Capítulo Cinco

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-Pronta para realmente iniciar seu curso de farmácia, minha princesa? - Diz meu pai enquanto organizo meu cabelo mais uma vez, e retoco o batom.

-Acho que sim pai, estou muito animada! -Digo e me despeço do mesmo. - Preciso ir pai, senão perderei o ônibus! - Dou lhe um beijo na bochecha.

Saio e encontro minhas amigas já no ponto de ônibus.

-Ana, Milca, boa tarde princesas! - Digo lhes dando um abraço duplo.

As duas respondem em uníssono e as abraço, vejo que Wellington e Tomas não estão no ponto.

-O que está procurando? -Diz Ana com cara desconfiada.

-Por Tomas ele me pediu um dipirona. -Mentira, mas não tinha como justificar minhas erguidas no pescoço procurando por olhos claros e sorriso cativante.

-Sei. - Ana não costuma acreditar em mim, ou ela me conhece melhor que a mim mesma.

Quando um carro preto se aproxima e para bem ao nosso lado, e vi Thomas no banco do passageiro.

-Olha Rafa, entregue o dipirona para Tomas. -Diz Ana toda debochada.

Tiro da minha bolsa um dipirona e como Thomas me conhece estende a mão meio sem entender e apenas agradece.

-Obrigada Rafa. -Diz dando risadinha.

Quando olhos claros quase se deitam no colo de Thomas para me olhar.

-Ei, é só falar que me afastou ou saio do carro para você observar minha prima. -Fala Tomas e fico constrangida.

Vejo Wellington olhar diferente para Thomas e o mesmo fica mudo.

-Meninas vamos de carro hoje, vocês querem uma carona?

Não precisou perguntar duas vezes, Milca já saiu abrindo a porta do carro, entrou, olhou para Ana e eu.

-Ué vocês não vêm? - Com aquela cara de o que vocês estão pensando ainda e coloquem logo esses bumbuns no carro.

A porta do banco da frente se abre, Thomas desce e escorrega para o lado de Milca.

-Ei o combinado era apenas a carona, não que a bagagem eu tenha que levar. -Diz Milca tirando a cabeça de Thomas de seu ombro que se afofa que nem um gato pedindo carinho.

-Isso vai dar casamento ainda! -Digo rindo.

-E você e Welington serão padrinhos. -Diz Tomas dando um sorriso sínico, entendo com aquele olhar que ele me diz ''se você quiser jogar este jogo priminha eu também tenho cartas na manga.'' Fico muda e vou entrando no banco de trás.

-Não, você vai na frente, Wellington quer conversar com você sobre o trabalho. -Diz Tomás com os olhos lacrimejados, segurando a risada que está louco para dar, vejo Milca dando um murinho em suas costelas e falando baixinho, sossega!

Olho para Wellington que sorri e desfere dois tapinhas no banco do carro.

Vou para o banco da frente e me sento, seu perfume amadeirado entra em minha mente, fazendo com que grave cada sensação, ainda estou digerindo tudo que está acontecendo quando recebo um beijo na bochecha sem esperar e meio que saio do meu transe rápido demais e ele percebe que me assustei.

-Oxe Rafa está assustada hoje, está no mundo da lua mulher. - Fala e se vira para frente.

E de repente estava cheia de informações, cheias de sinais para dissecar, sentada ao lado de um ''amigo'', deveria arriscar, imaginar algo a mais? Me recuso, não é para mim, ele só está sendo educado e digamos que pegou uma certa liberdade, estamos apenas construindo uma amizade legal.

Amizade colorida com a GGOnde as histórias ganham vida. Descobre agora