━ Em "𝗘𝗖𝗢𝗦 𝗗𝗘 𝗛𝗜𝗡𝗢𝗞𝗔𝗠𝗜", Tanjiro e seus amigos são designados pelo Mestre Kagaya à investigarem uma vila próxima, cujos moradores locais alegam estarem ouvindo ecos demoníacos.
Na busca por respostas, os caçadores são confrontados pelo...
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Akari piscou os olhos pela claridade que refletia em seu rosto, os abrindo em seguida ao avistar parte do vasto gramado denso que anteriormente havia visto. Sua coxa e mão estavam enfaixadas, e seus ferimentos não doíam tanto quanto antes.
── Até quem fim acordou ── comentou uma voz masculina ao seu lado. ── Eu já estava pensando em te deixar aqui pelo horário.
── Horário? ── A menina repetiu o que não havia entendido, de modo que seus olhos não estavam preocupados em focar na pessoa que a pouco a ajudou.
── A Seleção Final tem horário de começo e fim ── , disse ele ao começar a guardar alguma coisa. Talvez sua katana. ── e está quase acabando por sinal.
Akari o olhou desta vez, e era como havia pensado: um garoto de aparência muito comum. Seus cabelos eram cortados e seus olhos de tom azul desfocado.
A memória da noite passada parecia estar marcada em seu cérebro. Foi uma luta difícil, e ainda se sentia um pouco tonta por perder tanto sangue. Contudo, não deixaria transparecer que não estaa totalmente bem.
── Eu já estou melhor de qualquer forma, então não precisa fazer a gentileza de me abandonar. ── Ela brincou ao se levantar. ── Vamos?
O garoto franziu suas sombrancelhas em espanto quando viu a mesma se movimentar normalmente, e depois comentou com uma risada nervosa:
── Você é bastante durona. O oni já havia matado quinze dos nossos até ontem.
A expressão da menina se desfz em tristeza, e ela suspirou fracamente. O que teve na noite passada talvez fosse sorte, e se não a tivesse tido, com certeza seria a décima sexta vítima.
── Temos ainda um tempo? ── perguntou ela ao olhar para o chão reflexiva.
── Alguns poucos minutos ── respondeu o garoto não entendendo o porquê da pergunta.
Sem dizer uma palavra a mais, a mesma se ajoelhou ao chão gramado e juntou suas mãos em posição de prece. Os olhos róseos foram fechados e a dor que sentia ignorada. Ela iria orar pelas almas daquels que já se foram.
O garoto cujo o nome era até então desconhecido, se juntou a oração. Ele vez ou outra espiava a face da menina, que embora estivesse serena, parecia pensativa demais.
Um tempo depois ambos seguiram para fora da área que não era protegida pelas glicínias. Não ouve muita conversa, mas Akari ainda iria agradecê-lo pelo o que fez.
── Obrigada pela sua ajuda ── disse a menina com um sorriso grato.
── Não precisa agradescer. ── Ele sorriu de modo descontraído. ── cho que seria pecado deixar alguém tão piedosa como você morrer.
