Piratas em NeverLand - Peter Pan

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Galadriel estava à beira do navio, seu rosto banhado pelo sol poente, sentindo o vento entrelaçar-se em seus cabelos. Era uma sensação de liberdade que ela não sentia há tempos. Mark, com seu típico sorriso sarcástico, se aproximou, brincando com a situação.

- Então, feliz agora que saiu das garras de Peter? Ou quase das garras, considerando que ele está no porão deste navio, - Mark provocou, olhando para o horizonte.

- Sim, estou feliz. Storybrooke sempre foi meu lar. E quanto a navegar os mares, bem, isso realmente exige uma grande responsabilidade e habilidade. - Galadriel respondeu sorrindo, entrando no jogo. Mark riu, claramente divertido com a réplica dela.

- Grande responsabilidade e habilidade? Estamos falando do mesmo navio? Onde a maior habilidade necessária é saber como não cair na água?

- Exatamente - Galadriel concordou, com um brilho de diversão nos olhos. - Você parece ter dominado a primeira parte. Agora, só falta aprender a segunda.

A troca de provocações entre os dois foi interrompida quando Emma se aproximou. Sem dizer uma palavra, ela virou Galadriel para encará-la e a envolveu em um abraço apertado. O calor e a segurança daquele gesto pareciam derreter todas as preocupações.

- Por favor, nunca mais fuja. Pensei que tinha te perdido para sempre, - Emma disse, sua voz tremula com emoção.

Galadriel, tocada pela preocupação genuína de Emma, retribuiu o abraço com igual intensidade.

- Eu aprendi a lição, mãe. Vou tentar ser uma filha melhor a partir de hoje. - A promessa, simples mas carregada de significado, selava um novo capítulo na vida de Galadriel.

Emma tocou levemente o ombro de Galadriel, indicando que Killian a chamava. Galadriel subiu as escadas em direção ao segundo andar, encontrando seu pai ao leme, olhando o mar à frente. Por alguns momentos, ficaram em silêncio, apenas compartilhando a companhia um do outro, até que Killian quebrou o silêncio com um tom sério.

- Galadriel, sei que você pensa que ter dezoito anos é suficiente para navegar o mundo, mas há muito mais em ser capitão do que simplesmente dirigir um navio, - começou Killian, olhando para ela com uma mistura de preocupação e carinho.

Galadriel suspirou, olhando para o convés abaixo.

- Eu sei, pai. Só que... às vezes é difícil acreditar como cresci tão rápido. Parece que foi ontem que eu era apenas uma criança brincando em Storybrooke. - Killian acenou, compreensivo.

- Eu sei. E parte disso foi a maldição da adaga. Você cresceu diante dos meus olhos em uma velocidade que nenhum pai gostaria de enfrentar. Mas mesmo que você tenha crescido tão rapidamente, minha preocupação por você não mudou. Você sempre será minha pequena garota, e eu sempre estarei aqui para protegê-la e guiá-la.  - Houve um longo silêncio entre eles, um momento de entendimento mútuo. Então, suavizando a atmosfera, Killian se virou para Galadriel com um sorriso.

- Que tal você assumir o timão por um tempo? Mostrar ao seu velho pai como se navega, - ofereceu ele, estendendo a mão em direção ao leme e Galadriel sorriu, animada com a oportunidade.

- Eu adoraria, pai. - Ela se aproximou do timão, suas mãos tocando a madeira com reverência. Sob o olhar atento de Killian, Galadriel assumiu o comando do Jolly Roger, guiando-o através das ondas com uma habilidade surpreendente. Naquele momento, o mar não era apenas uma extensão de água. Era um símbolo de aventuras futuras, desafios a serem superados e lições a serem aprendidas. Juntos, pai e filha enfrentariam o que quer que o destino lhes reservasse.

A luz do amanhecer se infiltrava suavemente pela janela da cabine quando Galadriel despertou. Ao seu lado, Emma ainda dormia profundamente, uma expressão de paz no rosto. Galadriel levantou-se com cuidado, tentando não perturbar o sono de sua mãe, e saiu da cabine, sentindo a brisa matinal do mar revigorar seus sentidos.