♡‌ ͏ ͏ ͏͏ ͏͏ ͏ ͏── ͏ 20. melhor ainda ˚⋆

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Max ergueu o corpo num pilo só, em puro susto, os olhos se arregalando enquanto se virava para Anna, o coração disparado contra o peito.

━ O que foi? A bolsa estourou? Ai meu Deus! O que eu faço? ━ perguntou rapidamente, apressando-se para dar a volta na cama e ajudar a mulher a se sentar.

━ Contrações... ━ avisou.

━ Contrações... ━ Max repetiu. Os olhos se arregalaram novamente. —Vai nascer agora? Já? ━ Ele começou a andar de um lado para o outro ao redor da cama, completamente desorientado. ━ Ai meu Deus, ai meu Deus... Tá acontecendo! O que eu faço? Onde tá a mala? Onde eu deixei as chaves?

Anna observava a cena, um suspiro escapando enquanto ela respirava devagar. Sabia exatamente como aquilo funcionava, Angie estava com os avós e agora seu segundo bebê estava prestes a nascer.

Três anos após se casar, tinha descoberto a vinda do pequeno Miles.

━ Max, você treinou isso milhões de vezes, calma! ━ ela tentou acalmá-lo, respirando fundo para controlar a própria ansiedade. ━ As chaves estão no gancho da porta, a mala já tá no carro. Só me ajuda a levantar e a gente vai pro hospital.

Max parou de andar abruptamente, o rosto assumindo uma expressão de confusão, como se estivesse tentando decifrar as palavras dela. Seu cérebro tinha entrado e pane. Ele olhou para Anna, então para a porta, e finalmente pareceu entender o que precisava fazer.

━ Certo... certo, claro! ━ Ele respirou fundo e foi até o lado da cama, estendendo a mão para ela. ━ Vamos, eu vou te ajudar.

Com cuidado, ele a ajudou a se levantar, mantendo o braço dela firmemente preso ao dele. Quando Anna ficou finalmente de pé, ela fez uma careta de dor, o que fez o coração de Max disparar novamente.

━ Tá tudo bem? ━ ele perguntou, sua voz carregada de preocupação.

Anna assentiu, respirando fundo e forçando um sorriso tranquilizador.

━ Só uma contração, temos que ir logo.

Max assentiu, apertando o passo em direção à porta enquanto mantinha Anna perto de si.

━ Ok, ok, a gente vai agora. Sem pânico. Tudo no controle... mais ou menos. ━ Ele soltou uma risada nervosa enquanto se dirigiam para o carro.

Anna, apesar da dor e da tensão crescente, não conseguiu evitar uma pequena risada.

━ Se acalme, Max ━ ela sussurrou, enquanto ele a ajudava a entrar no carro.

Max fechou a porta com cuidado, correu para o lado do motorista e ligou o carro, tentando manter a cabeça fria e concentração. Mas ele sabia, naquele momento, que tudo estava prestes a mudar ━ para sempre. E por mais assustado que estivesse, ele não podia estar mais pronto para isso.

Ia ser pai. Tinha um bebê com seu sobrenome a caminho.

Max Verstappen ia ser pai.

Com o motor ligado e Anna ao seu lado, Max pisou no acelerador, tal como se estivesse disputando o primeiro lugar de uma corrida, a viagem durou só alguns minutinhos, as contrações aumentando a cada segundo e então, quando finalmente chegaram ao hospital ele correu para dentro, as palavras não saindo de primeira, mas as mãos se movendo desesperadamente.

━ Minha mulher, bebê, grávida, nascer! ━ informou, gesticulando várias vezes, puxando folego a cada palavra dita.

O enfermeiro pareceu entender o que ele dizia, se apressando para pegar a cadeira de rodas e então buscar Anna. Max não estava nem respirando direito, o coração acelerado e o cérebro ainda em tela azul.

━ O senhor vai entrar com ela?

━ Sim, sim, vou ━ respondeu rapidamente, embora a ansiedade fosse evidente em sua voz.

Quando finalmente começaram a se mover em direção à sala de parto, Max percebeu o quão real tudo aquilo era.

Seu coração ainda estava a mil, as mãos tremendo ligeiramente enquanto ele caminhava ao lado da cadeira de rodas. O hospital estava iluminado e calmo, mas para Max, parecia que o mundo inteiro estava girando rápido demais. Ele mal conseguia focar nas instruções, no caminho, nas vozes ao seu redor. Só conseguia pensar em Anna e no bebê que estava a caminho.

Seu bebê!

Quando chegaram à sala de parto, tudo aconteceu rápido demais. Médicos e enfermeiros começaram a dar instruções, preparando tudo enquanto Max ficava ao lado de Anna, segurando sua mão com força. Ele tentava respirar profundamente, forçando-se a manter a calma por ela e não desmaiar.

━ Max, olhe para mim ━ disse Anna, com a voz levemente ofegante, entre as contrações. Ela o observou, percebendo o quanto ele estava nervoso. ━ Nós conseguimos, está tudo bem.

━ Eu sei, eu só... ━ Ele parou, sem conseguir encontrar as palavras certas. ━ Meu Deus, parece que eu vou desmaiar! ━ riu baixinho, pressionando os lábios contra o cabelo dela.

Anna apertou sua mão com mais força, a contração vindo forte, fazendo sua respiração falhar um pouco.

━ Você é um ótimo pai ━ disse ela suavemente, e aquelas palavras, ditas com tanto amor e confiança, fizeram Max sentir um nó na garganta.

Ele assentiu, apertando a mão dela em resposta, enquanto os minutos se arrastavam.

━ Está na hora ━ anunciou a enfermeira.

Max prendeu a respiração, o coração batendo tão forte que parecia ensurdecedor. Ele olhou para Anna, que respirava profundamente, preparando-se para o momento. Max estava ali, ao lado dela, e não importa o quanto estivesse nervoso, não sairia dali de jeito nenhum.

Se fosse desmaiar, que fosse depois.

Então veio o pequeno choro, fino e alto. Anna respirou aliviada, o suor se formando em seu rosto enquanto sorria. Max não sabia descrever a sensação, mas era definitivamente melhor do que ganhar um campeonato.

Quando o bebê veio até os braços de Anna, ele se inclinou, encarando o rostinho bonitinho e fofo de seu garotinho.

Max era pai.

De uma garotinha adorável que amava borboletas.

De um garotinho lindo que exatamente seus olhos.

E, melhor ainda, Max tinha uma família.

✓ SERENDIPIDADE, max verstappen Where stories live. Discover now