͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏chapter ͏ ͏eight ͏ ͏- ͏ ͏aether core

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Ouço a risada baixa de Sylus em meu ouvido, carregada de diversão. — Pomposa.

Dou uma risadinha, impressionada pelo fato de que ele realmente tem dinheiro suficiente para bancar essa pequena extravagância.

Agora, vamos ver quem morde a isca primeiro.

[...]

DENTRO DO salão de banquetes, a atmosfera estava carregada de sussurros e olhares curiosos. As conversas se misturavam ao som da música de fundo, inúmeros olhos se voltavam para mim, alguns discretos, outros nem tanto.

Eu levava a taça de vinho às mãos, enquanto analisava a movimentação ao meu redor. Meus olhos se fixavam nos atendentes que cuidadosamente embalavam os Protocores que eu comprara. Foi quando um homem com terno escuro apareceu na minha frente, interrompendo o momento de observação.

Ele estendeu a mão para mim com um sorriso aparentemente amigável, mas algo mais chamava minha atenção: uma leve corrente elétrica azul que brilhava em seu punho, como uma ameaça silenciosa.

- Senhorita, o broche que você está usando é muito requintado. Posso comprá-lo de você?

Com um sorriso indiferente, dei um passo para trás e levantei o queixo. - Não estou interessada. Com licença.

O homem não se deu por vencido, ele deu outro passo à frente. - O que acha de dez Hightowers? O banquete está prestes a começar. Você gostaria de dançar?

- Hightowers? - repito, sem entender o que ele estava oferecendo.

Foi nesse momento que Sylus apareceu, ele se aproximou e, de forma possessiva, passou o braço em minha cintura, me puxando para mais perto de seu peito. A força de sua mão, com os dedos apertando a curva da minha cintura, me fez prender a respiração por um segundo.

- Desculpe, mas o broche é um presente meu - Sylus falou com um sorriso zombeteiro, olhando para o homem que recuava, e senti a pressão do seu toque aumentar, provocando uma sensação de calor que se espalhou pelo meu corpo. - Você queria vender, Yelena?

Eu dei de ombros, tentando esconder o rubor que subia pelo meu rosto. - Quem sabe, se você iria voltar ou não.

O sorriso de Sylus se alargou, e eu pude ver como seus olhos vermelhos pareciam brilhar sob a luz, como se ele estivesse se divertindo com a situação. - Ficou desapontada?

Eu não pude evitar sorrir de volta, ainda mais quando vi a expressão no rosto dele. Queria provocá-lo também, então deslizei minha mão enluvada pela curva de seu ombro, e Sylus fechou os olhos por um segundo, uma expressão de satisfação tomou conta de seu rosto.

- Ele iria gastar uma fortuna para poder dançar comigo. E você? Não deveria fazer uma oferta também? - digo, com um toque de desafio.

- A localização do Núcleo de Éter - ele diz, então me solta e dá um passo para trás, me observando atentamente.

- Sabe onde fica?

- Você vai descobrir logo depois dessa dança -  Sylus se inclinou levemente em minha direção, seus olhos fixos nos meus, e então estendeu a mão com um sorriso leve.

A presença de Sylus era como um imã que me atraía, e eu não pude evitar o sorriso que se formou no meu rosto. Aceitei sua mão, nossos dedos se entrelaçando de forma suave. - Como você tem tanta certeza de que eu vou te ouvir?

Sylus me puxou para seu peito com a mesma possessividade de antes, e começamos a caminhar em direção ao centro do salão, onde a orquestra clássica tocava.

✓ | PERSEPHONE ━ sylus.Where stories live. Discover now