✓ | PERSEPHONE ━ sylus.

͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏chapter ͏ ͏five ͏ ͏- ͏ ͏partners

Xavier dá alguns passos, posicionando-se à minha frente. Antes que eu possa reagir, ele desaparece. Um flash de luz corta a noite, tão rápido que meus olhos mal conseguem acompanhar.

Raios de luz dourada surgem em linhas precisas, atravessando os Wanderers com uma eficiência perfeita. O brilho elétrico das criaturas é engolido pela luz até que, num último suspiro, elas se desintegram em partículas que se dispersam ao vento noturno.

Quando percebo, tudo o que resta na encosta é a silhueta de Xavier, sua espada brilhando suavemente antes de ser embainhada com um movimento elegante. Ele se vira, erguendo o rosto para me encarar.

— Desculpa, o que você estava dizendo? — pergunta com um tom casual, como se não tivesse acabado de eliminar um grupo inteiro de criaturas perigosas em segundos.

Engulo em seco, tentando esconder a surpresa na minha voz. — Nada demais.

Ele dá um meio sorriso, um brilho travesso nos olhos. — Por aqui — diz, gesticulando para que eu o siga.

Intrigada, segui seus passos até pararmos diante de uma grande pedra coberta de musgo e fissuras. Antes que eu pudesse perguntar o que estávamos fazendo ali, um ruído sutil preencheu o ar.

Como se obedecendo a um comando silencioso, a pedra deslizou para o lado, revelando um corredor oculto atrás dela. Passamos pelo túnel estreito, as paredes ásperas refletindo uma luz azulada, até emergirmos em outro ponto da floresta.

Era evidente que já fora uma estação de sinalização, mas agora estava irreconhecível. Pedras gigantescas estavam espalhadas pelo chão, formando o que parecia ser o corpo retorcido de uma criatura colossal. As linhas entre essas pedras pulsavam com uma luz azul brilhante, como veias carregando energia vital.

Me aproximei lentamente, sentindo o poder que emanava daquele lugar. — O Metaflux está convergindo para o Wanderer... Ele está absorvendo.

Xavier, ao meu lado, estendeu a mão e tocou uma das pedras com cuidado. Seu rosto agora estava tenso, os olhos fixos como se pudesse ver além da superfície. — É um Aeonwyrm, a espécie mais perigosa. As partículas de Metaflux estão sendo usadas para reconstruí-lo.

Meus olhos se moveram rapidamente para o lado, onde um pilar de pedra se erguia parcialmente enterrado no solo. Estava coberto de inscrições antigas, símbolos que pareciam pulsar em sincronia com o Metaflux.

— Este é o Flux Nexus que você mencionou antes? — perguntei, me sentindo atraída pela estrutura. Como se guiada por algo além da lógica, me aproximei e toquei o pilar.

Assim que minha pele entrou em contato com a pedra fria, uma onda de energia atravessou meu corpo. As linhas de Metaflux brilharam intensamente antes de desaparecerem em um fulgor dourado, levando consigo os restos do Aeonwyrm.

Xavier observava tudo com atenção, seu olhar fixo no ponto onde o monstro desapareceu. — As flutuações provam que alguém queria ressuscitar o Aeonwyrm — ele afirmou após alguns segundos de silêncio. — Se um Wanderer como esse entrasse na cidade, as consequências seriam inimagináveis.

Antes que eu pudesse responder, um vento cortante atravessou a floresta, carregando o som de um rugido profundo que reverberou em meus ossos. Instintivamente, puxei minha arma enquanto Xavier desembainhava sua espada com um movimento rápido.

As sombras ao nosso redor ganharam forma, e quatro Wanderers em forma de dragões de pedra voaram até nós, suas asas pesadas agitando o ar enquanto pousavam com um estrondo, exibindo presas afiadas como lâminas.

Sem tempo para hesitação, começamos a lutar. Disparei minha pistola com precisão, cada tiro ecoando pela floresta. No entanto, para cada criatura que derrubávamos, mais surgiam, saindo das sombras como uma maré interminável.