o fim de semana tem mais capítulos.

😍❤️

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