Capitulo 14

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29/8/1991

Hogwarts

Hadrian não sabia se ficava assustado ou feliz. Hogwarts foi onde seus pais estudaram, onde voldemort estudou, onde Dumbledore estudou, ensinou e atualmente dirige. Agora ele irá para o castelo e irá começar a construir sua vida lá.

Severus lhe contou um pouco sobre as coisas lá. Sobre os retratos, as escadas. Até lhe explicou sobre as dinâmicas entre as casas, as brigas entre sonserina e grifinória...

Com um suspiro pesaroso, voltou a arrumar seu malão.

Severus snape era um homem que sabia como jogar com pessoas poderosas. Primeiro foi seu pai, ele tinha que tomar cuidado para não respirar fora de hora, senão seria espancado. Depois foi Voldemort. O homem tinha ideias brilhantes, mas nos últimos anos foi ficando cada vez mais louco. Então ele precisava tomar cuidado para não falar fora de hora ou ficar em silêncio no momento errado, pois poderia ser torturado até a loucura. E então Dumbledore. Ele não conseguiu jogar com o homem da melhor maneira antes, por causa dos obliviates, que lhe tiraram preciosas informações, mas consegui não só escapar vivo, mas também se libertar. Agora ele precisaria enganar o diretor sobre Hadrian. Não foi difícil, no final. O diretor achava que ele odiava o potter menor e que ele -por mais que não de parecesse muito com James, tinha seu caráter e comportamento.

O que severus achou mais inusitado, porém, foi que ele estava desenvolvendo uma afeição pelo garoto. Além de uma preocupação. Ele ainda se parecia muito com o Lord das Trevas e isso não podia ser bom. Para quem exatamente, nem ele sabia.

Draco estava animado. Ele mal podia acreditar que estava indo para hogwarts! E ele tinha um novo amigo. Bom, talvez amigo seja muito forte para descrever a relação dele com Hadrian. Aliados? Colegas? Algo assim. Ele dizer que ficou surpreso com o quão rápido ele aprendeu a grande maioria dos costumes puro sangue, política e magia. Menos de UM mês! Coisas que ele levou anos para aprender totalmente. Com um bufo, tentou decidir se iria conseguir contrabandear algumas coisas menos legais para a escola. Alguns livros...

Daphine estava... gélida. Por fora, ao menos. Por dentro, sentia uma excitação no fundo do estômago. Hogwarts!

Blase estava irritado. Sua mãe, também conhecida viúva negra, por já ter sido casadas seis vezes e todos os seus marrido tiverem uma morte duvidosa, nem parecia se importar com ele. Ela já estava indo para o sétimo casamento, e ela não parecia pretender acompanhá-lo até o trem em dois dias. Ele não podia dizer que estava surpreso. Afinal, ele se acostumou a ser invisível.

Pansy estava eufórica, mas tentava se manter composta. Ela iria para hogwarts, seria classificada sonserina e ficaria longe dos sangues ruins imundos!

Teo estava feliz. Ele mal podia esperar para ver a biblioteca de hogwarts!





1/09/1991

Hadrian on:

Meu malão está pronto, estou vestido adequadamente, Edwiges já está voando para hogwarts e tudo está bem. Sim eu vou ficar bem.

Estou num compartimento no final do trem, esperando que draco não me encontre. Veja bem, eu gosto do loiro, mas estou um pouco nervoso com Dumbledore. Durante o mês anterior, severus se ofereceu para treinar minha oclumencia, pois apesar de ser natural para mim, ainda sim é algo que precisa ser trabalhado.

Ele felizmente não conseguiu ver nenhuma das memórias que eu trancafiei nas profundezas da minha mente, aquelas sobre os dursleys e as crianças. O apito do trem soa, e ele começa a se mover. Vejo as famílias acenando para os filhos. Suspiro. Me pergunto o que meus pais pensariam de mim. Eu teria sido alguém diferente se eles estivessem vivos? Se aquele maldito velho maluco não tivesse enfiado o nariz na minha vida?

Sim eu seria. Provavelmente um traidor do sangue, que acha que trouxas são pobres coitados. Pelo que severus me contou, meus pais eram leais a Dumbledore. Por causa deles, de sua tolice, eu sofri em minha vida, mas isso me trouxe certezas que não podem ser abaladas.

Primeiro: trouxas nunca, nunca, podem descobrir sobre a magia. Segundo: nacidos trouxas precisam ser apresentados ao mundo mágico mais cedo, assim como acabar com o preconceito contra nossa cultura. Terceiro: Trazer equilíbrio entre magia das trevas e magia da luz. A ideia que toda magia negra é má, é ridícula, uma vez que o que vale é a intenção.  Um feitiço de luz pode ser tão letal quanto um feitiço das trevas.

O maior problema, porém, está no vício. Eu mesmo já havia experimentado pequenos feitiços de Magia negra, e sempre se senti compelido a fazer mais. A satisfação de causar dor aos outros era intensificada para mim, muito mas do que para um adulto com afinidadedas trevas, eu acredito que seja porque desde muito pequeno eu já usava magia, e magia bruta, para causar dor aos outros. Atraente e tentadora. Exigia uma disciplina mental muito grande. Então, a magia negra deveria ser ensinada apenas para os terceiros anos em diante. Aos treze anos, a pessoa deixa de ser uma criança e se torna um adolescente. É um período de transição, delicado, mas perfeito para conhecer sua afinidade magica.

Muitas pessoas são bruxos com uma afinidade negra, mas isso não quer dizer automaticamente que essa pessoa é um assassino, comensal da morte ou um Lord das trevas. Ela apenas é mais adequada para magia da luz ou das trevas. Claro, ela ainda pode fazer magia da luz sendo uma bruxa ou bruxo das trevas, apenas será um pouco mais difícil. A ideia de que um bruxo das trevas não pode lançar um patrono, por exemplo, é ridícula.

Na verdade é muito interessante esse assunto. Afinidade magica é algo que os bruxos nacem e se define melhor aos treze anos. É independente de se a pessoa usa a magia para fazer coisas boas ou más, dá linhagem familiar (claro que nas famílias das trevas há muito mais bruxos das trevas, mas isso também se dá a pequena prática de magia negra que a criança sempre é esposta. Até mesmo as proteções do local interferem um pouco. Mas sempre haverá um bruxo de luz a cada século numa família das trevas e vice versa).

Sou tirado dos meus pensamentos por uma batida na porta da cabine.

Suspiro. É hora de enfrentar pessoas.














Aquele Que Eles Não EsperavamOnde as histórias ganham vida. Descobre agora