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͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏chapter ͏ ͏three ͏ ͏- ͏ ͏the first mission

EM UM imponente edifício de vinte andares, existem vários setores com responsabilidades próprias. Oferecem uma variedade de serviços, todos organizados e totalmente equipados para apoiar todos os aspectos do trabalho e da vida de um Caçador.

Contenho um bocejo no trabalho, pensando que só consegui dormir quatro horas durante a noite, e ainda foram momentos conturbados, cheios de pesadelos. Olho para o computador em minha frente, as guias na internet abertas em diversas páginas de relatórios, mas não estou concentrada.

Minha mente continua repassando a cena daquele gigante olho assustador aparecendo na janela noite passada. Achei que os Wanderers tinham aparecido e um ataque estivesse acontecendo na cidade, então saí correndo de casa naquela tempestade. Apesar de examinar a área próxima, não encontrei nenhum traço anormal nas flutuações de energia.

"Vou tentar desenterrar algumas informações dos arquivos do esquadrão", penso, meu olhar fixo na caneta que movimento entre meus dedos de forma inquieta. "Também ficarei atenta esta noite."

Respiro fundo, decidindo fazer um café para não ficar com sono durante o resto do dia. Me viro na cadeira, e noto como escritório está vazio naquela manhã. A luz do sol brilha através das paredes de vidro, iluminando uma pilha de papéis intocados.

- Uma novata? - diz uma voz. Olho para o homem alto no outro lado da sala, ele usava óculos e um terno do trabalho. Seus olhos me analisam com rigor.

Aceno para ele, com um sorriso gentil enquanto me levanto para cumprimentá-lo devidamente. - Oi, eu sou Yelena Thorn, prazer em-

- Fique bem aí! - ele exclama.

Hesitante, fico parada com a sua voz. Olho para sua mesa de monitores antigos, revelando fotos de diversos tipos de Wanderers, grandes e pequenos. Estão presentes notas manuscritas contendo todos os tipos de informações, e entre elas está um rosto familiar, o mostro que lutei em minha primeira missão.

Em passos lentos, me aproximo do monitor da mesa, olhando o homem e deduzindo que ele deve ter um vasto conhecimento nessa área. - Com licença, posso fazer uma pergunta? Você acha que existem Wanderers que podem ficar invisíveis ou simplesmente desaparecer em uma fração de segundo? Tudo bem se você não quiser responder.

Ele arregala os olhos, surpreso e curioso ao mesmo tempo. - O que você viu?

Como se um interruptor tivesse sido acionado, o homem caminha até mim, saindo de trás da mesa enquanto me observa com atenção.

Fico surpresa com sua reação. - Bem, é só que...

- Shh, desenha!

Seus olhos estão arregalados enquanto me encara. Ele coloca uma caneta na minha mão, cuja ponta é uma luz vermelha tremeluzente e revela ser de alta tecnologia. Eu pressiono o botão ao lado, então a ponta emite três faixas verdes de luz que envolvem meu braço.

A lembrança do que estava por trás da cortina aparece mais uma vez na minha mente, causando arrepios pelo meu corpo. No momento em que a caneta toca o papel, as linhas começam a dançar nele, criando uma imagem mais realista.

Em questão de segundos, aquele olhar assustador no céu vermelho se destaca.

- É lindo... - ele sussurra, parecendo maravilhado, então tosse e desvia o olhar. - Quero dizer, parece perigoso.

Adiciono mais alguns detalhes no desenho, e devolvo a caneta para ele. - Isso é tudo que eu consigo lembrar.

- Apenas deixe comigo - ele garante, pegando o papel e dobrando a folga enquanto esconde no bolso do terno.