Capítulo 131Desculpa não muda o fato.

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Os dias que se seguiram depois disso foram humilhantes, e horríveis. Todos esperavam que eu desse uma declaração, eu não o fiz, ao invés disso desinstalei minhas redes sociais e evitei ao máximo qualquer contato com pessoas que eu sabiam que seriam incovenientes o bastante para perguntar o que de fato tinha acontecido, e se as especulações da traição eram verdade mesmo.

Eu estava tão envergonhada, parecia que a culpa de tudo aquilo era minha, era assim que me sentia quando as pessoas me olhavam com aquele olhar, aquele olhar de: Coitadinha, olha só, não conseguiu nem mesmo manter o próprio noivo.

Tudo isso só fazia eu querer sumir, ir para um lugar que ninguém me conhecia.

- Você vai para festa do Arthur hoje? – Rebecca perguntou enquanto seguimos na garagem da faculdade.

Assenti procurando a chave do carro na bolsa.

Sarah tinha passado a semana toda falando dessa festa surpresa, que ela e as primas dele estavam organizando. Eu não estava nem um pouco afim de ir em uma festa na casa da Kendra, mas sabia que se não fosse, ela ficaria chateada. Além do que, eles tinham deixado de convidar Isaque, para que eu pudesse ir, já que eu não conseguia nem imaginar está no mesmo ambiente que ele. E como eu tinha gostado disso... Na verdade, eu não queria admitir, mas ver que depois do que ele me fez todos os nossos amigos resolveram se afastar dele estava me deixando até feliz, era a meu lado mais egoísta que eu estava tendo dificuldade de lidar. O lado que queria que aqueles dois imbecis sofressem muito, tanto quanto eu estava sofrendo.

- Ainda tenho que pensar em algum presente. – Disse depois que encontrei a chave e destravei o carro – estou indo na Avery, quer ir comigo?

- Sim. – Rebecca respondeu com um sorriso.

Pela tarde eu dirigi em direção a casa de Kendra. Estava atrasada, era claro. A festa na piscina tinha começado as 16h e já eram quase 17h, mas Sarah teria que relevar.
Pontualidade nunca foi meu forte.

Assim que estacionei o carro, na rua ao lado de vários outros, o celular tocou pela segunda vez, e o nome de Sarah apareceu na tela, eu ignorei a ligação, guardei o celular na bolsa, e peguei o presente de Arthur no outro assento.

Saí do carro e segui pelo jardim da grande casa, onde a festava estava acontecendo. Consegui ouvir a música que parecia estranha aos meus ouvidos, e imediatamente soube que não havia sido Sarah que tivesse escolhido a playlist, ela com certeza não colocaria Miley Cyrus para tocar na festa do namorado. Isso era coisa da Kendra, e com certeza para irritar a Sarah. Aquela insuportável amava fazer esse tipo de coisa.

O celular voltou a tocar na bolsa, e eu nem precisei olhar para saber que era ela. Assim que cheguei no jardim da casa, passei meu olhar pelo aglomerado de pessoas na esperança que ela me visse de uma vez, e deixasse a raiva do meu atraso de lado, mas antes mesmo de ver a Sarah, ou qualquer outra pessoa, A visão de Isaque apareceu para mim.

Ele estava lá, sorrindo, com as mãos envolta da cintura dela, e ela envolvia seu pescoço. Automaticamente eu senti algo em mim se quebrar, uma foto era muito diferente do real.

Isaque, como você teve coragem?

Como se conseguisse ouvir meus pensamentos, seus olhos encontraram os meus, e se abriram surpresos, como se não esperasse me encontrar ali, antes que meus olhos me traíssem eu me virei.

Não, não, não se atreva chorar ali na frente de todos. Com certeza, com certeza tinha alguém observando. Mas do que tudo eu queria chorar, gritar bem alto que ele não devia, ele não tinha o direito de fazer isso comigo.
Obriguei minhas pernas trêmulas a caminhar, não poderia voltar pelo mesmo caminho, já havia muitas pessoas lá, então segui pela casa principal. Entrei na sala de visita pelo jardim de inverno, e quando estava prestes a alcançar o hall sua voz soou.

- Suzana, espera! Suzana!

- O que você quer? – Gritei desesperada me virando de uma vez.

Isaque me encarou horrorizado, como se não esperasse por essa reação, e eu soube que tinha acabado de iniciar um dos piores momentos da minha vida.

- Eu... Não sabíamos que você estaria aqui, me desculpa Suzana... Não... – Ele fez uma pausa pelo que pareceu uma eternidade, até que por fim continuou – Eu só quero me desculpar por tudo que fiz com você, tudo que te fiz passar, por todo o sofrimento. Eu sei que eu baguncei tudo Suzana, eu deveria ter sido sincero com você, deveria ter feito melhor. Você merecia mais que isso.

Olhei para ele chocada com o quão imbecil ele poderia ser.

- Desculpa? Desculpa? Como você pôde... Quando vai entender que as suas ações tem consequências, consequências que me afetam.

Ele tinha trazido ela a uma festa em que todos nossos amigos estavam, tinha trazido a amante e desfilava com ela como se não significasse nada. E no meio de tudo isso ele nem sequer tinha pensado em como aquilo me machucava, e escancarava a verdade na minha cara: todas às vezes que eu disse a mim mesma que ele não significava mais nada, que eu não me importava mais era mentira. Quando eu vi os dois juntos, eu tive vontade de morrer. Só o Isaque podia me machucar dessa forma.

- A desculpa não muda o fato. – Continuei sentindo as lágrimas rolarem em meu rosto – não adianta você me pedir desculpas depois de já ter causado o estrago. Você deveria ter pensado no impacto que isso causaria a mim, no impacto que teve na minha vida, sua atitude não tem justificativa...

E o arrependimento, remorso ou seja lá o que for aquilo não mudava nada!





E o arrependimento, remorso ou seja lá o que for aquilo não mudava nada!

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