- Isso poderia nos fornecer informações úteis! Por que você o destruiu? - questionei, surpresa, ao vê-lo esmagar a pedra com as próprias mãos.
Ele desviou o olhar, ignorando minha pergunta. - Não podemos ficar aqui. É perigoso.
Sem esperar minha resposta, ele segurou meu pulso com um gesto firme e começou a me puxar para a saída.
- Há quanto tempo você está aqui? O que aconteceu antes da explosão? - insisti.
Ele hesitou antes de responder. - Eu estava... Dormindo.
A mentira era óbvia, mas antes que pudesse pressioná-lo, ele me levou para trás de uma mesa. Mais Wanderers naquele lugar, mas com certeza menos poderoso do que aquele que acabamos de enfrentar.
- Luminívoros. Eles consomem luz. Isso é uma armadilha para você, não é? - perguntei, ouvindo os rugidos das criaturas que pareciam se aproximar de nosso esconderijo.
Ele permaneceu em silêncio, mas seu olhar confirmava minha suspeita.
- Vamos atraí-los para um único ponto e acabar com todos de uma vez - digo. Ele olhou para mim, surpreso, e então assentiu.
Estendendo sua mão, ele absorveu a luz ao redor, mergulhando o armazém em escuridão total. Os Wanderers pareciam mais silenciosos agora, mas aquele momento era a oportunidade perfeita para atacar.
- Use meu Evol - afirmo seriamente. A melhor ideia que eu tinha no momento era de combinar nossas habilidades e reforça-las, como se fossem uma só.
Mesmo no escuro, seus olhos azuis parecem brilhar enquanto olha para mim. Ele segura minha mão com cuidado, colocando a palma em cima de seu peito, bem perto no coração. Sou capaz de sentir seus batimentos, que tem um ritmo calmo, que combina com sua energia.
Uma luz intensa surge de nossas mãos juntas, brilhando cada vez mais até que os Wanderers que estavam por perto são desintegrados. Ele solta minha mão e levanta, olhando ao redor. Eu o sigo, pensando que esta é a primeira vez que experimento uma Ressonância tão forte assim, normalmente não consigo amplificar tão bem os poderes de outras pessoas.
- Isso foi impressionante - disse o homem loiro, olhando para mim. - As flutuações se foram, e os Wanderers também. Seu plano realmente funcionou.
Um leve sorriso surge em meus lábios. - Então, agora somos conhecidos? Eu sou Yelena Thorn, uma nova recruta dos U.N.I.C.O.R.N.S.. E você?
- Eu sou Xavier - ele afirma, me encarando de forma intensa. - A propósito, você poderia me fazer um favor? Se alguém perguntar o que aconteceu, diga que além dos Wanderers você não viu mais nada, está bem?
- Você não acha que isso faz você parecer um pouco suspeito? - pergunto, arqueando uma sobrancelha.
- Me desculpe... - diz Xavier, desviando o olhar. - Eu explico por que na próxima vez que nos encontrarmos.
- Yelena! Estou indo na sua direção agora mesmo! - diz uma voz, ressoando no bracelete. Era Tara, parecendo preocupada pelos minutos que sumi no armazém, e consigo ouvir o som de suas botas correndo contra o chão, o que me faz olhar para trás.
Quando me viro, Xavier não está mais aqui. Olho mais uma vez ao redor, mas não há nenhum registro de sua presença.
- Eu perdi seu sinal e não conseguia te contactar de jeito nenhum! - Tara surge ao meu lado. Ela percebe os vestígios de Metaflux no ar, como flocos de luz, e me encara, surpresa. - Derrubou aqueles Wanderers sozinha?!
Desvio o olhar. - É difícil explicar e eu não posso fazer isso agora...
Tara parece desconfiada, mas não faz mais perguntas. - O que importa é que você está bem. Nós conversaremos mais quando a missão terminar, certo?
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✓ | PERSEPHONE ━ sylus.
FanfictionYelena Thorn faz parte da pequena parcela da população que possui um poder especial, também conhecido como Evol. Em 2034, a humanidade recebeu sua primeira mensagem do Espaço Profundo, uma transmissão que despertou a curiosidade pela exploração espa...
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