— Nada.

— Lohan, não começa com mentiras. Sabe que pode me contar tudo — ela se sentou, observando meu rosto. Uma luz invadia o quarto, pois a cortina estava meio aberta, então conseguíamos ver claramente um ao outro. — Você sabe que eu não gosto quando esconde as coisas de mim.

— Eu estava lembrando do meu passado, do que eu sofri nas mãos da minha família, a falta de afeto materno e paterno e... — sentei-me na cama, segurando o choro e encarando o teto, buscando palavras para dizer aquilo de forma leve.

— E?

— Sobre o que teria acontecido se você não tivesse me salvado naquele dia... — continuei olhando para cima.

— Lohan — ela me abraçou —, não pense nisso, o importante é que você está aqui comigo e com o seu filho. Eu sei que é difícil, mas tenta deixar o passado para trás.

— Por que você sempre me consola? Até quando estávamos brigados, você foi lá e me consolou — afastei-me da mulher.

— Porque eu te conheço e sei que quando isso acontece, quando você se lembra de algo do passado ou sofre transfobia, seus pensamentos intrusivos começam a invadir a sua mente, e mesmo estando brigada com você, nunca aguentaria lidar com a dor de te perder pra sempre.

— Obrigado... Obrigado por sempre me ajudar e por se preocupar realmente comigo. Prometo que tentarei ao máximo ser o melhor pai e namorado possível — senti suas mãos pousando em minhas bochechas, acariciando levemente o local.

Seu toque era tão macio, parecia que eu viajava entre as nuvens apenas ao sentir sua pele tocando a minha gentilmente. Sempre sinto vontade de fechar os olhos e deitar em seus braços, apenas para apreciar aquele carinho tão simples, mas muito significativo para mim.

— Você já é — ela sussurrou, sorrindo lindamente para mim.

***

Taehyung havia me mandado uma mensagem dizendo que levaria o Jinwoo ao shopping, o que significava que eu teria um pouco mais de tempo para aproveitar o carinho de Jennie.

— Na empresa é proibido ter relacionamentos, sabia? — ela perguntou, enquanto caminhava até o controle da televisão.

Eu estava deitado no sofá, apenas esperando Jennie se deitar junto a mim. Alguns minutos atrás, decidimos o que íamos assistir e acabamos escolhendo algum filme latino que estivesse no top 3 da Netflix.

— Ninguém precisa saber que temos um caso, Jennie. No sigilo é sempre melhor.

— Um caso? — ela virou-se para mim com as mãos na cintura, absurdamente sexy com aquele pijama tão curto e transparente. A mulher estava sem sutiã, o que estava mexendo comigo internamente.

— Sim, um caso.

— Sou uma prostituta para termos "um caso" — ela fez aspas —, seu idiota? — seu rosto mostrava uma expressão irritada, muito irritada, o que me fez sorrir sarcasticamente enquanto esticava meu braço, chamando-a para perto, mas ela não veio.

— Está brava, meu amor?

— Não me chame assim, só temos um caso — ela virou-se novamente, começando a colocar o filme na TV e deixando-me com a visão de seu short bem curto, que ressaltava as pequenas curvas de suas nádegas.

— Para de ser surtada.

Ela não respondeu, apenas continuou concentrada na televisão. Vendo que provavelmente ela ficaria brava comigo por um bom tempo, aproximei-me devagar, sem fazer qualquer tipo de barulho, e ao chegar perto o suficiente, levei minhas mãos até as laterais de seu quadril, puxando-a para trás e fazendo-a cair no meu colo.

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