A luz pisca por um instante, como se refletisse a frustração de Xavier. Seu olhar fica mais sério, e percebo que ele estava esperando ouvir outra coisa de mim.
— Você verá isso em breve. Fique de olho em quaisquer ruínas. Este padrão pode aparecer no Flux Nexus. É um dispositivo que captura Metaflux e também é a fonte das flutuações daqui. Nossa missão estará completa assim que o encontrarmos — ele faz uma pausa, os olhos fixos nos meus. — Minha identidade foi confirmada?
— O objetivo não dizia nada sobre um padrão ou Flux Nexus — retruco, a desconfiança se infiltrando na minha voz. — Você poderia simplesmente ter inventado isso. E se for uma informação ultrassecreta… Como você conseguiu ela?
Xavier arqueia uma sobrancelha, visivelmente perplexo com todas as minhas dúvidas. Ele balança a mão, e a luz dourada começa a se dissipar em partículas, desaparecendo no ar como poeira estelar. — Esqueça. Pense em mim como um Caçador normal que estava passando por aqui.
Apesar do desaparecimento da luz, o padrão ainda permanece gravado na minha mente. Flux Nexus, ele disse. Lembro de algo que Tara havia me contado mais cedo — uma estela de pedra encontrada em ruínas próximas, coberta por símbolos que ninguém conseguiu decifrar.
Dou um passo à frente, estreitando os olhos para Xavier. — Você pode descrever a aparência do Flux Nexus? Como o tamanho ou o material de que é feito?
Ele me encara, uma faísca de diversão surgindo no canto de seus lábios. — Mas você vai acreditar em mim? — pergunta, colocando as mãos no quadril. — Você não conseguiria confirmar se foi tudo inventado. E eu me tornarei ainda mais suspeito.
Um sorrisinho aparece no rosto dele, um brilho travesso nos olhos. Ele está usando minhas próprias palavras contra mim.
— Você já falou bastante. Não faria mal nenhum dizer mais algumas coisas.
— Não tem um tamanho definido. Poderia ser confundido com uma escultura de pedra — diz Xavier com naturalidade, e a descrição dele bate com o que eu ouvi da Tara. A coincidência me faz franzir a testa.
Enquanto processo isso, o som de galhos se quebrando ecoa pela floresta. No horizonte, trovões ressoam, seus ecos se misturando aos uivos crescentes dos monstros escondidos na escuridão. Meu coração acelera, mas Xavier parece alheio à minha distração momentânea.
Ele se vira levemente na direção do som, os olhos azuis estreitando. — Vamos sair daqui primeiro.
Levanto-me com cuidado da pedra onde estava sentada. Ativo meu Evol, deixando que a energia percorra meu corpo enquanto examino os arredores em busca de uma rota segura.
— Por que sempre ficamos presos juntos toda vez que nos encontramos? — pergunto, tentando aliviar a tensão.
— Curioso, não é? — ele responde, surgindo ao meu lado com um sorriso. — Por que você sempre está por perto quando eu estou com problemas?
— Respondendo minha pergunta com outra? Isso não é muito legal — retruco, arqueando uma sobrancelha. Olho de canto de olho para ele e, quando Xavier vira a cabeça na minha direção, uma risada leve escapa dos meus lábios.
— Shh! — ele sussurra, os olhos se estreitando enquanto analisa algo à frente. Meu corpo fica tenso, e sigo seu olhar.
Ali, na penumbra, a poucos passos da encosta, vejo a movimentação de várias criaturas. Wanderers. Seus corpos emitem um brilho elétrico, eles se movem de forma coordenada, os membros distorcidos manipulando o espaço.
Analiso rapidamente o grupo com meu Evol. — Eles estão em torno de rank-B. Não serão tão fortes — informo, mantendo a voz baixa. — Mas trabalham em equipe, manipulando o espaço ao redor para capturar suas presas.
YOU ARE READING
✓ | PERSEPHONE ━ sylus.
FanfictionYelena Thorn faz parte da pequena parcela da população que possui um poder especial, também conhecido como Evol. Em 2034, a humanidade recebeu sua primeira mensagem do Espaço Profundo, uma transmissão que despertou a curiosidade pela exploração espa...
͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏chapter ͏ ͏five ͏ ͏- ͏ ͏partners
Start from the beginning
