͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏chapter ͏ ͏five ͏ ͏- ͏ ͏partners

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— Não podemos continuar assim! — gritei, ofegante, ao ver outro grupo de Wanderers emergindo.

Antes que pudesse reagir, senti o braço firme de Xavier ao redor da minha cintura. Em um movimento ágil, ele me puxou para perto e saltou, nos levando para longe da confusão. O mundo virou borrões de luz e sombra enquanto voávamos, até que pousamos em um local seguro, longe da batalha.

Estamos seguros agora — ele sussurrou, a voz baixa próxima ao meu ouvido.

— Obrigada — murmurei, tentando recuperar a compostura. — Os Wanderers estavam vindo direto para nós. Deve ser por causa desse Protocore.

Xavier franziu a testa e estendeu a mão. — Deixa eu ver isso.

Com um suspiro, peguei do meu bolso a pequena pedra dourada que havia surgido após a destruição do primeiro Wanderer, quando meu poder se uniu ao do pilar.

Entreguei o Protocore a ele, observando enquanto seus olhos se estreitavam em concentração. Uma aura luminosa envolveu a pedra enquanto ele utilizava sua magia para analisá-la.

— Foi modificado — ele disse após alguns segundos, o tom sério. — Claramente, trabalho da Onychinus.

O nome fez meu estômago revirar.

Onychinus? — repeti, tentando processar a informação.

— Uma organização posicionada na Zona N109 — ele explicou, a expressão grave. — Modificar Protocores é a sua conquista mais infame. Deixe a Associação dos Caçadores cuidar disso. Eles saberão o que fazer.

Sem esperar por minha resposta, Xavier se virou e começou a se afastar, seus passos silenciosos contra o chão coberto de folhas.

Fiquei observando suas costas largas desaparecendo entre as árvores, o uniforme branco contrastando com a escuridão da floresta.

— Você não vai voltar comigo? — chamei, minha voz ecoando no silêncio repentino.

Xavier parou por um instante e olhou por cima do ombro. — A lua apareceu agora — ele disse suavemente. — Está muito mais brilhante que antes. Você não vai se perder agora.

Com essas palavras, ele desapareceu entre as sombras, me deixando sozinha na floresta silenciosa. O único som que restava era o farfalhar das folhas ao vento e o grasnar solitário de um corvo em uma árvore próxima.

[...]

A LUZ verde do sinal para pedestres pisca, e imediatamente as pessoas começam a atravessar a rua, formando uma corrente apressada. As vozes e passos apressados se misturam com o som das motos e carros que passam.

Depois de sair da Zona Proibida ontem à noite, enviei o Protocore para análise de dados. Dormi apenas algumas horas em casa antes de ser acordada por uma ligação urgente da equipe.

Ao chegar ao saguão do prédio dos U.N.I.C.O.R.N.S., percebo que o ambiente está mais agitado que o normal. Alguns Caçadores saem apressados, sendo levados pelas suas motocicletas. Eles desaparecem na direção da montanha Movere, em um piscar de olhos, prontos para missões urgentes.

- Com licença, senhor, poderíamos ter uma breve entrevista com você? - pergunta um jornalista, interrompendo o ritmo das pessoas ao redor.

- Desculpe, não estou interessado.

Ouço uma voz familiar vindo da direção do grupo. Olho rapidamente e vejo Xavier, vestido em seu uniforme branco imaculado, parado diante de um jornalista. Ele segura o microfone enquanto tenta capturar a atenção de Xavier, que não demonstra nenhuma expressão.

- Por que você se tornou um Caçador? É um sonho seu? - pergunta o homem, tentando arrancar uma resposta.

Xavier permanece inexpressivo, sem dar a mínima importância. - Na verdade, eu não tenho sonhos.

O jornalista, desconcertado, tenta remendar a situação com um sorriso forçado e se vira para a câmera, tentando manter o ânimo. - Você está fazendo isso pela sua família? Deve ser difícil na sua idade.

Xavier não se mexe, os olhos azuis ainda fixos no horizonte, como se estivesse em outro lugar, longe dali. - Eu sou a única pessoa na minha família.

O homem olha para o operador de câmera, com um pequeno aceno. - Corte isso. Vamos fazer outra tomada... Recentemente, houve denúncias de Caçadores destruindo instalações públicas sob o pretexto de eliminar os Wanderers-

Eu me afasto um pouco, sentindo que a situação está se tornando cada vez mais desconfortável. Mas então, antes que eu possa reagir, noto Xavier se virando e me olhando diretamente. Ele começa a andar na minha direção.

- Me ajuda - ele sussurra, com tanta intensidade que minha respiração falha por um momento.

Olho para ele e faço a primeira coisa que surge em minha mente: lanço um grito alto, e as pessoas ao redor começam a me olhar como se eu fosse uma maluca. Sem mais palavras, pego a mão de Xavier e começo a correr para longe de todos.

Fugimos rapidamente e nos encontramos seguros dentro do prédio, ainda com a adrenalina pulsando nas veias. Dentro da sala principal, a Capitã Jenna já está à espera.

Ela parece imperturbável, embora as olheiras sob seus olhos denunciem que passou a noite em claro. Mesmo assim, sua postura não vacila, e ela está pronta para a reunião.

- Tenho observado as flutuações da noite passada. E já temos o resultado dos dados do Protocore que você enviou - diz ela, sem rodeios. A luz da sala diminui, e um holograma surge no centro do espaço, projetando uma versão flutuante do Protocore, brilhando com detalhes etéreos. - Tenho certeza que vocês notaram que foi modificado.

- Isso é obra da Onychinus? - pergunto, sentindo a necessidade de entender o que está acontecendo.

Jenna olha de Xavier para mim. - Se dando bem, eu percebi. Bem, nunca vi nada parecido. É possível que exista um Protocore do qual nem a Associação tenha conhecimento. Também pode servir a outro propósito... - ela pausa, como se ponderasse sobre a seriedade da situação.

Olho para Xavier, que está sentado em uma cadeira giratória, completamente alheio à situação. Ele está abraçando uma almofada, sua postura relaxada, e está claro que ele não está prestando atenção ao que está sendo discutido.

Jenna suspira, frustrada com a falta de envolvimento. - É uma dádiva da Onychinus. Obviamente, eles sabem mais sobre esse Protocore do que nós. Precisamos obter mais amostras para conseguir informações.

Xavier, como se finalmente despertasse, olha para a Capitã, ainda com o queixo apoiado na almofada do travesseiro. - Para fazer isso, teremos que usar o Evol dela?

A Capitã acena com a cabeça, seu olhar sério agora fixo nele. - Você sabe o poder que a Yelena tem. Seria bom se ela estivesse disposta a nos ajudar. Como a Onychinus está envolvida, será perigoso. Os riscos fazem parte do processo.

- Por que a Onychinus modifica Protocores? - pergunto.

- Os benefícios que essas pedras oferecem são certamente tentadores para grupos como esse. Mas o objetivo exato ainda é desconhecido - a Capitã Jenna se aproxima do holograma, estudando os dados que surgem na tela. - Especulamos que não se trata de dinheiro, dado o histórico do Sylus.

- Sylus? - repito o nome, uma sensação estranha me invadindo. Algo sobre aquele nome parece familiar, mas não consigo identificar o porquê.

- Ele é o líder da Onychinus - Xavier responde, finalmente se levantando da cadeira, seus olhos agora fixos em mim.

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