Suzana Moreal Levins, morava na Inglaterra desde os sete anos de idade, a Londres fria e chuvosa era o único lar de que se lembrava, e era também o ultimo lugar em que queria está.
Um trágico acidente havia contribuído para isso, ela estava totalme...
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Suzana
Foi nesse exato momento que a família de Eloisa chegou e começou a entrar no avião. Mais de vinte pessoas ao todos, entre elas, seus pais, irmãos, cunhadas e sobrinhas. Assim que estiveram todos acomodados o avião descolou. Eu odiava voar, com todas as minhas forças, mas como havia tomado remédio pra ansiedade, fiquei sonolenta e acabei dormindo. Quando acordei já estávamos pousando na pista da ilha, especificamente no hangar.
Nós atravessamos a passarela ladeada pelo mar e seguimos para a grande casa.
Como a ilha da tia Mary era bonita, eu havia me esquecido, completamente. A última vez que estivera nela devia ter uns sete anos, bem antes de mudarmos definitivamente para Londres, mas eu lembro de amar cada momento que passávamos aqui. Embora fossem poucos.
A casa continuava como eu recordava. Rodeadas por árvores, coqueiros, escadaria, e piscinas. Era tudo grandioso, mas no estilo mais moderno. Tia Mary tinha feito uma grande reforma quando ganhou ela do vovô Harry.
A governanta da casa, que era a mesma desde a última vez estava nos aguardando na entrada. Ela nos recepcionou com um grande sorriso, e depois direcionou cada um para seus devidos lugares. Eu como sempre fiquei com o quarto de frente pro mar, e Gaby veio para dividi-lo comigo, como quando éramos crianças. E eu me senti muito bem com isso, me sentia mais segura não estando sozinha.
Depois que nos organizamos, Asafe sugeriu uma ida a cachoeira, que ficava a uns dois km da casa, eu estava cansada demais para ir, mas depois da insistência de todos concordei. Seria bom para me distrair. Os irmãos de Eloisa, e os dois sobrinhos se juntaram a nós. Ficamos na cachoeira até o pôr do sol, e depois retornamos.
Para nossa surpresa quando chegamos, o jatinho de Edward, Candece e Harry já havia pousado, a governanta nos avisou que eles estavam na sala privada com vovó, nossos tios, e os pais de Eloisa, e que deveríamos cumprimentar eles antes de subir para nós arrumar.
- Acho melhor ficarmos apresentável antes. – Davi sugeriu enquanto passávamos da entrada.
- Foram ordens do Senhor Harry. – A governanta insistiu.
Ordens do vovô Harry, ninguém se atrevia a desobedecer. Nem mesmo Edward.
E instintivamente os olhos preocupados de Davi, Asafe, Asael e Gabriela passaram para meu rosto.
Os parentes de Eloisa, e ela própria não haviam notado a tensão no ambiente, e esperam a nosso lado a resposta de Davi.
- Certo. – Davi murmurou – vamos então.
Eu engoli um seco. Seria a primeira vez, a primeira vez que veria Edward desde que saímos de Londres.
- Are you okay? ( Tudo bem?) – Davi sussurrou para mim em inglês, ao mesmo tempo em que os olhos dos meus primos e de Asafe ainda se mantinham em mim.
