Isabely no mundo onírico.

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Enquanto eu repousava em estado onírico, minha mente começou a tecer um mundo de sonhos ao meu redor.


Via-me deitada em uma praia banhada pela luz prateada do luar. A areia morna abraçava delicadamente meu corpo enquanto as ondas sussurravam segredos marinhos aos meus ouvidos adormecidos. Mas estava tudo estranhamente realista, o toque, o cheiro, o som. Percebo que podia sentir cada grão de areia sob meus dedos, a brisa salgada acariciando minha pele. De repente começo a escutar o som do mar, e é aí que me dou conta.


_ Mar? Desperto por completo e começo a olhar o meu redor surpresa e perplexa sem compreender nada da situação. Encontro-me realmente em uma praia deserta, enfeitada por um céu tão estrelados e de águas calmas que fiquei minutos imersas admirando tal infinidade de beleza. Ao meu redor, conchas coloridas e pequenos pedaços de vidro polido enfeitavam a orla, como tesouros secretos esperando para serem descobertos.


Enquanto caminhava pela praia, absorvendo a beleza surreal ao meu redor, meus olhos se fixaram em uma barraca de venda de artesanato à beira-mar. Uma cortina colorida tremulava suavemente com a brisa, convidando-me a explorar o que estava por trás. Ao me aproximar, noto uma figura misteriosa ajoelhada do outro lado da barraca. Por algum motivo, institivamente me escondo de trás dela enquanto eu observava-o. Começo a compreender o que ele dizia em meio as suas lágrimas.


_... Porquê? Me diga o porquê fez isso comigo? Todos os momentos, as palavras, os olhares... tudo...


O homem ergueu os olhos tristes e, surpreendentemente, pronunciou o meu nome


_ Porquê Isabely Hevenly?


Esse era o meu nome, aquele rapaz que nunca vi em minha vida, estava em prantos por minha causa. Tomada por um medo que surgi dentro de mim tento aos poucos recuar, de repente sentindo uma imensa vontade de olhar para trás, me virando aos poucos e de repente tudo que vejo é apenas escuridão.


A atmosfera onírica começou a se dissipar, e a luz suave da manhã começou a infiltrar-se novamente em sua consciência.



Com um sobressalto, Isabely abriu os olhos, encontrando-se de volta em seu quarto, a praia dos sonhos desvanecendo-se como neblina. Ela estava atordoada, tentando reconciliar a intensidade do sonho com a realidade que a cercava. O eco da voz do homem ainda ressoava em seus ouvidos, deixando-a com uma sensação estranha de conexão inexplicável entre os mundos do sonho e da vigília.


Quase sem forças tento me levantar, buscando me preparar para mais um dia de trabalho em minha confeitaria, na esperança de esquecer aquele sonho maluco.


Chegando em frente ao estabelecimento, quando vou em direção a porta para abri-la sinto um aroma imensuravelmente bom, exalando leveza. Era o aroma do mar. Olho para o meu lado direito e vejo uma silhueta familiar. Era o rapaz do meu sonho!


Laços de canção Where stories live. Discover now