mes yeux

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att na mesma semana \o/ obrigado pelas leituras e votos, vocês são demais, sério :) 

vocês estão bem? espero que sim <3 

tem nota importante no final gente, por favor, leiam <3

O ar tardio de março estava passando através da janela do quarto de infância de Michael. As paredes estavam pintadas de azul escuro, com pôsteres colados em todo espaço possível. A cama pequena de solteiro de Michael fez com que fosse um pouco difícil para que os dois rapazes de um metro e oitenta coubessem, mas Luke nunca ligou em ter que ficar em cima de Michael.

Clémence clamou a cama de casal que estava no quarto de hóspedes, desde que descobrira que Mike havia esquecido de trazer o suéter favorito dela. Ninguém havia dito que a vida era justa.

O vibrar suave do celular de Luke fazia com que o celular estivesse se movendo pela mesinha do lado da cama. Michael estava babando nos lençóis da cama, e o final das pernas de Luke estavam pendurados para fora da cama. Ele estava, de fato, deitado em cima de Michael.

Ainda faltavam alguns minutos para o nascer do sol quando Mike foi acordado pelas vibrações vindo da mesinha. Sem abrir os olhos, ele encontrou o pequeno aparelho, colocando o próximo à orelha, "alô?" A voz grogue dele respondeu.

"Michael? É você?"

Ele abriu seus olhos verdes, percebendo que era o celular de Luke que estava pressionado à sua orelha. Ele rapidamente se sentou quando o contato 'Mãe' estava iluminando a foto. Luke grunhiu assim que suas costas bateram na parede, "ah, merda. Senhora Hemmings, ei, me desculpe, eu achei que fosse o meu celular."

A mulher mais velha riu, "tudo bem. Eu sei que ainda é cedo aí, mas Luke deveria ter me ligado ontem à noite pra discutir algumas coisas."

"Ele está acordado agora," Michael disse enquanto ele observava o garoto coçar as costas dele. A camisa conseguiu cair entre o espaço que ficava entre a cama e a parede, de alguma maneira na noite sem sono dos dois. Ele estava esfregando seus olhos e reclamando de estar sendo privado de sono.

"Você poderia passar o celular para ele, querido?"

"Só me dê dois minutos," ele disse gentilmente. Uma de suas mãos pálidas cobriu o microfone do celular, "cara, acorde porra, é a sua mãe."

Luke se levantou mais do que depressa, batendo sua cabeça no parapeito da janela, "eu odeio o seu quarto e eu odeio você. Por que você foi atender tão cedo?"

"Eu achei que fosse a Rosie me enchendo o saco por qualquer merda!" Mike se defendeu, indo um pouco para o lado para dar espaço para que os dois garotos se sentassem.

"Por que você atenderia isso, então?! Guie-me até a sacada do seu quarto, sim?" Luke perguntou, enrolando o cobertor em volta de seu corpo esguio, e pegou seu telefone depois de tateá-lo nas mãos de Michael. "Dê-me um segundo, Mãe," ele grunhiu.

Michael colocou ambas mãos sobre os quadris de Luke, destrancando as portas francesas de seu quarto, e deixando o ar da Califórnia refrescar o cômodo. "Você tem certeza de que é seguro ficar sozinho em uma sacada?"

"Cale a porra da boca," ele disse, esperando que sua mãe não tivesse ouvido. Mike se afastou, deixando Luke com sua mãe.

A água do mar criava um som calmo em volta de Luke, "oi, Mãe."

"Por que você falou palavrões para o Michael?"

"São, tipo, cinco horas da manhã, por favor, não comece agora."

Michael se deitou novamente em sua cama, e o cheiro da Califórnia preenchia seus sentidos naquele glorioso domingo. Os três vôos desde o aeroporto JFK até o LAX eram ainda mais exaustivos, suados e famintos do que Mike se lembrava. Talvez porque da última vez ele não tinha Clémence, nem Luke; era bem mais do que estressante ter que guiar um homem cego e uma criança cansada por aeroportos ocupados.

the boy with the white eyes (portuguese version) ↮ mukeOnde as histórias ganham vida. Descobre agora