Piratas em NeverLand - Peter Pan

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Atenção: Mudei a personagem de Galadriel por alguns motivos na qual percebi que de acordo com o decorrer dos próximos capítulos e pelos planos da fanfic, ela teria que ter uma aparência mais adulta por conta da adaga, assim como também mudei alguns personagens na qual serão mostrados novamente nos próximos capítulos, boa leitura.

~ Galadriel ~

Com cada dia que passava, eu me sentia mais estranha, como se uma parte obscura de mim desejasse emergir e tomar controle das minhas ações. Era uma sensação desconfortável, um impulso para fazer algo que eu mesma considerava ruim. Nessa manhã em particular, desci as escadas do meu quarto, sentindo o peso da decisão que estava prestes a tomar.

Ao passar pela sala, Killian parou na porta, erguendo uma sobrancelha, claramente curioso.

- Aonde você vai? - perguntou ele, tentando parecer casual, mas eu sabia que ele estava desconfiado.

- Vou encontrar Mark - menti sem hesitar, tentando manter minha voz firme e tranquila. Para minha surpresa, ele pareceu acreditar na minha mentira e saiu do caminho, permitindo-me passar.

Fui à loja do Sr. Gold, meu coração batendo de forma acelerada. Ao chegar lá, percebi, para minha sorte, que ele não estava presente naquele dia. Isso tornava tudo mais fácil. Encontrei rapidamente o frasco que tinha visto anteriormente em uma das minhas visitas secretas. Nele havia um bilhete que dizia:

"Quem beber dormirá por um longo tempo". Peguei o frasco rapidamente, saindo da loja sem ser notada.

Continuei meu caminho até a casa de Regina, onde eu sabia que era para onde minha intuição falava alto e falava de alguma forma que minhas respostas estavam lá, além das palavras de Regina no último encontro que tive com ela.

Quando a porta se abriu e vi Mark em vez de Regina, uma onda de frustração e raiva tomou conta de mim. Eu tinha planos específicos e a presença dele podia complicar tudo.

- Onde está Regina? - perguntei com um tom mais agressivo do que pretendia, tentando disfarçar minha irritação.

- Ela saiu para resolver uns assuntos - Mark respondeu casualmente, sem perceber minha frustração, ou talvez escolhendo ignorá-la. - Pode entrar para esperar, se quiser. -Ele deu espaço, e sem muita opção, segui para a cozinha, mantendo uma distância segura entre nós.

Enquanto eu me sentava, notei o olhar de Mark sobre mim, analisando-me como se tentasse decifrar um enigma.

- Por que parece que você vai aprontar alguma coisa hoje? - ele perguntou, sua voz carregando uma curiosidade misturada com cautela. Antes que eu pudesse formular uma resposta convincente, ele notou o volume no bolso do meu casaco. - O que você tem aí no bolso?

- Dinheiro. - Respondi seca e rápida.

- Parece bem grande para ser apenas dinheiro. - Tentei manter a calma, mas minha voz vacilou um pouco. - Desde quando dinheiro é assim? - Ele rebateu debochado, dando um passo à frente.

Instintivamente, dei alguns passos para trás, tentando manter distância.

- Fica longe - avisei, minha voz soando mais firme do que eu sentia.

Mark, porém, não pareceu disposto a obedecer. Continuou a se aproximar, e eu comecei a fugir dele pela casa, meu coração batendo descontroladamente. Ele era ágil, e logo me alcançou, segurando meu pulso e a nuca com firmeza, me fazendo encará-lo.

Nesse momento, um nervosismo agudo tomou conta de mim, sentindo Mark tão perto. Um frio percorreu minha barriga, uma sensação que eu só poderia descrever como borboletas, misturando medo, excitação e algo mais que eu não conseguia identificar. Era uma proximidade intensa e desconfortável, mas ao mesmo tempo, havia uma parte de mim, inexplicavelmente, que não queria que ele soltasse.