Treze: O planeta Hoag

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— Não temos tempo e nem combustível para desperdiçar! — disse Baboo avisando do baixo nível de combustível da nave.

Fui até Danton que estava conversando com Joel. Danton estava com expressão de espanto em seu rosto... Parecia que ele queria acreditar nas histórias que Joel lhe contava, mas sua mente não conseguia experimentar algo tão distante da realidade que ele conhecia. Via em seus olhos que ele queria ver, ele queria sentir aquela sensação de adrenalina, aquela força. Ele queria experimentar a sensação de ser diferente, de ser único, de ser extraordinário, de estar vivo e saber o valor do sangue que corre em suas veias. Ele estava desejando... E ele estava prestes a ter tudo aquilo.

Enquanto eu o observava, Naara e Isabela brincavam com Volt e Lumiá.

— Não posso acreditar em tudo o que ouvi, Rick! É simplesmente incrível! — disse Danton estupefato olhando para mim.

— Não vou comentar, pois já estou com medo de todos esses monstros! — diz Naara aproximando-se, assustada por algumas descrições.

— Calma! Vocês verão do que estamos falando. Não é brincadeira; e é sim, de fato, muito perigoso, Naara. Vamos ter muito cuidado e cautela — disse a ela. — Naara, não saia de perto de Isabela! E Danton, não saia de perto de mim.

Danton tinha oito centímetros a mais que eu, o que lhe dava uma altura de um metro e oitenta e nove, com corpo bem definido e forte, pois tinha o objetivo de tornar-se campeão mundial em fisiculturismo, embora isso tenha mudado drasticamente. Ele era um jovem de apenas vinte anos de idade, cabelos da cor castanho-escuro, assim como os olhos, barba curta, personalidade forte e muita determinação.

Naara tinha um metro e sessenta e quatro de altura, magra, olhar meigo, cabelos pouco abaixo dos ombros, ambos castanho-claros. Naara sempre fora preocupada conosco, seus irmãos, e sempre fazia o possível para nos ajudar e nos ver bem. Embora ela fosse nova, com seus dezessete anos de idade, apresentava essa maturidade e preocupação.

— Joel nos falou que estamos atrás dum tal Cerilax, desse outro sistema solar chamado Ghore. Ele pegou algo de vocês pelo que entendi — comenta Danton.

— O medalhão Niur... É algo que tem um poder inimaginável... Não está completo, mas já tem poderes que podem dificultar nossos objetivos — comentei complementando o que ele dissera. — Na verdade, nossa maior missão agora é impedir que com o medalhão Niur, Cerilax quebre o campo de energia do Exílio de Otiron, e liberte Fragor. Se isso acontecer estaremos muito encrencados! Por isso temos que ser rápidos a voltar para o sistema Ghore — falei preocupado.

— Joel disse que temos que encontrar os outros quatro objetos reais e as outras quatro pedras preciosas do medalhão Niur. Quais são esses objetos? — perguntou Naara curiosa.

— Sinceramente não sei, Naara. Sei apenas os que temos, que são: A adaga de Garieus, o canário de Tatô e a esfera de Elieus — respondi.

— O que nós teremos para nos proteger? — perguntou Danton ansioso.

— Vocês? Primeiramente devem aprender a se defender, depois a manusear as armas, a atirar e a atacar — expliquei —, e então escolherão uma arma.

— Por que você ficou com a adaga, Rick? Isso não é justo! — disse Naara cabisbaixa.

Ri por um momento.

— Naara, não fui eu quem a escolheu! Eu a ganhei de Baboo, mas não sabíamos que eu sou da linhagem real. A adaga só se transforma em espada com alguém que tenha sangue real. Não faço a mínima ideia de como eu, um terráqueo, tenho sangue real do sistema Ghore, mas é provável que vocês também tenham — comentei suspeito. — Mas se acalmem, a hora vai chegar. Fiquem tranquilos. Se vocês tiverem sangue real, terão um dos objetos reais para se defenderem. Eles são extremamente eficazes com quem é da linhagem dos Senhores — expliquei animado.

ASAN QUO, GUARDIÕES REAIS: TERTÚLIAOnde histórias criam vida. Descubra agora