dezanove.

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Os raios de sol começaram a bater no meu rosto e lentamente saio de cima do Nathan com cuidado para não o acordar. Pego nas minhas cuecas e visto-as de seguida e faço o mesmo com a camisa dele.

Ando no passo lento até à varanda, não só para não fazer barulho mas também por causa das dores. Ainda sinto algumas, mas nada que não tolere. A brisa da manhã é sentida no meu rosto e abana os meus longos cabelos lilás.

As imagens de ontem repetiram-se na minha mente e um sorriso largo floresce nos meus lábios. Eu estava feliz por ter sido assim. Nathan teve todo o cuidado do mundo. Não estou arrependida de nada. Eu amo-o e ainda bem que foi com ele que tudo isto aconteceu. A minha salvação.

Pouco depois sinto umas mãos a repousarem na minha barriga e suaves beijos no meu pescoço. Viro-me rapidamente para ele e levo os meus lábios até aos seus. Moviam-se como se já não estivéssemos juntos há dias. A necessidade de o ter por perto apenas aumentou.

"Podia acordar todos os dias assim." Ele diz contra os meus lábios.

"Eu também." Um sorriso floresce nos meus lábios.

"Tens muitas dores?" Ele afasta-se ligeiramente e olha-me nos olhos.

"Poucas. Dá para aguentar."

"Ótimo." Ele rouba-me mais um beijo. "Que tal irmos tomar banho?"

"Parece-me bem." Salto para o seu colo e roubo-lhe mais um beijo.

Levou-me até à sua casa de banho que na verdade era bastante moderna. Ele liga a água e logo começa a cair pelo chuveiro. Ele abre a sua camisa lentamente enquanto olha para mim. Ele nunca quebra o contacto visual até ao último botão. De seguida, o seu olhar viaja pelo meu corpo e a camisa logo cai no chão. As suas mãos deslizam pelo meu corpo e logo agarra um pouco de tecido das minhas cuecas. Trinco ligeiramente o meu lábio pois Nathan está a provocar-me.

Ele vinha para me beijar e eu simplesmente me afasto e coloco-me debaixo do chuveiro. Deixo que a água invada o meu corpo e de seguida levo o meu olhar até Nathan que se encontrava com a boca ligeiramente entreaberta.

"Tu estás a provocar-me, Blake Irwin?" Ele questiona com a sua voz suave e gagueja um pouco.

"Era incapaz de fazer isso, Sr. Sykes." Pisco-lhe o olho e passo a língua pelos meus lábios.

"Blake, a sério, pára." Ele começa a mostrar-se desconfortável.

"Não gostas deste atrevimento?" Pergunto enquanto me aproximo ligeiramente.

"Gosto, mas---"

Aproximo-me e logo sinto a ereção. Solto uma pequena gargalhada e ele logo me agarra e encosta-me à parede e beija-me de forma como se precisasse de mim para respirar.

Acabara de me vestir. Nathan emprestara-me uns boxers que até era confortáveis. Estava na hora de regressar ao ninho da mãe. Peguei no meu ramo bastante original e logo saímos. Nem me despedi de ninguém, pois era bastante cedo. O sol tinha nascido há pouco tempo. E sinceramente, também queria chegar a casa antes da minha mãe acordar, apesar de eu ter uma ideia que ela sabe que não dormi em casa, mas não interessa.

Já nos encontrávamos a caminho da minha casa. Nathan começou a cantarolar algo e a única coisa que fiz, foi pedir-lhe que cantasse para mim.

"Baby I've been searching, searching through these crowds to make me find someone who knows what I'm about, all these excuses, you're too sound down, so it's crazy what you got me doing now, hold up baby, you know you drive me crazy and I want everybody to know. I'm down, nobody's looking right now, ain't time for messing around but it won't take a minute, baby come kiss me quick, the satire feeling right here, makes this unforgettable, yeah, baby come kiss me quick. No we don't know what tomorrow's gonna bring, so don't put the pause when giving it play, you got me hooked on your VDA, wait a minute, wait a minute, before you go away. Hold up baby, you know you drive crazy and I want everybody to know. I'm down, nobody's looking right now, ain't time for messing around but it won't take a minute, baby come kiss me quick, the satire feeling right here, makes this unforgettable, yeah, baby come kiss me quick. Kiss me quick baby, kiss me quick baby, kiss me quick baby, baby come kiss me quick. Put your lips right here then your body will follow, put your hands on my face, don't worry about tomorrow, make sure you're feeling that magic, before you disappear, you got me baby, you got me baby." Ele faz pequena pausa e eu logo incentivo-o a continuar. Estava a gostar. "I'm down, nobody's looking right now, ain't time for messing around but it won't take a minute, baby come kiss me quick, the satire feeling right here, makes this unforgettable, yeah, baby come kiss me quick. Kiss me quick baby, kiss me quick baby, kiss me quick baby, baby come kiss me quick."

"Nem sei o que dizer, não estava mesmo nada à espera." Faço uma pequena pausa. "Ó meu deus, tu cantas tão bem, meu amor." Mostro o meu entusiamo.

"A sério?"

"Sim. Tens uma voz de anjo e eu adoro." Aproximo-me e deposito um suave beijo na sua bochecha. "Devias de cantar mais vezes para mim."

"Vou começar a fazê-lo mais vezes." Ele leva o seu olhar e sorri de seguida.

"Assim espero."

"Amo-te." Ele sussurra e o meu coração acelera.

"Amo-te idiota." Um largo sorriso floresce nos meus lábios.

Eu estava realmente feliz. Sentia-me completa. Apesar de haver certas coisas que ainda tenho por resolver, eu estava bem. Mas preciso mesmo de resolver as coisas com a pessoa que deu o seu esperma para eu e o meu irmão nascermos. Preciso de por um ponto final nisto, se não eu nunca estarei suficientemente bem comigo própria.

"Estás a pensar em quê?" Nathan pergunta.

"Estava a pensar num problema que tenho para resolver."

"E esse problema, é----?"

"Bem, com a pessoa que ofereceu o seu esperma para que eu e o meu irmão nascêssemos." Nesta frase, eu fiz as minhas caras mais estranhas, tenho noção disso.

"Não, nem penses." Nathan de calmo passou simplesmente para uma pessoa irritada.

"Porquê?"

"Da última vez que foste lá, vieste desolada e tiveste dias a pensar naquela conversa. Eu simplesmente não posso deixar que tenhas uma recaída depois de estares tão bem ultimamente." Nathan explica o porquê de não me deixar vê-lo e até tem uma certa razão, mas eu tenho que fazer o melhor para mim, não o que me dizem para fazer.

"Eu sei que só queres o meu bem e eu entendo a tua preocupação, mas Nathan para eu ficar realmente bem, eu preciso de por um ponto final neste assunto."

"Blake----"

Interrompo-o. "Nathan, eu preciso disto, porra." Elevo o meu tom. "Tu devias de me apoiar e não me impedires de fazer a coisa certa!" Acabara de chegar a casa e sinceramente, estava feliz porque acredito que esta discussão não vai acabar tão cedo.

"Eu só não quero que te magoes, Blake." Eleva o seu tom e eu apenas saio do carro. "Porra Blake." Ele grita enquanto sai do carro.

"Adeus, Nathan." Digo e logo entro em casa.

Ouço a gritar demasiados palavrões e logo ouço o seu carro a arrancar. Deslizo contra a parede pois sinto-me horrível. Em espaço de horas tudo pode virar ao contrário. Estávamos tão bem e agora tivemos uma discussão ridícula. Eu acho que sempre que toco naquela pessoa, discuto com alguém que realmente gosto e que tenho medo de a perder. Mas Nathan errou. Ele devia de me ajudar, de me apoiar, não de me impedir a conversar com ele. Para além disso, eu sinto que estou mais forte e sinto que posso aguentar este confronto sem que me magoe. Posso chorar, mas isso faz parte.

Eu só queria que ele entendesse, mas não entendeu e agora estamos literalmente de costas voltadas.

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amores, aqui têm um novo capitulo. bem, peço desculpa pela demora e também por acabar este belo capitulo com uma discussão, mas eu sou assim. Adoro cenas dramáticas, mas odeio cenas desnecessárias mas que se foda. 

boa leitura e love you all xx

my salvation.Where stories live. Discover now