͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏chapter ͏ ͏eleven ͏ ͏- ͏ ͏you're mine

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— Sylus… — murmuro, e sinto o peso do seu olhar recaindo sobre mim. Meu coração acelera, mas não desvio os olhos. — O que você realmente sente por mim?

A respiração dele para por um instante. Seus olhos analisam meu rosto, como se pudesse enxergar cada dúvida que passa pela minha mente.

— Você me contou a história de Perséfone e Hades, e isso não foi por acaso - continuo, com um tom firme. - Desde que eu te conheci, você me confunde com suas ações, e nunca sei o que pensa sobre mim. Eu quero a verdade.

Sylus suspira devagar, como se estivesse tomando uma decisão naquele momento ao me olhar. Seus dedos tocam meu rosto com suavidade, o polegar deslizando sobre minha pele, e meu corpo inteiro reage ao gesto, me entregando ao seu toque.

Passei a maior parte da minha vida fingindo que meu coração nem mesmo existia. E talvez, por um tempo, eu tenha acreditado nisso, até aparecer você — ele sussurra, olhando no fundo dos meus olhos. — Mesmo agora, sendo algo obscuro, corroído pelo tempo e pelo que sou… Ele é todo seu.

Uma emoção avassaladora toma conta de mim antes que eu possa me segurar, e meus olhos se enchem de lágrimas. Sylus franze a testa por um instante, como se não soubesse o que fazer com minha reação. Mas então ele afasta delicadamente as lágrimas que escorrem pelo meu rosto. — Por que está chorando, minha Yelena?

Sorrio entre as lágrimas, levando minha própria mão até a dele, segurando-a contra meu rosto. — Porque eu também amo você, Sylus.

O tempo parece desacelerar enquanto olho para ele. Seu olhar, sua respiração, seu toque. Seus dedos deslizam por minha cintura, me puxando ainda mais para perto enquanto nossos lábios se encontram novamente. Há urgência no beijo, mas também uma possessividade silenciosa, como se ele quisesse me gravar em sua pele.

Sua boca traça um caminho de beijos quentes e lentos, e então ele murmura contra meus lábios:

Nós somos a eternidade. Nunca mais haverá algo entre nós.

O beijo que se segue é ardente, mais profundo, como se ele estivesse selando essa promessa no mais íntimo de mim. Sylus morde de leve meu lábio inferior antes de deslizar a língua para umedecê-lo, me arrancando um suspiro. Seu toque é firme, quente, e sua mão na minha cintura me puxa de volta à realidade quando ele se afasta ligeiramente.

É então que percebo o que Sylus segura, e minha respiração para por um instante com a surpresa. É um anel de sombras.

A escuridão tomou forma sólida entre seus dedos, um símbolo feito inteiramente de seu próprio poder. A joia do anel era um rubi escarlate, como a cor de seus olhos, brilhando de maneira hipnotizante sob a luz da manhã. Meu coração acelera ao perceber o que aquilo significa.

— Isso é para você — ele sussurra, e há um brilho de orgulho em sua expressão. É a forma de Sylus em demonstrar nossa união de hoje em diante, que estávamos destinados a ficar juntos.

Eu olho para ele, depois para o anel, e estreito os olhos com seriedade. — Você está me dando desse jeito?

Sylus levanta uma sobrancelha, claramente se divertindo com minha reação. — Quer que eu coloque ele para você?

Cruzo os braços, arqueando a sobrancelha. — É uma ótima ideia.

A risada dele é baixa e rouca, o tipo de som que eu adoraria ouvir todos os dias ao acordar.

Ele observa minha mão esticada de forma dramática, meu dedo anelar balançando no ar, esperando por ele. — Com certeza você sabe o que isso significa, querida.

✓ | PERSEPHONE ━ sylus.Where stories live. Discover now