͏ ͏ ͏͏ ͏ ͏ ͏ ͏͏chapter ͏ ͏four ͏ ͏- ͏ ͏red sea

Start from the beginning
                                        

Parece semelhante à pintura que vi na mansão de Raymond e que causou todo aquele incidente, mas não exatamente. - Então, qual é a história por trás dessa pintura?

- Um sonho. Nadei no fundo do mar, procurando um lugar além da superfície da água. Apenas para acabar na água do mar vermelho-sangue - a luz muda com a voz de Rafayel, lançando um brilho que lembra as ondas brilhantes. A sala parece recuar e fluir como o mar, um tom rosado gradualmente muda para um carmesim escuro.

- Por que o mar ficou vermelho? - ele não responde minha pergunta, infelizmente. Talvez não tenha detectado nenhuma palavra-chave importante, então continuou falando.

- Foi a primeira vez que vi uma cor assim, quem sabe quantos anos eu passei tentando recriar ela. Mas eu nunca consegui o mesmo tom de vermelho.

Por alguma razão, quase consigo ouvir a mesma melodia fraca da mansão de Raymond novamente, o som das ondas do mar acompanhadas por um lamento sem fim.

- Desculpa, senhorita Yelena.

As luzes da sala de exposições voltam ao normal e o holograma desaparece, assim como a voz do pintor. Como se acordasse de um sonho, eu me viro e vejo um homem parado atrás de mim. Ele era alto, de cabelos castanhos e olhos claros, usando um casaco longo por cima das roupas sociais. - Sou Thomas, o gerente da galeria de arte do Rafayel.

Ele me chama para o escritório, onde seguimos em silêncio para conversar melhor sobre meu trabalho. Com um olhar vago, Thomas se encosta em sua poltrona escura de design exclusivo, cruzando as pernas. Seus sapatos sociais de couro brilham, ele faz um gesto para que eu me sente sua frente.

Conto o que aconteceu na mansão do Raymond, incluindo a presença do Wanderer devido a pintura. O rosto de Thomas fica pálido, mas ele rapidamente recupera a compostura. - Então você está sugerindo que o Rafayel pode ter mexido em sua própria pintura?

Dou de ombros, com um olhar sério. - Não importa se ele é o responsável ou não, Rafayel e a galeria estão em perigo. Por favor, me conte tudo o que sabe.

Thomas, hesitante, esfrega suas abotoaduras caras. Demora um pouco até que ele finalmente fale. - Sr. Raymond, um renomado colecionador de arte famoso por seu gosto exigente, agraciou a Flux Arts com sua presença no mês passado. Durante o processo de organização, exposição e venda da pintura, mais de uma dezena de pessoas estiveram em contato com ela. Ninguém mencionou nada sobre um Wanderer.

- Mas e se alguém começar a ter alucinações por causa da arte dele? - pergunto, ao lembrar da situação mental do Sr. Raymond e as cenas que surgiram em minha mente naquele dia.

O homem faz uma pausa por um momento como se refletisse minhas palavras e cai na gargalhada. - Mas que belo elogio! Fazer as pessoas literalmente enlouquecerem com obras de arte não é algo que muitos artistas conseguem fazer hoje em dia.

- Você está dizendo que ele está tentando causar drama para aumentar o valor de seu trabalho?

Thomas limpa a garganta ao sentir meu tom de desconfiança. - Quem dera. Se o Rafayel se importasse com essas coisas, meu trabalho seria moleza. Espere até conhecê-lo... Você vai ver o que quero dizer.

- Ah, claro - resmungo, com um leve revirar de olhos. Com certeza me lembrava da falta de educação do pintor há alguns dias no parque.

- Rafayel mencionou que frequentemente ouvia barulhos estranhos no estúdio tarde da noite. Achei que ele estava tentando me enganar - Thomas solta um suspiro e me olha com atenção. - Você poderia me fazer um favor e verificar se realmente tem um Wanderer no estúdio dele?

Percebo que um fio de luz tremula no ar. A súbita flutuação do Metaflux chama minha atenção para um mostruário perto da parede, repleto de pedras das mais variadas cores. - O que é aquilo ali?

✓ | PERSEPHONE ━ sylus.Where stories live. Discover now