Henrique: o momento para agir

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O sol começava a se pôr, tingindo o céu de tons dourados e rosados enquanto Isabely e Henrique caminhavam pelas movimentadas ruas da cidade, de mãos dadas, em meio a uma conversa tranquila. 

_ Você acha que isso realmente chamará a atenção de seus pais?
perguntou Isabely, olhando para Henrique com curiosidade e um leve sorriso nos lábios. 

_ Não se preocupe, com certeza irá. Eles não vão aguentar ver seu querido filhinho em um relacionamento ao qual não impuseram..., respondeu Henrique, mas hesitou por um momento. Ele decidiu não mencionar que seus pais eram racistas, evitando que Isabely pensasse que o plano tinha essa intenção desde o início. 

Eles continuaram a caminhar, desfrutando da companhia um do outro, até que um carro preto, um Ford Mavericks, apareceu lentamente. Henrique e Isabely trocaram olhares significativos, sabendo que era hora de avançar com o plano. Decidiram entrar em uma cafeteira próxima, onde os membros da gangue estavam estrategicamente posicionados, prontos para intervir se necessário. 

O carro preto parou em frente ao estabelecimento e os pais de Henrique desceram. O coração de Henrique acelerou; era a parte crucial do plano se desenrolando diante de seus olhos. 

O casal se aproximou deles com expressões de desaprovação e desdém.
_ Bem, vejamos quem está se envolvendo em uma situação tão grotesca como essa..., provocou a mãe de Henrique, enquanto os olhares curiosos dos outros clientes se voltavam para a cena. 

Henrique tentou manter a calma, segurando as mãos de Isabely com firmeza. "Por favor, não fale assim dela", pediu, mas sua mãe continuou com seus comentários racistas, ignorando completamente a presença de Isabely. 

Os ânimos se exaltaram quando o pai de Henrique também começou a expressar sua desaprovação, mencionando a passagem dele pela residência da família.
_ Eu descobri sobre sua passagem em nossa residência, você acha que vai se safar dessa? Ele fala sussurrando, mas o olhar de ódio é mais que notório.
Dou uma risadinha, pego novamente as mãos de Isabely delicadamente, e olhando nos olhos de seus pais.
_ Não como só penso, mas como será. Não só por mim, mas também pelo Jonathan. Acho que você se lembra dele. 

Eles mudam seus semblantes de calmos para raivosos. _ O que você quer insinuar com isso? Pergunta meu pai 

_ Não sei, pergunta a ele na cova que vocês mesmo cavaram. 

As tensões atingiram o ápice quando a mãe de Henrique sacou uma arma, fazendo com que todos ao redor se voltassem para a cena. Os membros da gangue se posicionaram para proteger Henrique e Isabely, enquanto a mãe de Henrique tremia de raiva.
_ Repete seu imprestável o que você falou para vermos se tem coragem mesmo.  Falou minha mãe, enquanto sua mão tremia seriamente. 
_ Não sei como a senhora tem a coragem de apontar a mesma arma que matou Jonathan, seu filho, para agora o Henrique. Acho que imprestável é você! Fala Isabely sem medo. 
_ Quem... é você?
_ Sou a filha de Jorge, o homem que vocês mataram quando ele descobriu todos os podres de vocês, vocês mataram meu pai! 

Isabely, sem medo, enfrentou a mãe de Henrique, revelando sua verdadeira identidade como a filha do homem que eles haviam matado anos atrás. As palavras cortantes ecoaram pelo ambiente tenso, enquanto os clientes gravavam a cena e aguardavam a chegada iminente da polícia. 

Minha mãe ficou minutos perplexa e quando voltou a razão ela estendeu a arma diretamente para Isabely.
_ Pois então, trate de fazer uma visita a ele.
Poucos minutos de ela puxar o gatilho, a polícia chega, atirando contra eles balas de borracha e imobilizado eles no chão.  Gritavam e se debatiam para escapar, mas em vão. Foram levados. Prestamos um boletim e que aceitaríamos ir a jure contra eles, dizendo que descobrimos roubos que eles fizeram e um assassinato de um funcionário que os mesmos cometeram e tentaram nos calar. Para as pessoas que viram nossa cena, paguei elas para que apagassem os vídeos e as postagens. 

Após a situação tensa no café, Henrique sentiu a necessidade de levar Isabely para o parque, buscando um momento de calma e ar fresco para ambos. Eles estavam emocional e mentalmente exaustos depois de tudo o que haviam passado. 

_ Acabou, finalmente isso chegou ao fim, suspirou Isabely, aliviada por ver o fim daquela batalha se aproximando. 

Henrique a olhou com preocupação. _ Você se arriscou demais. Poderia ter se machucado... 

Isabely interrompeu, seus olhos refletindo uma mistura de cansaço e determinação. _ Henrique, pelo que entendi de seus pais, só por estar ao seu lado eles iriam atirar em mim. Se for para isso acontecer, que seja eu ferindo o orgulho deles ao menos. 

Aquelas palavras atingiram Henrique em cheio. Ele não conseguia imaginar o que teria acontecido se Agatha tivesse disparado a arma. A ideia apertou seu peito, fazendo-o perceber o quão importante Isabely era para ele. 

_ Não! Sua vida não pode ser jogada fora assim!
Exclamou Henrique, com um misto de desespero e determinação. 

_ Por que? Ninguém se importa mesmo, respondeu Isabely, com um tom resignado. 

"Eu me importo, eu me preocupo muito com você", afirmou Henrique, olhando nos olhos de Isabely com sinceridade. Ele ainda não entendia completamente seus sentimentos, mas sabia que queria protegê-la e vê-la sorrir. 

Sem dizer mais nada, Henrique a abraçou e Isabely correspondeu ao abraço, buscando conforto naquela demonstração de afeto mútuo.
Ficaram ali, abraçados por alguns minutos, em um silêncio reconfortante. 

Nos próximos dias, o julgamento se aproximava, o momento em que tudo aquilo finalmente chegaria ao fim. Henrique sabia que, independentemente do resultado, eles enfrentariam juntos o que viesse pela frente.

Laços de canção Where stories live. Discover now