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LUCAS

Acordei sentindo um sol na minha cara e me virei vendo o Anthony todo largado, de cueca, com a cabeça virada pra varanda, de onde vinha o sol e de barriga pra baixo. Com as tatuagens amostra. Sua perna tava em cima de mim, e sua mão ao redor da minha cintura, então fiz um esforço da porra pra tirar esse peso, puta que pariu.

Não sei quantas vezes a gente transou, só sei que depois foi de novo, de novo, em tantas posições que meu corpo doía só de se virar, de tanta mordida e os tapa que ele me dava, talvez ele seja sadomasoquista, não duvido de muita coisa vindo dele.

Me levantei e fui procurar minha calça, quando a achei vi o meu celular no bolso, era umas 7:45, coloquei as minhas roupas depressa, tinha que ir pro postinho.

Mas assim que ia abrir a porta senti meu braço ser puxado e me virei de frente, com o aperto brusco. Perigo tava me olhando com uma puta cara de sono, e como pode ele ser mais gostoso assim?

- Vai embora sem se despedir doutorzinho? - ele falou rouco pra caralho, e sorriu de lado.

Me puxou pra mais perto me dando um selinho e me esquivei dele.

- Eu preciso ir, pode me soltar? - tento soltar meu braço, e não olhar pra ele, mas ele segura meu queixo me olhando sério.

- Qual foi tio? tá saindo escondido assim por que, fiz algo errado? - ele me olhou confuso.

- Não, não é isso, eu só tenho que ir pro hospital. - olhei pra ele.

- Jaé então, de noite eu passo na sua casa e a gente bate um papo na boa. - concordei com a cabeça e sai de lá, não entendi nada, e nem quero. Minha cabeça tá explodindo, sem contar que o meu corpo todo tá doendo tanto.

Tentei ver qual corredor era, que labirinto de casa é essa Deus? assim que eu avistei a escada desci alegre.

Me deparei com uma mochila do homem aranha na sala de rodinha, e um ser de cabelo preto vindo na minha direção feliz de uniforme, sorri de volta.

- TIO LUCAS!

- Oi meu amor. - nós abraçamos e eu ri, mas arragalei os olhos depois de me lembrar de ontem, caralho, graça a deus o pai dessa bença fez o favor de colocar abafador de voz no quarto.

- O que você tá fazendo aqui? - ele me olhou confuso.

- Eh..- puta que pariu, oque eu falo? - Vim te ver. - sorri nervoso.

- Meu pai disse que você iria me ver! mas eu vou embora daqui a pouco, eu tenho que ir pra escola, só tô esperando o papai acordar . - ele sorriu triste.

- Você não mora aqui meu amor?

- Não, o papai não deixa, ele disse só quando eu fizer sete aninhos. - ele sorriu, bom nisso o perigo tinha razão, a vida que ele leva, ter filho assim.

- Ah sim, bom o tio já tem que ir, tenho que ir ser médico agora, eu amei muito te conhecer, quando você vier aqui vamos fazer um passeio certo?

- SIMM! Obrigado por ter me ajudado quando eu estava doente tio Lucas. - ele me deu um beijo, e eu abracei ele.

- Venha David, tomar café da manhã. - uma senhora de cabelos grisalhos chamou ele, e sorriu pra mim, retribui.

- Tabom dona! - ele revirou os olhos. - Tchau tio Lu.

[...]

Sai de lá, e fui direto pra casa, tomei um banho tão demorado pensando na minha vida, a uns meses atrás estava discutindo com meus pais, a vida que meu pai leva é o meu maior ódio por ele, e a minha mãe infelizmente ainda não viu o homem que ela chama de marido.

𝗠𝗢𝗥𝗥𝗢 𝗗𝗢 𝗔𝗟𝗘𝗠𝗔̃𝗢 - romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora