͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏chapter ͏ ͏six ͏ ͏- ͏ ͏ambiguous chaos

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O corredor estava silencioso, exceto pela música clássica suave que flutuava ao fundo, vinda de uma porta entreaberta. Ando naquela direção, curiosa, e ouço também uma discussão acalorada.

- Eles planejam implantar Protocores em corações humanos. E então vão inserir a consciência humana nos Wanderers – dizia um homem, preocupado.

- Você deve saber que não estou interessado nos negócios de outras pessoas – retrucou uma outra voz, inconfundível. Sylus. – E Mephisto disse que você mentiu. Você nem está me contando tudo. É uma pena que tenha desperdiçado sua última chance.

O outro homem tentou protestar, gritando que ainda poderia fazer mais, mas Sylus o cortou com um tom frio e autoritário. - Nosso acordo acabou. Agora, se me dá licença, tenho que entreter uma convidada mais importante.

Me retraí na porta ao ouvir o som de algo pesado sendo movido, seguido por gritos e um silêncio repentino. Estava prestes a sair correndo dali até ouvir passos na minha direção.

- Você não vai entrar? – a voz de Sylus soou mais perto do que eu esperava, e, sem hesitar, empurrei a porta entreaberta.

Dentro da sala, tudo estava arrumado com perfeição. A mesa longa e estreita, coberta por uma toalha branca impecável, com taças e uma garrafa de vinho. Sylus estava parado perto da mesa, seus olhos me avaliando como se soubesse exatamente o que eu estava pensando.

Ele caminhou até mim e serviu uma taça de vinho tinto. Olho para a bebida, desconfiada, e apenas por precaução pego uma faca que havia na mesa, como uma tentativa de me proteger.

Sylus revirou os olhos. - Isto será útil para você se defender na Zona N109.

- Você está zombando de mim? – minha voz saiu mais ríspida do que eu imaginava.

- Eu estou te dando uma saída. Já que você não pode escapar, por que não fazemos um acordo?

- O modus operandi da Onychinus é comprar e vender à força. Que pena, não estou interessada.

Sylus sorri com malícia. - Enquanto você tiver desejos, sempre haverá acordos a serem feitos. Só eu posso te dar o que você quer. E você vai concordar com os meus termos.

- Quais termos? Você só quer que eu ressoe com você.

Ele cruza os braços. - Talvez eu tenha sido muito legal com você. Depois de toda essa arrogância, parece que você não consegue nem controlar seu próprio Evol.

- No mínimo, ele não quer ser ativado na sua frente! - retruco.

Ele não diz nada de imediato. Com um suspiro, Sylus se aproxima da porta para sair, com uma expressão diferente.

- Coma o quanto quiser - ele diz com um tom que não admite contestação. - Vou te dar dez minutos. Depois que terminar, venha me encontrar na entrada da base. É melhor torcer para que nosso acordo seja bem-sucedido. Caso contrário, considere esta a sua última refeição.

Sinto uma mistura de vergonha e fúria, um suspiro escapa dos meus lábios. Em vez de discutir sobre nosso suposto acordo, eu apenas desisto e faço minha primeira refeição em dias, meu estômago roncando de fome. Depois de voltar para o quarto e tomar um refrescante banho antes de trocar minhas roupas por um uniforme limpo, encontro Sylus fora da base.

Ele também trocou suas roupas sociais por um traje mais casual, composto por jaquetas e calças de couro escuro com detalhes de raios brancos e vermelhos, combinando com a blusa preta e a moto em que está sentado.

Sylus está parado, olhando para o horizonte em silêncio, como se estivesse esperando algo. Quando me aproximo, ele nota minha presença e, sem uma palavra, me oferece um capacete, colocando-o em minha cabeça e fechando a fivela com cuidado.

✓ | PERSEPHONE ━ sylus.Where stories live. Discover now