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20 anos atrás.

Percy corria desesperadamente pela floresta sombria de Neverland, sua respiração pesada ecoava enquanto ele brandia uma faca de madeira, sua única defesa contra o monstro que o perseguia. As árvores altas e entrelaçadas formavam um labirinto natural que apenas aumentava seu senso de urgência.

Enquanto isso, os Meninos Perdidos vasculhavam a floresta, furiosos e determinados a encontrar Percy.

- Ele não pode ter ido longe! - gritava um deles, a raiva pulsando em sua voz. Percy, escondido atrás de uma árvore grossa, prendia a respiração, seu coração batendo contra o peito. Assim que ouviu os passos dos meninos se afastando, ele se arriscou a olhar e, não vendo mais ninguém, voltou a correr, desta vez em direção à cachoeira das sereias.

Ao se aproximar do lago misterioso, uma figura etérea emergiu das águas tranquilas. Uma sereia de longos cabelos ruivos e cauda branca olhava para ele com olhos arregalados de preocupação.

- Percy, você não tem mais tempo - ela disse, sua voz tão suave quanto as ondas. - Peter já está à sua procura.

Percy engoliu em seco, o medo e a determinação misturados em seu rosto.

- Eu sei, - ele respondeu, - qual é o caminho mais rápido para sair de Neverland?

A sereia olhou ao redor, certificando-se de que ninguém os observava, antes de responder.

- Eu posso levar você para fora de Neverland, mas você precisa confiar em mim.

- Eu confio. - Percy disse assentindo desesperado, e ela estendeu a mão para ele, que a segurou firmemente.

- Se prepare para prender sua respiração. Nós vamos descer até o fundo do lago, onde fica a entrada da caverna que vai te levar a um dos portais para fora de Neverland.

Percy respirou fundo, preparando-se para o desconhecido, enquanto a sereia o puxava suavemente para as profundezas frias e escuras do lago.

Percy e a sereia emergiram nas profundezas frias e escuras do lago até chegarem à entrada da caverna. A água, agora mais clara, revelava um caminho rochoso que conduzia ao interior da terra. Com a mão ainda firmemente segurada pela da sereia, Percy sentiu um lampejo de esperança ao avistar o brilho suave dos cristais fosforescentes que marcavam a saída.

Enquanto eles avançavam pela caverna, a luz dos cristais crescia, indicando que estavam se aproximando do portal para fora de Neverland. Percy mal podia acreditar que estava prestes a escapar, seu coração batendo com uma mistura de alívio e ansiedade.

De repente, uma figura escura emergiu das sombras à frente, bloqueando o caminho luminoso. Percy parou abruptamente, sua expressão se transformando em choque ao reconhecer quem era: Peter Pan.

- Você realmente achou que conseguiria sair junto com a sereia? - perguntou Peter, sua voz tingida de desdém.

- O jogo acabou, Peter. Eu não vou te dar o coração do crédulo. - Percy respondeu com firmeza, e seu peito se encheu de desespero.

Peter soltou uma risada sarcástica, claramente divertido.

- Você vai sim, Percy, ou a fada vai desaparecer e virar pó. - Ele então levantou um pequeno frasco de vidro, onde Sininho estava presa, suas asas trêmulas contra o vidro.

Piratas em NeverLand - Peter Pan Onde as histórias ganham vida. Descobre agora