Lucas
-Pego minha mochila do armário a trancando, vejo meu celular e vi que já era 22:38, saio da salinha e passo na recepção onde tá a Lara, recepcionista do postinho, não tinha muita gente, alguns pais com umas crianças, provavelmente vacina contra "bcg" e sarampo.
- Oi Lara, tem como transferir a dona Maria pra mim? - peço pra ela pois a dona Maria não queria ser atendida por outra pessoa.
- Claro, pra que dia? - ela anota no computador.
- Quinta, pode ser?
- Certo.. anotado.- ela sorri e faço o mesmo saindo do postinho.
Vejo um carro todo preto do outro lado da rua, parado acesso, e acho estranho, um carrão desse.
Vou seguindo meu caminho, e o carro começa a me seguir, mais que merda é essa? entro numa rua, e o carro continua me seguindo, indo do meu lado, ouço que abre o vidro, vou levar um tiro meu deus.
viro a cabeça pro carro e vejo o filho da mãe do perigo sorrindo.- Porra, eu pensei que eu ia morrer.- digo quase gritando, com a mão no coração.
- Calma ae doutorzinho, a única forma de você morrer aqui no meu morro, é de tesão. - ele sorri malicioso, reviro os olhos com essa frase.
- Tá me seguindo pelo qual motivo?
- Qual foi, entra aí. - ele apertou algo no carro e a porta do outra lado do carona abriu.
- Não, obrigado. - sorri debochado, e ele me encarou confuso.
- ih por que não pô? entra logo Lucas, fazendo favor.
- Pedindo assim, fazer oque né. - eu que não ia negar carona, ainda estando de noite, dei a volta no carro, e entrei, vendo ele fechar o vidro e trancar o carro.
- Tá indo pra sua casa? - ele responde e eu concordo, em seguida ele arranca com o carro.
O caminho foi em silêncio, mas tava confortável até, queria chegar logo em casa, quando ele estacionou, tirei o cinto e virei pra ele.
- Obrigado, pela carona.
- Jaé. - ele sorriu de lado. - queria conversar... contigo, posso?
- Sobre?
- Não se faz de sonso pô, eu só não sei como falar isso. - ele coça o pescoço.
- Tudo bem, quer falar sobre oque tá rolando entre nós dois? ou sobre você? - era melhor conversar, afinal, somos adultos, e se não esclarecer, ia ficar mais confuso do que já está.
- Sobre tudo, esse caralho tá mexendo com a porra da minha cabeça. - ri dele, era engraçado ele se expressar assim.
- Preciso tomar um banho, quer entrar? - ele me olhou sério, parecendo pensar, no final ele concordou, e nós dois saímos do carro.
Abri a casa, ligando as luzes, dando acesso pra ele entrar, vi ele colocando a arma em cima da mesinha do centro e se jogar bem confortável no sofá.
- Tá achando que tá aonde?
- Tem comida aí? acabei de fazer uns corre, tô com mó larica. - ele sorriu, eu ainda vou me matar na frente dele.
- Ainda não tive tempo de fazer as compras, pede algo aí. - dei de ombros e subi pro meu quarto.
[...]
Assim que saio do banho, passo uns creme, escovo os dentes, ajeito o meu cabelo, pois ele tava molhado ainda, visto um short curto e uma camisa, tava muito calor no rio de janeiro esses dias, e eu já esperava ir dormir daqui a pouco.
Desço a escadas e avisto o Anthony sem camisa, comendo um podrão, assim que ele me vê, me olha de cima a baixa e sorri malicioso, aviso uma coca cola na mesinha, e ainda um filme na tv, eu devo ter jogado pedra na cruz, puta que pariu.
- Tá ruim em..- comento chegando perto dele.
- Foi mal, comprei um pra ti, cê gosta? - concordei com a cabeça e peguei, tava morrendo de fome também.
- Isso tá muito bom! - comentei comendo um pedação, e ele riu, comemos assistindo o filme, e quando ele terminou, eu me virei pra ele no sofá.
- Nunca peguei homem, e nunca estive assim com alguém antes, e sem caó, é bom, mas é confuso.
- ok..- pra falar a verdade, não sabia oque falar, já estive assim, mas ninguém tava pra me ajudar com isso.- Como você se sente, com tudo isso?
- Além de estar confuso pra caralho? tô me estranhando, esse tempo que a gente não tinha se pegado, eu peguei umas puta aí, e não senti nada, tá ligado? só pensei em ti. - como que ele fala um negócio desse assim, abertamente?
- Também pensei..você tá se descobrindo, certo? - ele me olhou confuso.
- Que porra é essa? eu sou o Anthony, carai, negócio de me descobrir.
- Sua sexualidade, tô falando. - ele me olhou sério, e se aproximou de mim, me fazendo deitar.
- Não sou viado, só sinto essa atração, talvez possa ser sexual por você. - concordo com a cabeça, nem sei mais oque ele tá falando, ele tá muito perto de mim, e seu corpo tá colado no meu.
- Me beija logo. - peço, e ele sorri, negando a cabeça, e me beija, mas ele me beija com vontade, levando sua mão pra minha bunda e apertando com força.
Seu beijo é bom, é viciante, tipo droga, e não que eu já tenha usado, mas é como um modo de falar, é quente, me faz ficar com tesão, só de ele encostar sua boca na minha, e quanto mais ele apertava minha carne, eu beijava ele com força, até que a falta de ar veio.
- Quero ficar contigo.
- Ficar? em que sentido?
- Ficar, porra, eu como você quando eu tiver vontade, você me tem quando tiver vontade, e a gente vê no que vai dar. - reviro os olhos.
- Não sei, Anthony, eu acho perigoso..-
penso automaticamente em algo específico, que prefiro deixar de lado.
isso não vai dar certo...- não quero me apegar em você e no fim dar errado.- Eu sou o próprio perigo.- ele riu e me deu selinho. - também não quero me apegar, tá ligado? vamo ficar assim, sem compromisso, você até pode ficar com outras pessoas, mas não na minha frente, porque aí eu mato. - ele da uma picadinha, e eu arregalo os olhos.
- Eu acho qu..- ele me cala com um beijo, e me pega no colo, se levantando.
- Cala a boca, é só falar sim ou não.- ele me olhou sério. - Se quer?
Como não negar? é uma puta "proposta" tentadora, e é só sexo no final, não se apegar é a primeira regra que eu coloco na minha cabeça, porém ela não costuma me obedecer muito bem.. por isso eu apenas dei de ombros e respondi.
- Quero.- ele sorri malicioso, o sorriso dele é tão cafajeste...e não demora muito pra estarmos se pegando de novo, subindo pro meu quarto.
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CITEȘTI
𝗠𝗢𝗥𝗥𝗢 𝗗𝗢 𝗔𝗟𝗘𝗠𝗔̃𝗢 - romance gay
Fanfiction"𝘖 𝘯𝘦𝘨𝘰́𝘤𝘪𝘰 é 𝘲𝘶𝘦 𝘳𝘰𝘭𝘰𝘶, 𝘷𝘦𝘪𝘰 𝘢 𝘤𝘰𝘯𝘦𝘹𝘢̃𝘰 𝘦 𝘧𝘰𝘪.." talvez seja clichê, porém a história é sempre a mesma, ou termina com final feliz ou termina em um final drástico, mas o amor é sempre algo feliz independente ou não...