Henrique: o aroma dos livros

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O sol nascia promissor naquela manhã, e Henrique mal podia conter a empolgação ao preparar a surpresa para Isabely. Mensagens trocadas, coordenadas dadas, e então, o momento de revelar o presente chegou. Ao segurar a porta da biblioteca majestosa, viu a expressão de surpresa nos olhos dela, um reflexo da grandiosidade do lugar. 

Ao guiá-la para dentro, Henrique sentiu uma satisfação genuína ao revelar que havia alugado o prédio inteiro para passarem o dia juntos. A arquitetura gregoriana e a luz do sol conferiam ao local uma atmosfera mágica, como se tivessem cruzado o limiar entre o presente e o passado literário. 

Observar Isabely explorar aquele mundo de estantes intermináveis e livros que testemunharam eras passadas trouxe a Henrique uma alegria imensa. Cada reação dela, cada expressão de fascínio, era como uma recompensa pelo esforço em tornar aquele dia memorável. A luz do sol, filtrando através das janelas altas, criava uma aura especial, destacando não apenas os livros, mas também a mulher ao seu lado.
Isabely me informar que recebeu um e-mail convidando-a para um baile de reunião de ex-alunos, encorajo ela a participar, ela aceitou com a condição de eu acompanhá-la. 

Enquanto percorriam os corredores, Henrique sentia-se como o guardião de um tesouro, abrindo portas para mundos desconhecidos. As estantes, repletas de histórias antigas e novas, tornavam-se um refúgio para ambos. Juntos, escolheram livros ao acaso, folhearam páginas e compartilharam risos em meio ao silêncio respeitoso da biblioteca. 

A luz do sol alcançou seu auge, criando sombras fascinantes que dançavam nas paredes. Cada detalhe arquitetônico ganhava vida, como se a biblioteca estivesse contando suas próprias histórias. Henrique sentiu uma conexão especial, não apenas com os livros, mas também com Isabely, enquanto descobriam os segredos do lugar. 

Em uma parte, em especial da biblioteca, havia uma sala que tocava música suaves, para os amantes de uma boa leitura com música, e se direcionam para lá. Quando chegam estava tocando "Garota de Ipanema" cantado por João Gilberto. Henrique com um sorriso travesso, puxa Isabely para uma dança. Movimentos improvisados e atrapalhados, mas a medida que se concentravam um no outro, os passos ficaram lentos, acompanhando o ritmo da canção, olhares intensos, sorrisos bobos orquestravam a cena. Henrique com o coração batendo forte, girou graciosamente Isabely e parando-a em seus braços, olhou para ela e sorriu ao dizer a seguinte passagem bíblica: _ "Coloca-me como um selo sobre o teu coração, como um selo sobre o teu braço, pois o amor é forte como a morte, a paixão implacável como a sepultura. Suas centelhas são centelhas de fogo, uma chama divina. As torrentes não podem apagar o amor, nem os rios o podem submergir."
Girou e a pós de pé, pousou sua mão no rosto de Isabely e acariciando-a fala:
_ Eu te amo Isabely!
Isabely surpresa de início, sorriu. E antes que Henrique gesticulasse mais alguma palavra, ela o abraçou e o beijou. Seus lábios encontraram os meus como as ondas encontram a costa na noite de lua cheia. Foi um beijo suave, como o reflexo prateado da lua nas águas calmas do mar, trazendo consigo uma serenidade que se espalhou como o brilho suave das estrelas. 

Ao entardecer, quando a luz do sol começou a ceder espaço ao crepúsculo, Henrique abraçou Isabely, consciente de que aquele dia especial seria eternamente gravado em suas memórias. A biblioteca, agora mergulhada em tons de pôr do sol, tornou-se um símbolo de um amor que continuaria a se desdobrar, página por página, na história deles. A magia daquele dia transcendeu as palavras, tornando-se uma narrativa que ecoaria nos recantos do coração de Henrique, um capítulo inesquecível na história do amor que compartilhava com Isabely. 

Levei Isabely para sua casa em segurança. Como o sol ainda estava de pé decido me dirigir ao cemitério visitar Marina. Chegando lá, comprei flores de um comércio por perto e as coloco no túmulo. Lembranças vagas de Marina me vinham a mente, não a conhecia bem, tão pouco fazia importância na vida dela, mas Isabely tinha grande consideração por ela, por isso, imagino a grande pessoa que ela era.
_ Bem, Marina. Finalmente me declarei para sua chefe, ah você devia ter visto, foi ótimo. Me sinto um dorameiro quando o casal finalmente fica junto.
Falo, não sei se ela receberá minhas palavras, mas sei que precisava contar minha alegria. Sair do cemitério, me sentei em um banco em uma praça, quando recebo uma notificação: "seus pais, Agatha e Lorenzo, foram encontrados mortos na prisão ***, o motivo da morte ainda está sendo apurado".
Por um minuto me sentir sem chão.

Laços de canção Tempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang